Nota Histórico-Artistica | A antiguidade da povoação de Amares é confirmada por vários testemunhos, desde os muitos castros da localidade, passando pelos importantes vestígios da romanização encontrados ao longo do percurso da Geira romana ligando Braga a Astorga, até à referência ao topónimo no Livro de Mumadona, de 953, no cartulário da Colegiada de Guimarães. Apesar da sua história, e da importância que deteve na região ao longo da Idade Média, o primeiro foral conhecido de Amares foi outorgado por D. Manuel, datando já de 1514. O pelourinho sobre o qual recai a classificação era, presumivelmente, mais tardio, de acordo com o esboço dele feito no início do século XX, uma vez que é desconhecido o paradeiro da quase totalidade do monumento. O pelourinho erguia-se na praça actualmente conhecida por Largo D. Gualdim Pais, diante dos antigos Paços do Concelho. O esboço citado, incluído numa publicação de 1907 (Silva LEAL, 1907, p. 53), mostra um pelourinho constituído por soco de dois degraus circulares, base em plinto hexagonal, coluna de fuste liso de secção circular, e remate em coruchéu piramidal, sobre singelo capitel ainda de secção circular, moldurado. A grimpa seria uma bandeirola de catavento em ferro, não havendo sinais de ferros de sujeição. Parece registar algumas semelhanças com outros pelourinhos da região, tal como o de Rossas. Note-se que ainda se conserva um fragmento do pelourinho, o plinto hexagonal que constituía a sua base, hoje integrado num murete de suporte das escadas do edifício da Câmara Municipal. Para o Largo D. Gualdim Pais existe presentemente um projecto de requalificação e remodelação, que prevê a execução de um Pelourinho para substituir o antigo. SML |