Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Praça do Comércio
Designação
DesignaçãoPraça do Comércio
Outras Designações / PesquisasTerreiro do Paço (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Praça
TipologiaPraça
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Santa Maria Maior
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praça do ComércioLisboa Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.707616-9.13649
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaSanta Maria Maior
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEPDespacho de 18-10-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. a concordar com o parecer e a devolver o processo à DRC de Lisboa e Vale do Tejo para apresentar propostas de ZEP individuais, ou conjuntas nos casos em que tal se justifique
Parecer de 10-10-2011 da SPA do Conselho Nacional de Cultura a propor o arquivamento
Proposta de 22-08-2006 da DR de Lisboa para a ZEP conjunta do Castelo de São Jorge e restos das cercas de Lisboa, Baixa Pombalina e imóveis classificados na sua área envolvente
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914629
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaConstruída depois do terramoto de 1755, a Praça do Comércio veio substituir o espaço do Terreiro do Paço, onde estava edificado desde o século XVI o paço real, que formava conjunto com a Alfândega, a Casa da Índia, a Casa da Moeda, o Arsenal, e o Teatro da Ópera do Tejo, inaugurado meses antes da catástrofe que abalou a capital.
De imediato, Sebastião de Carvalho e Melo, ministro de D. José e futuro Marquês de Pombal, tomou a seu cargo a execução de diversas medidas legislativas destinadas a superar os problemas sociais, económicos e urbanísticos originados pelo sismo. Em 1756 era formada a Casa do Risco das Obras Públicas, com uma equipa de engenheiros militares chefiada por Manuel da Maia, engenheiro-mor do reino, cujos mais directos colaboradores eram Eugénio dos Santos de Carvalho e Carlos Mardel.
Foi elaborado pelo engenheiro um estudo, executado em três partes, no qual se delinearam várias hipóteses de reconstrução para a área entre o Rossio e o Paço da Ribeira. A opção escolhida pelo ministro do rei foi a mais radical de todas as apresentadas, arrasar a zona baixa e reconstruir os seus bairros segundo um plano totalmente novo, que previa uma harmonia entre a largura das ruas e a largura e altura dos edifícios.
A planta, desenhada por Eugénio dos Santos, deu origem a uma nova cidade, disposta numa grelha geometricamente equilibrada, em que oito ruas no sentido sul-norte, que ligam o Rossio ao Terreiro do Paço, são entrecortadas por nove ruas dispostas no sentido este-oeste.
No lugar do terreiro do palácio foi planeada uma nova praça real, ao género da "place royale" francesa, que se abria sobre o Tejo, numa disposição geométrica perfeita. Referida pela primeira vez como Praça do Comércio num alvará de Junho de 1759, passaria a albergar a Bolsa do Comércio, ficando a construção dos edifícios que a delimitavam a cargo dos comerciantes da capital. A nova praça tornou-se, por excelência, o espaço da nova burguesia mercantil protegida por Pombal, tornando-se no "novo centro oficial da capital e do governo do país" (FRANÇA, 1989, p. 34).
A praça é delimitada por três blocos de edifícios iguais, de três pisos. O andar térreo é ocupado por arcadas com sobrelojas, o intermédio possui janelas de sacada com guarda de ferro, encimadas por mezzaninos, no último piso. O conjunto é rematado por cornija. Cada uma das alas laterais da praça é coroada por um torreão, que as ultrapassa em altura, recriando o famoso torreão desenhado por Terzi, que Filipe I mandou edificar no Paço Real em 1581.
No centro da praça foi implantada a estátua equestre de D. José, da autoria de Machado de Castro, cuja edificação foi concluída somente em 1775. Ao fundo, fazendo a passagem entre a Rua Augusta, principal artéria da Baixa, e a praça real foi construído um grande arco, que se integra harmoniosamente no conjunto de edifícios. A estrutura obedece ao desenho de Eugénio dos Santos, mas a morosidade das obras fez com que o remate fosse executado já na segunda metade do século XIX, segundo o projecto desenhado pelo arquitecto Veríssimo José da Costa, completado em 1861 com a inclusão de um grupo escultórico da autoria de Antoine Calmels e Vítor Bastos.
Catarina Oliveira
DIDA/IGESPAR, I.P./ 2 de Novembro de 2007
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPEstação Fluvial Sul e Sueste
Outra ClassificaçãoCafé Martinho da Arcada, o próprio estabelecimento em si, na sua globalidade exterior e interiorCastelo de São Jorge e resto das cercas de LisboaLisboa Pombalina
Nº de Imagens15
Nº de Bibliografias8

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
O Livro de LisboaMOITA, Irisalva NóbregaEdição1994Lisboa
Monumentos e edifícios notáveis do distrito de Lisboa, vol. V, (1º tomo)ALMEIDA, D. Fernando deEdição1973Lisboa
Lisboa Pombalina e o IluminismoFRANÇA, José-AugustoEdição1987LisboaLisboa
A Reconstrução de Lisboa e a Arquitectura PombalinaFRANÇA, José-AugustoEdição1989LisboaLisboa
"Do Terreiro do Paço à Praça do Comércio", Monumentos, nº 1VALE, Teresa LeonorEdição1994LisboaLisboa Número : 1 Data do Editor : 1994
Lisboa em 1758. Memórias Paroquiais de LisboaPORTUGAL, Fernando; MATOS, Alfredo deEdição1974LisboaLisboa
Lisboa PombalinaMOURA, CarlosEdição1991Lisboa
Filipe Tércio. Ingegnere e Architetto em Portugal. 1577-1597. (dissertação de mestrado)RIBEIRO, José António SalazarEdição2016Porto

IMAGENS

Praça do Comércio - Praça central com estátua equestre

Praça do Comércio - Vista geral

Praça do Comércio - Arco triunfal da Rua Augusta

Praça do Comércio - Ala oriental: fachada voltada a poente

Praça do Comércio - Ala ocidental: pormenor da arcaria

Praça do Comércio - Cais das Colunas

Praça do Comércio - Ala norte e arco triunfal

Praça do Comércio - Ala oriental: galeria da arcada

Praça do Comércio - Estátua equestre de D. José

Praça do Comércio - Estátua equestre de D. José

Praça do Comércio - Cais das Colunas

Praça do Comércio - Ala ocidental: galeria das arcadas

Praça do Comércio - Ala ocidental: fachada voltada a nascente

Praça do Comércio - Ala norte: entrada para a Rua da Prata

Praça do Comércio - Rua Augusta e arco triunfal

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