Castelo de Óbidos e todo o conjunto urbano da vila | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Castelo de Óbidos e todo o conjunto urbano da vila | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo e muralhas de Óbidos / Castelo de Óbidos / Castelo e cerca urbana de Óbidos / Pousada de Óbidos (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Leiria/Óbidos/Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Leiria | ||||||||||||
Concelho | Óbidos | ||||||||||||
Freguesia | Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Em 24-02-2020 a DGPC informou a CM de Óbidos de que mantinha o entendimento vigente há mais de 50 anos de que a área classificada abrange apenas o conjunto intramuros Decreto n.º 38 147, DG, I Série, n.º 4, de 5-01-1951 (conjuntamente com o Castelo de Óbidos, classificou todo o conjunto urbano da vila) (ver Decreto) Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910(classificou o Castelo de Óbidos) (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 20-08-1948, publicada no DG de 18-09-1948 (com ZNA) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 20-08-1948, publicada no DG de 18-09-1948 | ||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Há uma relação de afectividade neo-romântica para quem visita a vila de Óbidos. Serão poucos os casos no país onde a busca deliberada de um ideal cenográfico de Idade Média foi tão efectivo, razão da aparente atemporalidade das ruas do conjunto intra-muralhas, que, na sua sinuosidade, nas suas fachadas brancas e no vislumbre das inventadas ameias, nos transportam para um tempo mítico de um Portugal em formação. São ainda obscuras as origens da fortaleza. Ao que tudo indica, a sua posição dominante em relação à extensa lagoa a ocidente, favoreceu a instalação de um primitivo reduto fortificado de origem romana. A Alta Idade Média não deixou vestígios aparentes da sua presença, e será, apenas, na viragem para o século XII que Óbidos voltará a merecer referências documentais precisas. No mesmo impulso expansionista que levou as fronteiras de Portugal até à linha do Tejo, em 1147, a vila passou para a posse de D. Afonso Henriques, ficando para a posteridade uma tradição de tenaz resistência por parte dos muçulmanos (PEREIRA, 1988, pp.19-21). Anos mais tarde, na sequência das investidas almóadas de final do século, coube a D. Sancho I reconquistar a localidade, dotando-a, então, de condições mais efectivas de povoamento e de organização. 1210 é uma das datas mais marcantes da vila. Nesse ano, foi doada às rainhas, passando a figurar como uma importante localidade da casa das soberanas nacionais. Com presença assídua dos casais régios ao longo das Idades Média e Moderna, Óbidos floresceu e foi sucessivamente enriquecida por obras de arte. O mecenato artístico patrocinado por D. Leonor (século XV) e, especialmente, por D. Catarina (século XVI), marca, ainda hoje, a paisagem arquitectónica da vila. O castelo e as muralhas de Óbidos evocam a importância da localidade na Baixa Idade Média. Apesar de, em grande parte, serem obra inventiva do século XX, asseguram a todos os que se dirigem à vila a identidade daquele passado emblemático. Desconhecemos a configuração do perímetro amuralhado inicial, contemporâneo da acção dos nossos primeiros monarcas. A torre do Facho, no limite Sul das muralhas e ocupando um pequeno monte, tem vindo a ser atribuída à reforma de D. Sancho I, mas a verdade é que os vestígios materiais inviabilizam uma análise mais pormenorizada. A ser assim, a ligação deste espaço ao monte do castelo ter-se-á dado logo no século XII. Mais consensual é a expansão urbana verificada na viragem para o século XIV. Com D. Dinis, Óbidos cresceu para fora das muralhas, ocupando o espaço em torno da igreja de São Pedro (SILVA, 1994, p.23). Paralelamente, deu-se a reforma do sistema defensivo, e consequente actualização do dispositivo militar, campanha que deverá ter conferido a actual configuração ao perímetro amuralhado. Anos mais tarde, D. Fernando terá patrocinado novas obras, tendo a torre de menagem ainda o seu nome. Dividido em duas zonas essenciais (o castelejo, onde séculos mais tarde se instalou a Pousada, e o bairro intra-muros), a cerca define um perímetro bastante irregular, de feição rectangular e não oval, como seria mais frequente na castelologia gótica nacional. Entre o castelo propriamente dito (a Norte) e a Porta da Vila (a Sul), a Rua Direita estabelece a comunicação e aparece como o eixo de circulação privilegiado dentro da vila. Sensivelmente a meio, a Praça de Santa Maria é o principal largo do conjunto, ocupando um espaço quadrangular que corresponde ao adro da igreja tutelar da vila. A reinvenção do castelo deu-se na década de 30 do século XX. Por acção da DGEMN, que visava reverter o conjunto à sua imagem medieval, todos os parapeitos foram dotados de ameias, assim como se reedificaram torres e troços que, entretanto, haviam sido destruídos. No final dos anos 40, construiu-se a pousada, no local do antigo paço, e toda a vila foi dotada de uma homogeneidade estética que passou pelo revestimento de cal das fachadas e pelo pavimento uniforme de todas as ruas. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Aqueduto da UsseiraCapela de São MartinhoIgreja de Santa Maria de ÓbidosPelourinho de ÓbidosTúmulo de D. João de Noronha, o Moço, na Igreja de Santa Maria de Óbidos | ||||||||||||
Outra Classificação | Aqueduto da UsseiraCapela de São MartinhoIgreja de Santa Maria de ÓbidosPelourinho de ÓbidosTúmulo de D. João de Noronha, o Moço, na Igreja de Santa Maria de Óbidos | ||||||||||||
Nº de Imagens | 50 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Óbidos | PEREIRA, José Fernandes | Edição | 1988 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal, vol. V (Distrito de Leiria) | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 1955 | Lisboa | |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Óbidos medieval : estruturas urbanas e administração concelhia (1987) | SILVA, Manuela Santos | Edição | 1997 | Cascais | |
"Espaço defendido e estruturas de defesa em Óbidos durante a Idade Média" (1988), A região de Óbidos na época medieval. Estudos, pp.19-31 | SILVA, Manuela Santos | Edição | 1994 | Óbidos | |
Monografia de Óbidos | ABREU, Madalena Fernandes de | Edição | 1980 | Ourém | |
Castelo de Óbidos | CASTRO, Francisco Pedro Lyon de | Edição | 1996 | Mem Martins |
Castelo de Óbidos - Vista geral de norte (pousada)
Castelo de Óbidos - Cerca: vista poente e capela-mor da Igreja de Santiago
Castelo de Óbidos - Cerca: terreiro junto à igreja de Santiago
Castelo de Óbidos - Cerca: pequeno auditório
Vila de Óbidos - Rua Direita, junto ao Largo de São Tiago
Vila de Óbidos - Torre dos Aboins, junto do Largo da Misericórdia
Vila de Óbidos - Acesso ao castelo pela Rua Direita
Castelo de Óbidos - Portaria publicada no DG de 18-09-1948 - Texto e planta do diploma
Castelo e Vila de Óbidos - Vista do conjunto urbano voltado a nascente
Castelo de Óbidos - Torres e muralha voltada a sul
Castelo de Óbidos - Muralha sul: torre circular
Castelo e Vila de Óbidos - Porta da Vila: arco da Senhora da Piedade
Castelo de Óbidos - Pousada: remate do pirtal manuelino com as armas de D. João de Noronha
Castelo e Vila de Óbidos - Conjunto da barbacã e pousada do castelo
Castelo e Vila de Óbidos - Torre do Facho: vista a partir de sul
Castelo e Vila de Óbidos - Conjunto visto a partir de sul
Castelo de Óbidos - Pousada: portal manuelino de acesso a sala de jantar
Castelo de Óbidos - Vista geral de sul
Castelo de Óbidos - Torre de D. Fernando
Castelo de Óbidos - Torre do Facho: vista a partir de sul
Castelo e Vila de Óbidos - Muralha do lado poente
Castelo de Óbidos - Vista de poente
Castelo de Óbidos - Pousada: corpo do lado nascente
Castelo de Óbidos - Pousada: corpo norte
Castelo de Óbidos - Torre albarrã: vista de nascente
Castelo e Vila de Óbidos - Porta da Vila: arco da Senhora da Piedade
Castelo de Óbidos - Pousada: corpo voltado a sul
Castelo e Vila de Óbidos - Muralha nascente: adarve junto da porta da Vila
Castelo e Vila de Óbidos - Porta da vila: vista do lado norte
Castelo e Vila de Óbidos - Muralha do lado nascente
Castelo de Óbidos - Pousada: janela manuelina da sala de jantar
Castelo de Óbidos - Pousada: corpo norte
Castelo de Óbidos - Pousada: muralha sul voltada ao pátio
Castelo e Vila de Óbidos - Porta da Vila: vista geral de sul
Castelo e Vila de Óbidos - Porta da Talhada
Castelo de Óbidos - Pousada: corpos norte e nascente
Castelo e Vila de Óbidos - vista geral de sul
Castelo e Vila de Óbidos - Porta da Vila: vista geral
Castelo de Óbidos - Torre nascente
Castelo de Óbidos - Porta da Talhada
Castelo e Vila de Óbidos - Torre albarrã: vista de poente
Castelo e de Óbidos - Pousada: muralha sul e porta de acesso ao exterior
Castelo e Vila de Óbidos - Vista geral de sul (a partir do adarve da porta da Vila)
Castelo e Vila de Óbidos - Vista geral de nascente
Castelo de Óbidos - Pousada: muralha do poente e Torre de D. Fernando
Castelo e Vila de Óbidos - Vista a partir de nascente
Castelo de Óbidos - Pousada: janelas manuelinas da sala de jantar
Castelo de Óbidos - Torre do Facho: vista de nascente (e toore sineira da igreja de São João)
Castelo e Vila de Óbidos - Conjunto urbano visto a partir de norte
Castelo de Óbidos - Pousada: muralhas de sul e poente e Torre de D. Fernando
Palacete Vilar de Allen
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