Castelo de Castelo de Vide, incluindo as fortificações medievais e modernas | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Castelo de Vide, incluindo as fortificações medievais e modernas | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Fortificações de Castelo de Vide (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Portalegre/Castelo de Vide/Santa Maria da Devesa; São João Baptista; Santiago Maior | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Portalegre | ||||||||||||
Concelho | Castelo de Vide | ||||||||||||
Freguesia | Santa Maria da Devesa; São João Baptista; Santiago Maior | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Em 25-08-2016 a DRC do Alentejo devolveu o processo sem alterações Devolvido em 30-06-2016 à DRC do Alentejo para reanálise Proposta de 7-01-2016 da DRC do Alentejo para ampliação da classificação como MN Anúncio n.º 198/2015, DR, 2.ª série, n.º 160, de 18-08-2015 (ver Anúncio) Despacho de abertura de 10-07-2015 do diretor-geral da DGPC Proposta de 7-05-2015 da DRC do Alentejo para a abertura do procedimento de ampliação da classificação, de forma a abranger todo o Castelo, incluindo as fortificações medievais e modernas Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (classificou o Castelo de Castelo de Vide, na tipologia "castelos" com a designação, incorrecta de "Castelo de Vide (rúinas)) (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Não estão esclarecidas as origens do povoamento no local onde, na Idade Média, se edificou Castelo de Vide. A proximidade em relação a uma via romana que passa junto ao sopé do monte fez com que alguns autores conjecturassem a respeito de uma possível fase organizativa romana (PERES, 1969, p.285) mas, até ao momento, as escavações conduzidas por Jorge Oliveira e, mais recentemente, por Marina Pinto e Sandra Neves, não revelaram níveis de ocupação tão antigos. Se as dúvidas se mantêm a respeito do possível passado romano, a história de Castelo de Vide não se apresenta mais nítida nos primeiros tempos da monarquia portuguesa. Informações muito duvidosas relacionam o ano de 1148 com uma suposta conquista de D. Afonso Henriques e o de 1180 com um primeiro foral dado à localidade, por D. Pedro Anes (Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. VI, p.196), mas será preciso esperar pelo século XIII para encontrarmos referências mais concretas. Em 1232 já estaria incorporada na coroa nacional, e seria, então, um povoado de relativa importância, pela grande proximidade em relação à fronteira com Castela (PERES, 1969, p.286). Em 1273, reinando D. Afonso III, a vila foi confiada a seu filho, D. Afonso Sanches, senhor igualmente de Portalegre e de Marvão. Terá sido a partir dessa data que se deu início à fortaleza que hoje genericamente conhecemos. As décadas finais do século XIII foram de certa tensão, uma vez que D. Dinis tentou, por várias vezes, retirar a vila a seu meio-irmão. Logo em 1279, D. Afonso contestou o direito de D. Dinis em ocupar o trono e iniciou a fortificação da localidade, processo que estava em marcha em 1281. Esta indicação é clara quanto à importância estratégica de Vide e a sua superioridade militar em relação às vizinhas Marvão e Portalegre. Em Abril de 1281, D. Dinis cercou a vila e, um ano depois, o infante comprometia-se em derrubar todas as fortificações que havia empreendido (que incluíam uma torre e vários muros) (BARROCA, 2000, p.1522). Antes de findar o século, D. Dinis conseguiu finalmente apoderar-se da vila e terá sido a partir de então que se procedeu à segunda fase de obras no castelo. Ela encontra-se atestada por uma inscrição, anexa a uma das portas, junto à Rua Direita, que comemora a conclusão dos trabalhos em 1327, reinando já D. Afonso IV. Ao contrário dos programados e racionais castelos góticos, este subordina-se, ainda, às condicionantes do terreno, mas possui algumas características típicas da arquitectura militar da Baixa Idade Média, como a torre de menagem adossada à porta principal, ou a existência de uma barbacã a anteceder a fortaleza. O reduto defensivo compõe-se de duas partes essenciais: um pequeno espaço quadrangular, definido por muralhas e torreões, é o pátio de armas, em torno do qual se dispõem as estruturas de armazém e de apoio à defesa; o restante espaço amuralhado corresponde à vila velha, dotada de uma Rua Direita e onde existiam as casas da Câmara e da Cadeia, bem como as habitações do alcaide e da classe dominante local. A terceira grande fase de obras aconteceu no século XVII, durante as Guerras da Restauração. Em 1641, imediatamente após a proclamação da Independência, iniciaram-se os trabalhos, que foram apressados e ampliados a partir de 1642, sob projecto de Nicolau de Langres. Em 1660, no auge deste processo de fortificação, a praça albergava uma guarnição de 600 homens e três companhias de cavalaria, o que revela a sua importância. Ela integrava dois fortes, o do castelo (a poente) e o de São Roque (a nascente), de planta estrelada e com amplos baluartes e desníveis de terrenos, interligados por uma extensa linha de muralhas que circundava a vila, já extraordinariamente expandida desde o primitivo núcleo medieval. Desactivada de 1823, a fortaleza permanece como uma importante silhueta militar na raia, evocadora do passado guerreiro e da importância que teve nos muitos recontros entre portugueses e espanhóis ao longo da História. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Fonte da VilaIgreja de Santiago Maior, paroquial de Santiago MaiorIgreja de Santo Amaro ou Igreja da Misericórdia de Castelo de VideIgreja e antigo Convento de São Francisco | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 30 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses | ALMEIDA, João de | Edição | 1948 | Lisboa | |
Castelos de Portugal | CRUZ, M. F. | Edição | Colecção Turismo Publicado a 1960 | ||
A gloriosa história dos mais belos castelos de Portugal | PERES, Damião | Edição | 1969 | Barcelos | |
Carta Arqueológica do Concelho de Castelo de Vide | RODRIGUES, Maria da Conceição Monteiro | Edição | 1975 | Lisboa | 130 est. + 1 mapa, il. Publicado a 1975 |
Nicolau de Langres e a sua obra em Portugal | MATTOS, Gastão de Mello | Edição | 1941 | Lisboa | |
"Da Reconquista a D. Dinis", Nova História Militar de Portugal, vol. I, pp.21-161 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2003 | Lisboa | |
Epigrafia medieval portuguesa (862-1422) | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Lisboa | |
Terras de Odiana. Medobriga, Ammaia, Aramenha, Marvão, 2.ª ed. | COELHO, Possidónio Mateus Laranjo | Edição | 1988 | Lisboa | |
Da notável vila de Castelo de Vide. Apontamentos | REPENICADO, António Vicente Raposo | Edição | 1969 | Castelo de Vide | |
Relação de Sucessos Históricos, Notícias e Acontecimentos Políticos, Administrativos, Sociais e Outros da Notável Vila de Castelo de Vide, separata do jornal O Castelovidense, n.º 281 - 397. | REPENICADO, António Vicente Raposo | Edição | 1965 | ||
Breve roteiro da notável vila de Castelo de Vide | REPENICADO, António Vicente Raposo | Edição | 1966 | Castelo de Vide | |
Memória Histórica da muito notável vila de Castelo de Vide | VIDEIRA, César Augusto de Faria, | Edição | 1908 | Castelo de Vide | |
Memoria historica da muito notavel villa de Castello de Vide | VIDEIRA, César Augusto de Faria, | Edição | 1908 | Lisboa | |
Castelo de Vide, Subsídios para o Estudo da Arqueologia Medieval | TRINDADE, Diamantino Sanches | Edição | 1979 | Portalegre | |
Inventário Artístico de Portugal - vol. I (Distrito de Portalegre) | KEIL, Luís | Edição | 1943 | Lisboa | |
Os castelos portugueses dos finais da Idade Média: presença, perfil, conservação, vigilância e comando | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 1999 | Coimbra | |
The Old Burgo of Castelo de Vide, Portugal, Safeguard and Conservation, (dissertação de mestrado apresentada à Katholieke Universiteit Leuven) | JORGE, Ana Santos | Edição | 1991 | Lovaina | |
"Castelo de Vide. Reabilitação do antigo paiol do castelo", Revista Património - Estudos, nº8, pp.120-125 | PEREIRA, Nuno Teotónio | Edição | 2005 | Lisboa | |
Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal | GIL, Júlio | Edição | 1986 | Lisboa | |
As mais belas vilas e aldeias de Portugal | GIL, Júlio | Edição | 1984 | Lisboa | |
"Castelo de Vide e o álbum de Duarte de Armas: algumas notas", Revista Património - Estudos, nº8, pp.108-119 | CID, Pedro | Edição | 2005 | Lisboa | |
As Fortificações Medievais de Castelo de Vide | CID, Pedro | Edição | 2005 | Lisboa | |
Castelo de Vide | COUTINHO, Luís Azevedo | Edição | 1952 | Lisboa | |
Castelo de Vide: alguns números sobre uma época de guerra (1800-1812) | VIEIRA, Rui Rosado | Edição | 1993 | Lisboa | |
Castello de Vide. Bosquejo historico d'esta villa notavel... | GORDO, João António | Edição | 1903 | Castelo de Vide | |
Marvão, Castelo de Vide e Portalegre | DINIS, Alberto Calderon | Edição | 1975 | Lisboa | |
"De antigo paiol a museu arqueológico: processo de reabilitação em Castelo de Vide", Revista Património - Estudos, nº8, pp.101-107 | PIRES, João Ochôa | Edição | 2005 | Lisboa | |
"Castelo de Vide. Reabilitação do antigo paiol do castelo", Revista Património - Estudos, nº8, pp.120-125 | MALATO, Nuno | Edição | 2005 | Lisboa | |
"Castelo de Vide. Reabilitação do antigo paiol do castelo", Revista Património - Estudos, nº8, pp.120-125 | CRUZ, Alberto | Edição | 2005 | Lisboa | |
"Reabilitação do edifício lateral (antigo paiol). Núcleos museológicos - castelo de Castelo de Vide", Revista Património - Estudos, nº8, pp.126-129 | LOPES, Hugo Serra | Edição | 2005 | Lisboa | |
"Reabilitação do edifício lateral (antigo paiol). Núcleos museológicos - castelo de Castelo de Vide", Revista Património - Estudos, nº8, pp.126-129 | GUERREIRO, Nuno | Edição | 2005 | Lisboa | |
"Reabilitação do edifício lateral (antigo paiol). Núcleos museológicos - castelo de Castelo de Vide", Revista Património - Estudos, nº8, pp.126-129 | ALVES, Alice Nogueira | Edição | 2005 | Lisboa | |
Os mais belos castelos e fortalezas de Portugal | CABRITA, Augusto | Edição | 1986 | Lisboa | |
Castelos em Portugal. Retrato do seu Perfil Arquitectónico | CORREIA, Luís Miguel Maldonado de Vasconcelos | Edição | 2010 | Coimbra | |
Castelo e muralhas de Castelo de Vide | Edição | 2004 | Lisboa |
Castelo de Castelo de Vide - Vista geral
Castelo de Castelo de Vide - Torre de menagem
Castelo de Castelo de Vide - Arco da porta principal da vila velha
Castelo de Castelo de Vide - Interior do recinto e do restauro em curso
Castelo de Castelo de Vide - Interior da Torre de Menagem: sala abobadada
Castelo de Castelo de Vide - Interior da Torre de Menagem: abóbada da sala grande
Castelo de Castelo de Vide - Terraço: porta de acesso à torre de menagem
Castelo de Castelo de Vide - Embasamento da torre de menagem
Castelo de Castelo de Vide - Planta com a delimtação imóvel classificado e da respetiva ZGP, e da zona a ampliar e da respetiva ZGP
Palacete Vilar de Allen
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