Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Paço episcopal do Porto
Designação
DesignaçãoPaço episcopal do Porto
Outras Designações / PesquisasPaço Episcopal do Porto (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Paço
TipologiaPaço
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Porto/Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Terreiro da SéPorto Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.141955-8.611698
DistritoPorto
ConcelhoPorto
FreguesiaCedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9823125
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO Paço Episcopal do Porto é um imponente edifício de feição barroca, dominando as vistas da cidade a partir da elevação onde se ergue, sobre o vasto Terreiro da Sé portuense. A sua edificação original, destinada já a residência dos prelados portuenses, parece ser datável do século XIII, e nela terá vivido o bispo D. Martinho Rodrigues, ainda que aí possa ter existido uma construção mais antiga. No edifício medieval celebraram-se em 1386 as bodas de D. João I com D. Filipa de Lencastre.
Paço sofreu obras ao longo dos séculos seguintes, pelo menos até ao bispado de D. Fernando de Lacerda , entre 1673 e 1683; pouco antes fora representado numa vista setecentista da cidade, a mais antiga imagem conhecida do Paço Episcopal, executada pelo italiano Pier Maria Baldi, que acompanhava o príncipe Cosme de Medicis na sua viagem por Espanha e Portugal. Pouco depois, no primeiro decénio do séc. XVIII, foram realizadas obras de relevo, a anteceder a reconstrução projectada pelo artista italiano Nicolau Nasoni, pago em 1734 pela elaboração da planta do Paço actual, cujas obras terá começado por dirigir, embora a maior parte dos trabalhos se tenha desenrolado apenas a partir de 1737, sob orientação do arquitecto Miguel Francisco da Silva, em obras que se prolongaram ao longo de todo o século. De resto, o projecto de Nasoni não foi nunca concluído; o edifício foi rematado de forma apressada, e o arrastar das obras conduziu a notórias alterações no esquema barroco original.
O edifício é de planta rectangular, desenvolvendo-se em torno de um pátio central, com alçados regulares, de alguma grandiosidade, dispostos em três andares de alturas distintas, de forma a vencer os grandes desníveis do terreno, particularmente notórios a Oeste, onde existem sete pisos, incluindo as águas furtadas. A fachada principal é aberta por um arco pleno ladeado por pilastras e rematada por um frontão guarnecido. O piso térreo abre um portal em arco pleno, com ombreiras da ordem rústica, sobrepujado por ornamentação barroca com volutas e enrolamentos, e é iluminado por doze janelas de peitoril, por baixo das quais se rasga igual numero de janelas com grades de ferro, pertencentes às lojas da cave. No piso nobre destaca-se uma varanda com balaústres de pedra, aberta sobre o portal, com frontões rocócó ritmados pela alternância dos recortes, possuindo varandas de ferro sobre mísulas ornamentais. A janela central exibe, em frontão de grande aparato elevado acima do entablamento, as armas do Bispo D. Rafael de Mendonça, com quem terá sido terminada a reconstrução do Paço, figurando já em gravuras de 1789 e 1791. Nas fachadas laterais rasgam-se janelas idênticas, embora a fachada oeste apresente maior simplicidade ornamental. Encostado à fachada nascente desenvolve-se o jardim do Paço.
O interior é antecedido por um vestíbulo abobadado, onde se encontram alguns elementos arquitectónicos românicos, como uma fresta românica tardia, certamente vestígios do primeiro edifício. A escadaria é monumental, com um lanço central e dois laterais, iluminada por um lanternim já do século XIX, e toda revestida de estuques e pinturas figurando medalhões e grinaldas de influência neoclássica, elementos de uma campanha setecentista que se harmoniza perfeitamente com as estruturas barrocas, demonstrando além do mais a longa duração das obras palacianas. O edifício foi severamente danificado aquando do cerco do Porto, devido principalmente à instalação de uma bateria de defesa da cidade nas suas dependências. Integra naturalmente uma capela, cujo recheio desapareceu quando os Paços do Concelho foram instalados no edifício, entre 1916 e 1956, visto o imóvel ter sido desocupado pelo bispo ainda no século XIX. O Paço possui um grande número de dependências, algumas das quais exibindo acabamentos artísticos de algum interesse, e entre o seu espólio destaca-se o grande número de pinturas, incluindo uma longa série de retratos dos bispos portuenses. SML
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPCasa do Dr. Domingos Barbosa, onde está instalado o Museu de Guerra JunqueiroChafariz da Rua EscuraIgreja e Convento dos Grilos, incluindo o seu recheioSé do Porto
Outra ClassificaçãoCentro Histórico do Porto, Ponte Luiz I e Mosteiro da Serra do PilarZona histórica do Porto
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"Construção medieval do sítio da Sé", in revista Monumentos, nº 14REAL, Manuel LuísEdição2001
"Da construção à conclusão do Paço Episcopal do Porto"ALVES, Joaquim Jaime FerreiraEdição2001
Porto a Património Mundial - Processo de Candidatura da Cidade do Porto à Classificação pela UNESCO como Património Cultural da HumanidadeLOZA, Rui RamosEdição1993

IMAGENS

Paço Episcopal do Porto - Enquadramento geral visto de poente

Paço Episcopal do Porto - Fachada principal

Paço Episcopal do Porto - Interior: salão nobre (DGEMN)

Paço Episcopal do Porto - Interior do andar nobre (DGEMN)

Paço Episcopal do Porto - Enquadramento geral visto de sul (DGEMN)

MAPA

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