Castelo de Montemor-o-Velho, compreendendo a igreja anexa | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Montemor-o-Velho, compreendendo a igreja anexa | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Montemor-o-Velho e Igreja anexa de Santa Maria da Alcáçova / Castelo de Montemor-o-Velho / Castelo e cerca urbana de Montemor-o-Velho (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Coimbra/Montemor-o-Velho/Montemor-o-Velho e Gatões | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Coimbra | ||||||||||||
Concelho | Montemor-o-Velho | ||||||||||||
Freguesia | Montemor-o-Velho e Gatões | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Tem-se atribuído ao Islão peninsular o essencial da primeira forma do castelo de Montemor-o-Velho. Tal conjectura, todavia, merece algumas reticências importantes, que podem associar a primitiva fortaleza a uma intermédia ordem cristã. Por um lado, não se pode tomar o período islâmico como um todo histórico contínuo, pois é certo que, entre as épocas emiral (séculos VIII-IX) e de al-Mansur (finais do século X), o território de Coimbra esteve largos anos nas mãos dos cristãos, mais até do que se supunha. Por outro, o recente estudo de um conjunto de lápides cristãs altimedievais, aparecidas no interior do castelo, entre as quais uma datada de 982 (COUTINHO, 1997, p.45), permite sugerir que, por essa altura, o local foi ocupado por cristãos, no processo de ocupação da linha do Mondego, iniciada (ou continuada) a partir do reinado de Afonso III das Astúrias. Infelizmente, desse primitivo período asturiano-leonês, nenhum outro testemunho chegou até nós que possa assegurar a existência de um castelo e, efectivamente, o que podemos hoje identificar como mais antigo no sistema militar da localidade, data do islâmico século XI, quando as fronteiras entre os dois blocos civilizacionais que protagonizaram a Reconquita se tornaram bem mais próximas. A cidade foi conquistada por al-Mansur em 991 e, a partir de então, ter-se-á dado corpo a uma fortaleza de carácter islâmico. Dessa época, contudo, é muito pouco o que se pode identificar, radicalmente transformado o conjunto nos séculos posteriores. Os torreões semi-circulares podem corresponder a esta fase, mas aguarda-se, ainda, que a fortaleza seja objecto de um estudo mais rigoroso, que permita concluir acerca das fases construtivas aqui representadas. Do período islâmico resta ainda um capitel coríntio e dois fragmentos de decoração em gesso, que deverão ter pertencido à mesquita. O capitel é uma obra de carácter áulico, provavelmente já da primeira metade do século XI, "que segue o modelo mais característico (...) do período califal", mas que "apresenta" também "já uma estilização tal que as formas esculpidas do cesto mal lembram as folhas de acanto" (ALMEIDA, 1986, p.88). Na posse dos cristãos a partir de 1064, data da conquista de Coimbra, Montemor-o-Velho transformou-se na principal fortaleza do baixo-Mondego. Com D. Afonso Henriques e D. Sancho I foi novamente intervencionada. A torre de menagem quadrangular pode datar desta época, mas possui algumas características estranhas ao Românico. Implanta-se num dos ângulos do castelejo, o que contraria a normal posição de torre isolada a meio de um pátio. Por outro lado, integra, nas suas fiadas inferiores, material romano reaproveitado, característica nada comum aos anos do Românico, mas bastante frequente na Alta Idade Média. Nos séculos seguintes, mantendo Montemor a sua importância estratégica no quadro interno, a fortaleza foi dotada de alambor, grandes torreões quadrangulares, uma barbacã e um prolongamento da cerca para Noroeste. No interior, o paço construído no século XI por D. Urraca, irmã de D. Teresa, e profundamente remodelado por pelas infantas filhas de D. Sancho I, transformou-se num típico paço senhorial baixo-medieval, actualizado em relação aos principais conjuntos palacianos da época, e casa-sede do regente D. Pedro, em pleno século XV. Ainda dentro das suas muralhas, importa referir a igreja de Santa Maria da Alcáçova, fundada em finais do século XI, durante o consulado pró-hispânico de D. Sesnando. Dela se conserva um fragmento de lápide, provavelmente posterior a 1095 (ano em que o alvazil de Coimbra doou o castelo ao presbítero Vermudo, com a condição deste o restaurar e povoar) (BARROCA, 2000, pp.129-130). Implantada sobre a antiga mesquita islâmica, foi objecto de reformas posteriores e, uma inscrição de 1128 alude à cerimónia de Dedicação do templo (IDEM, p.170). O se actual aspecto corresponde a uma campanha manuelina, de inícios do século XVI, atribuída ao arquitecto Francisco Pires. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 52 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 16 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Terras de Montemor-o-Velho | CONCEIÇÃO, Augusto dos Santos | Edição | 1992 | ||
Terras de Montemor-o-Velho | CONCEIÇÃO, Augusto dos Santos | Edição | 1944 | Coimbra | |
A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal: distrito de Coimbra | GONCALVES, António Nogueira | Edição | 1952 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal, vol. 2 (Alta Idade Média) | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1986 | Lisboa | |
Coimbra e Região | BORGES, Nelson Correia | Edição | 1987 | Lisboa | |
Epigrafia medieval portuguesa (862-1422) | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2000 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal: distrito de Coimbra | CORREIA, Vergílio | Edição | 1952 | Lisboa | |
Os castelos portugueses dos finais da Idade Média: presença, perfil, conservação, vigilância e comando | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 1999 | Coimbra | |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Montemor-o-Velho. Sua História. Sua Arte | MATOS, João da Cunha | Edição | 1977 | Coimbra | |
Castelo de Montemor-o-Velho | POLICARPO, Isabel | Edição | 2002 | Lisboa | |
A população da freguesia de Santa Maria da Alcáçova de Montemor-o-Velho, no período de 1676 a 1775 | TEIXEIRA, Elda Maria | Edição | 1969 | Coimbra | |
Contribuição para o estudo da Arqueologia Medieval de Montemor-o-Velho: uma análise de material cerâmico | MATIAS, António José da Cunha | Edição | 1998 | Coimbra | |
"Lápides moçárabes de Montemor-o-Velho", Munda, nº32, pp.33-48 | COUTINHO, José Eduardo Reis | Edição | 1997 | Coimbra | |
Concelho de Montemor-o-Velho - A terra e a gente | GÓIS, António Correia de | Edição | 1995 | Montemor-o-Velho |
Castelo de Montemor-o-Velho - Vista parcial de Norte e da vila
Castelo de Montemor-o-Velho - Interior do recinto: vista das ruínas do paço da infanta, com a integração da Casa de Chá
Castelo de Montemor-o-Velho - Vista geral de Norte (IPPC)
Castelo de Montemor-o-Velho - Vista geral a partir da margem norte do Mondego (ABO, 1958)
Castelo de Montemor-o-Velho - Caminho de ronda a Norte (DGEMN
Castelo de Montemor-o-Velho - Porta ogival do recinto muralhado (ABO)
Castelo de Montemor-o-Velho - Interior do recinto a Sul (DGEMN)
Castelo de Montemor-o-Velho - Interior do recinto (ABO)
Castelo de Montemor-o-Velho - Caminho de ronda, adarve (ABO)
Castelo de Montemor-o-Velho - Caminho de ronda, adarve (ABO)
Castelo de Montemor-o-Velho - Fragmento de inscrição romana no paramento da muralha (ABO)
Castelo de Montemor-o-Velho - Troço de muralha a Norte
Castelo de Montemor-o-Velho - Pormenor do adarve
Castelo de Montemor-o-Velho - Troço de muralha a Norte
Castelo de Montemor-o-Velho - Interior do recinto: porta principal e adarve
Castelo de Montemor-o-Velho - Muralha Sul: porta ogival de acesso
Castelo de Montemor-o-Velho - Cerca Nova: muralha Sul e ruínas da capela de São João
Castelo de Montemor-o-Velho - Vista geral de Norte
Castelo de Montemor-o-Velho - Pormenor do aparelho construtivo pré-românico na face do castelejo voltada a Sudeste
Castelo de Montemor-o-Velho - Interior do recinto: castelejo (antigo cemitério) e torre de menagem
Castelo de Montemor-o-Velho - Cubelo semicircular no sector Noroeste do castelejo e relação com a muralha nascente do cerrado Norte
Castelo de Montemor-o-Velho - Adarve: arco da torre quadrangular setentrional da muralha Nordeste
Castelo de Montemor-o-Velho - Pormenor do alambor duocentista aplicado à muralha Nordeste, visto do adarve
Castelo de Montemor-o-Velho - Castelejo: pormenor do troço de muralha no sentido Norte-Sul que se pensa ser de origem pré-românica
Castelo de Montemor-o-Velho - Castelejo: pormenor do aparelho construtivo do troço de muralha no sentido Norte-Sul que se pensa ser de origem pré-românica
Castelo de Montemor-o-Velho - Vista parcial do adarve que percorre a muralha Nordeste, desde a torre de menagem até à torre quadrangular setentrional
Castelo de Montemor-o-Velho - Recinto Sudoeste, entre as muralhas pré-românica e gótica, até ao Paço das Infantas (tirada da Torre de Menagem)
Castelo de Montemor-o-Velho - Castelejo: troço de muralha pré-românica no sentido Norte-Sul
Castelo de Montemor-o-Velho - Vista geral das ruínas do Paço das Infantas, Casa de Chá e torre do relógio (sector Sudeste)
Castelo de Montemor-o-Velho - Castelejo: recinto a nascente e torre de menagem
Castelo de Montemor-o-Velho - Sector anexo à Porta de Nossa Senhora do Rosário e relação da muralha gótica com o cerrado Norte
Castelo de Montemor-o-Velho - Interior do recinto: sector anexo à Porta de Nossa Senhora do Rosário e arranque do Cerrado Norte
Castelo de Montemor-o-Velho - Interior do recinto: vista parcial do sistema defensivo no extremo Sudoeste, com duas torres quadrangulares ladeando um cubelo semicircular
Castelo de Montemor-o-Velho - Torre quadrangular no extremo ocidental, que protegia a Porta de Nossa Senhora do Rosário
Castelo de Montemor-o-Velho - Interior do recinto: ruínas do Paço das Infantas e Casa de Chá
Castelo de Montemor-o-Velho - Pormenor do aparelho construtivo no embasamento do cunhal Sudeste
Castelo de Montemor-o-Velho - Torre de menagem: pormenor do aparelho construtivo no embasamento da face nascente
Castelo de Montemor-o-Velho - Muralha nascente diante da Porta da Peste: pormenor do aparelho construtivo do alambor
Igreja de Santa Maria da Alcáçova - Interior: nave central e capela-mor
Igreja de Santa Maria da Alcáçova - Interior: capela colateral do lado do Evangelho com retábulo em pedra de Ancã e pinturas murais
Igreja de Santa Maria da Alcáçova - Interior: coluna torsas da nave central
Igreja de Santa Maria da Alcáçova - Fachada principal
Castelo de Montemor-o-Velho - Vista geral de Sul
Castelo de Montemor-o-Velho - Entrada principal
Castelo de Montemor-o-Velho - Interior do recinto
Castelo de Montemor-o-Velho - Interior do recinto
Castelo de Montemor-o-Velho - Vista geral de Norte
Igreja de Santa Maria da Alcáçova - Fachada principal
Igreja de Santa Maria da Alcáçova - Fachada lateral Sul
Igreja de Santa Maria da Alcáçova - Interior: nave central e capela-mor
Igreja de Santa Maria da Alcáçova - Interior: pia baptismal
Igreja de Santa Maria da Alcáçova - Interior: retábulo-mor
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