Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Óbidos e todo o conjunto urbano da vila
Designação
DesignaçãoCastelo de Óbidos e todo o conjunto urbano da vila
Outras Designações / PesquisasCastelo e muralhas de Óbidos / Castelo de Óbidos / Castelo e cerca urbana de Óbidos / Pousada de Óbidos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Óbidos/Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Óbidos Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
39.35954-9.158211
DistritoLeiria
ConcelhoÓbidos
FreguesiaSanta Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaEm 24-02-2020 a DGPC informou a CM de Óbidos de que mantinha o entendimento vigente há mais de 50 anos de que a área classificada abrange apenas o conjunto intramuros
Decreto n.º 38 147, DG, I Série, n.º 4, de 5-01-1951 (conjuntamente com o Castelo de Óbidos, classificou todo o conjunto urbano da vila) (ver Decreto)
Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (classificou o Castelo de Óbidos) (ver Decreto)
ZEPPortaria de 20-08-1948, publicada no DG de 18-09-1948 (com ZNA)
Zona "non aedificandi"Portaria de 20-08-1948, publicada no DG de 18-09-1948
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914629
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaHá uma relação de afectividade neo-romântica para quem visita a vila de Óbidos. Serão poucos os casos no país onde a busca deliberada de um ideal cenográfico de Idade Média foi tão efectivo, razão da aparente atemporalidade das ruas do conjunto intra-muralhas, que, na sua sinuosidade, nas suas fachadas brancas e no vislumbre das inventadas ameias, nos transportam para um tempo mítico de um Portugal em formação.
São ainda obscuras as origens da fortaleza. Ao que tudo indica, a sua posição dominante em relação à extensa lagoa a ocidente, favoreceu a instalação de um primitivo reduto fortificado de origem romana. A Alta Idade Média não deixou vestígios aparentes da sua presença, e será, apenas, na viragem para o século XII que Óbidos voltará a merecer referências documentais precisas. No mesmo impulso expansionista que levou as fronteiras de Portugal até à linha do Tejo, em 1147, a vila passou para a posse de D. Afonso Henriques, ficando para a posteridade uma tradição de tenaz resistência por parte dos muçulmanos (PEREIRA, 1988, pp.19-21). Anos mais tarde, na sequência das investidas almóadas de final do século, coube a D. Sancho I reconquistar a localidade, dotando-a, então, de condições mais efectivas de povoamento e de organização.
1210 é uma das datas mais marcantes da vila. Nesse ano, foi doada às rainhas, passando a figurar como uma importante localidade da casa das soberanas nacionais. Com presença assídua dos casais régios ao longo das Idades Média e Moderna, Óbidos floresceu e foi sucessivamente enriquecida por obras de arte. O mecenato artístico patrocinado por D. Leonor (século XV) e, especialmente, por D. Catarina (século XVI), marca, ainda hoje, a paisagem arquitectónica da vila.
O castelo e as muralhas de Óbidos evocam a importância da localidade na Baixa Idade Média. Apesar de, em grande parte, serem obra inventiva do século XX, asseguram a todos os que se dirigem à vila a identidade daquele passado emblemático. Desconhecemos a configuração do perímetro amuralhado inicial, contemporâneo da acção dos nossos primeiros monarcas. A torre do Facho, no limite Sul das muralhas e ocupando um pequeno monte, tem vindo a ser atribuída à reforma de D. Sancho I, mas a verdade é que os vestígios materiais inviabilizam uma análise mais pormenorizada. A ser assim, a ligação deste espaço ao monte do castelo ter-se-á dado logo no século XII.
Mais consensual é a expansão urbana verificada na viragem para o século XIV. Com D. Dinis, Óbidos cresceu para fora das muralhas, ocupando o espaço em torno da igreja de São Pedro (SILVA, 1994, p.23). Paralelamente, deu-se a reforma do sistema defensivo, e consequente actualização do dispositivo militar, campanha que deverá ter conferido a actual configuração ao perímetro amuralhado. Anos mais tarde, D. Fernando terá patrocinado novas obras, tendo a torre de menagem ainda o seu nome.
Dividido em duas zonas essenciais (o castelejo, onde séculos mais tarde se instalou a Pousada, e o bairro intra-muros), a cerca define um perímetro bastante irregular, de feição rectangular e não oval, como seria mais frequente na castelologia gótica nacional. Entre o castelo propriamente dito (a Norte) e a Porta da Vila (a Sul), a Rua Direita estabelece a comunicação e aparece como o eixo de circulação privilegiado dentro da vila. Sensivelmente a meio, a Praça de Santa Maria é o principal largo do conjunto, ocupando um espaço quadrangular que corresponde ao adro da igreja tutelar da vila.
A reinvenção do castelo deu-se na década de 30 do século XX. Por acção da DGEMN, que visava reverter o conjunto à sua imagem medieval, todos os parapeitos foram dotados de ameias, assim como se reedificaram torres e troços que, entretanto, haviam sido destruídos. No final dos anos 40, construiu-se a pousada, no local do antigo paço, e toda a vila foi dotada de uma homogeneidade estética que passou pelo revestimento de cal das fachadas e pelo pavimento uniforme de todas as ruas.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPAqueduto da UsseiraCapela de São MartinhoIgreja de Santa Maria de ÓbidosPelourinho de ÓbidosTúmulo de D. João de Noronha, o Moço, na Igreja de Santa Maria de Óbidos
Outra ClassificaçãoAqueduto da UsseiraCapela de São MartinhoIgreja de Santa Maria de ÓbidosPelourinho de ÓbidosTúmulo de D. João de Noronha, o Moço, na Igreja de Santa Maria de Óbidos
Nº de Imagens50
Nº de Bibliografias7

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Castelos PortuguesesMONTEIRO, João GouveiaEdição2002LisboaLivro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico.
Castelos PortuguesesPONTES, Maria LeonorEdição2002LisboaLivro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico.
"Espaço defendido e estruturas de defesa em Óbidos durante a Idade Média" (1988), A região de Óbidos na época medieval. Estudos, pp.19-31SILVA, Manuela SantosEdição1994Óbidos
Inventário Artístico de Portugal, vol. V (Distrito de Leiria)SEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição1955Lisboa
Óbidos medieval : estruturas urbanas e administração concelhia (1987)SILVA, Manuela SantosEdição1997Cascais
ÓbidosPEREIRA, José FernandesEdição1988Lisboa
Monografia de ÓbidosABREU, Madalena Fernandes deEdição1980Ourém
Castelo de ÓbidosCASTRO, Francisco Pedro Lyon deEdição1996Mem Martins

IMAGENS

Castelo de Óbidos - Vista geral de norte (pousada)

Castelo de Óbidos - Cerca: vista poente e capela-mor da Igreja de Santiago

Castelo de Óbidos - Cerca: terreiro junto à igreja de Santiago

Castelo de Óbidos - Cerca: pequeno auditório

Vila de Óbidos - Rua Direita, junto ao Largo de São Tiago

Vila de Óbidos - Torre dos Aboins, junto do Largo da Misericórdia

Vila de Óbidos - Acesso ao castelo pela Rua Direita

Castelo de Óbidos - Portaria publicada no DG de 18-09-1948 - Texto e planta do diploma

Castelo e Vila de Óbidos - Vista do conjunto urbano voltado a nascente

Castelo de Óbidos - Torres e muralha voltada a sul

Castelo de Óbidos - Muralha sul: torre circular

Castelo e Vila de Óbidos - Porta da Vila: arco da Senhora da Piedade

Castelo de Óbidos - Pousada: remate do pirtal manuelino com as armas de D. João de Noronha

Castelo e Vila de Óbidos - Conjunto da barbacã e pousada do castelo

Castelo e Vila de Óbidos - Torre do Facho: vista a partir de sul

Castelo e Vila de Óbidos - Conjunto visto a partir de sul

Castelo de Óbidos - Pousada: portal manuelino de acesso a sala de jantar

Castelo de Óbidos - Vista geral de sul

Castelo de Óbidos - Torre de D. Fernando

Castelo de Óbidos - Torre do Facho: vista a partir de sul

Castelo e Vila de Óbidos - Muralha do lado poente

Castelo de Óbidos - Vista de poente

Castelo de Óbidos - Pousada: corpo do lado nascente

Castelo de Óbidos - Pousada: corpo norte

Castelo de Óbidos - Torre albarrã: vista de nascente

Castelo e Vila de Óbidos - Porta da Vila: arco da Senhora da Piedade

Castelo de Óbidos - Pousada: corpo voltado a sul

Castelo e Vila de Óbidos - Muralha nascente: adarve junto da porta da Vila

Castelo e Vila de Óbidos - Porta da vila: vista do lado norte

Castelo e Vila de Óbidos - Muralha do lado nascente

Castelo de Óbidos - Pousada: janela manuelina da sala de jantar

Castelo de Óbidos - Pousada: corpo norte

Castelo de Óbidos - Pousada: muralha sul voltada ao pátio

Castelo e Vila de Óbidos - Porta da Vila: vista geral de sul

Castelo e Vila de Óbidos - Porta da Talhada

Castelo de Óbidos - Pousada: corpos norte e nascente

Castelo e Vila de Óbidos - vista geral de sul

Castelo e Vila de Óbidos - Porta da Vila: vista geral

Castelo de Óbidos - Torre nascente

Castelo de Óbidos - Porta da Talhada

Castelo e Vila de Óbidos - Torre albarrã: vista de poente

Castelo e de Óbidos - Pousada: muralha sul e porta de acesso ao exterior

Castelo e Vila de Óbidos - Vista geral de sul (a partir do adarve da porta da Vila)

Castelo e Vila de Óbidos - Vista geral de nascente

Castelo de Óbidos - Pousada: muralha do poente e Torre de D. Fernando

Castelo e Vila de Óbidos - Vista a partir de nascente

Castelo de Óbidos - Pousada: janelas manuelinas da sala de jantar

Castelo de Óbidos - Torre do Facho: vista de nascente (e toore sineira da igreja de São João)

Castelo e Vila de Óbidos - Conjunto urbano visto a partir de norte

Castelo de Óbidos - Pousada: muralhas de sul e poente e Torre de D. Fernando

MAPA

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