Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Concelhos de Lisboa, Amadora, Odivelas, Oeiras e Sintra)
Designação
DesignaçãoAqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Concelhos de Lisboa, Amadora, Odivelas, Oeiras e Sintra)
Outras Designações / PesquisasAqueduto das Águas Livres e Mãe de Água (antiga designação constante do Decreto de 16/6/1910) / Aqueduto das Águas Livres (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Aqueduto
TipologiaAqueduto
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa; Amadora; Odivelas; Oeiras; Sintra/
Endereço / Local
LATITUDE LONGITUDE
38.729656-9.170321
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa; Amadora; Odivelas; Oeiras; Sintra
Freguesia
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 12/2023, DR, I série, n.º 131, de 7-07-2023 (alterou a planta anexa ao decreto anterior) (ver Decreto)
Decreto n.º 5/2002, DR, I Série-B, n.º 42, de 19-02-2002 (alterou o Decreto de 1910 que classificava apenas o Aqueduto das Águas Livres, compreendendo a Mãe de Água, em Lisboa) (ver Decreto)
Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEPDeclaração de rectificação n.º 874/2011, DR, 2.ª série, n.º 98, de 20-05-2011 (retificou para ZEP do Bairro Alto e imóveis classificados na sua envolvente) (ver Declaração)
Portaria n.º 398/2010, DR, 2.º série, n.º 112, de 11-06-2010 (sem restrições) (ZEP do Bairro Alto) (ver Portaria)
Portaria n.º 512/98, DR, I Série-B, n.º 183, de 10-08-1998 (sem restrições) (ZEP do Museu Nacional de Arte Antiga e dos imóveis classificados na sua área envolvente) (ver Portaria)
Portaria n.º 1099/95, DR, I Série-B, n.º 207, de 7-09-1995 (sem restrições) (ZEP da Mãe-d'Água e Aqueduto das Águas Livres (troço das Amoreiras), da Fábrica das Sedas e do edifício da Travessa da Fábrica das Sedas, 34-79) (ver Portaria)
Portaria n.º 1092/95, DR I Série-B, n.º 206, de 6-9-1995 (sem restrições) (troço entre Campolide e a Av Eng.º Duarte Pacheco) (ver Portaria)
Edital N.º 58/94 de 4-05-1994 da CM de Lisboa
Despacho de homologação de 26-02-1973
Parecer favorável de 16-02-1973 da 4.ª Secção da 2.ª Secção da JNE
Proposta de 17-02-1972 da DGEMN
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12736427
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO Aqueduto das Águas Livres é uma das maiores obras de engenharia construídas em território nacional, e a que maior impacto teve na história moderna do país, instituindo-se o troço sobre a ribeira de Alcântara (unanimemente considerado uma obra-prima de arquitectura e engenharia do século XVIII), ou a Mãe de Água, nas Amoreiras, como marcas inconfundíveis de Lisboa. No entanto esta imensa obra de abastecimento à capital ficou muito a dever às áreas limítrofes a Norte, onde se realizaram várias captações de água. O aqueduto dispersa-se por cinco concelhos actuais, desenvolvendo-se ao longo de mais de 18 Km.
A sua construção foi determinada por alvará régio de 1731, sendo encarregue dos trabalhos o arquitecto António Canevari, afastado escassos meses depois, quando D. João V nomeou uma comissão de direcção composta por Manuel da Maia, Azevedo Fortes e José da Silva Pais. Logo no ano seguinte o monarca entregou a obra a Manuel da Maia, que esteve apenas três anos à frente do estaleiro, passando este a ser comandado, em 1736, por Custódio Vieira. Estas sucessivas incertezas retardaram consideravelmente os trabalhos, mas a direcção de Vieira mostrou-se sólida e o projecto pôde finalmente avançar, a ele se devendo o troço de Alcântara. No final da década de 40, já sob a direcção de Carlos Mardel, a água chegou finalmente a Lisboa, construindo-se então o arco comemorativo das Amoreiras. Nas décadas seguintes o sistema de abastecimento foi alargado através da construção de pontos de captação e da edificação de fontes dispersas pela cidade. Nos reinados de D. José e de D. Maria o aqueduto adquiriu genericamente a forma actual de cadeia labiríntica e complexa de condução de águas, que só no concelho de Lisboa abrange as freguesias de Benfica, São Domingos de Benfica, Campolide, São Sebastião da Pedreira, Santo Condestável, Prazeres, Santa Isabel, Lapa, Santos-o-Velho, São Mamede e Mercês.
No actual concelho de Sintra (freguesias de Almargem do Bispo, Casal de Cambra, Belas, Agualva-Cacém e Queluz) localizam-se as fontes mais longínquas, em particular na zona florestal de Vale de Lobo. Daqui, através de um troço que percorria várias quintas, junta-se ao complexo de Belas. A abundância de águas subterrâneas em Belas motivou a construção de diversas captações e quatro ramais de ligação ao principal, sendo a partir da mítica fonte da Água Livre, já mencionada no século XII, que o sistema adquiriu o seu nome.
O concelho da Amadora é atravessado por 8 Km distribuídos pelas freguesias de São Brás, Mina, Brandoa, Falagueira, Reboleira, Venda Nova, Damaia e Buraca. Em São Brás, na Mãe de Água Nova, percorre o território através de um canal até à Buraca, possuindo outros ramais secundários. Na estrada entre Belas e Caneças localiza-se um importante trecho, composto por uma sucessão de arcadas de volta perfeita, que mantém a conduta de água à altura inicialmente definida. Na Mina existe uma mina de água cujo aproveitamento remontará ao século XVIII.
Em Caneças (Odivelas), localizam-se alguns pontos de captação complementados por ramais secundários ligando-se à conduta principal. Dos quatro troços aqui erguidos, o principal é o do Caneiro que, partido da nascente de Olival do Santíssimo (a mais distante de Lisboa, a cerca de 18 Km), englobava os de Poço da Bomba, Vale da Moura e Carvalheiro. Nesta freguesia o aqueduto prolonga-se por mais de 5 Km, atravessa a Serra de Quintã e termina na antiga Quinta das Águas Livres, onde, através da Rampa Grande (que une os dois níveis de caudal dos vários troços), se liga ao tronco principal da obra.
Finalmente, na Serra de Carnaxide (concelho de Oeiras) localizam-se algumas nascentes marcadas por três grandes estruturas circulares, a maior correspondente a uma mãe-de-água. Outro troço é o Aqueduto das Francesas, também subsidiário das Águas Livres e integralmente subterrâneo, sendo apenas visíveis as suas clarabóias, que pontuam a serra.
Paulo Fernandes / DIDA - IGESPAR, I.P./ 20.09.2007
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPVilla Romana da Quinta da BolachaAqueduto Romano de Olisipo na AmadoraAqueduto de Carnaxide, incluindo nascente, mina, mãe de água, chafariz e três clarabóiasAscensor da Glória e meio urbano que o envolveCadeia Penitenciária de LisboaCasa Havaneza, incluindo o património móvel integradoCasa do Ferreira das TabuletasCastelo de São Jorge e resto das cercas de LisboaConjunto do Palácio das Necessidades, abrangendo todo o edifício conventual (...), da torre e da capela (...), os seus jardins e o respectivo parque, com elementos escultóricos e decorativos, e ainda a fachada palaciana, incluindo a fonte monumentalEdifício da Imprensa NacionalEdifício da Rua da Escola Politécnica, 147, em Lisboa, conhecido pelas designações de Palácio Bramão ou Palácio CeiaEdifício designado «Bloco das Águas Livres»Edifício do Diário de Notícias Edifício do Museu Nacional de Arte AntigaElevador do Carmo ou de Santa JustaIgreja de Nossa Senhora dos MártiresNúcleo principal da antiga Escola Politécnica - Faculdade de Ciências da Universidade de LisboaPalácio Palmela, incluindo o jardim-terraçoPalácio de São Bento, escadaria exterior e jardim confinante com a residência do Primeiro-MinistroPalácio, jardins, horta e mata dos marqueses de FronteiraTeatro Ginásio (fachada)Teatro Nacional de São Carlos
Outra ClassificaçãoVilla Romana da Quinta da BolachaAqueduto de Carnaxide, incluindo nascente, mina, mãe de água, chafariz e três clarabóiasAvenida da LiberdadeCampo dos Mártires da Pátria, também denominado «Campo Santana», incluindo as suas vizinhanças de interesse histórico, artístico ou pitorescoCastelo de São Jorge e resto das cercas de LisboaChafariz das Janelas VerdesConjunto do Palácio das Necessidades, abrangendo todo o edifício conventual (...), da torre e da capela (...), os seus jardins e o respectivo parque, com elementos escultóricos e decorativos, e ainda a fachada palaciana, incluindo a fonte monumentalEdifício do Museu Nacional de Arte AntigaLisboa PombalinaPalácio de São Bento, escadaria exterior e jardim confinante com a residência do Primeiro-MinistroPalácio, jardins, horta e mata dos marqueses de FronteiraReal Fábrica das Sedas
Nº de Imagens17
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Arquitectura da água na freguesia da MisericórdiaFIGUEIREDO, PauloEdição2018Lisboa
"Aqueduto das Águas Livres", in Dicionário da História de LisboaROSSA, WalterEdição1994Lisboa
D. João V e a arte do seu tempoCARVALHO, Aires deEdição1962Lisboa
"O aqueduto das Águas Livres", O Livro de Lisboa, pp.293-312CAETANO, Joaquim OliveiraEdição1998Lisboa
Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de LisboaATAÍDE, M. MaiaEdição1988LisboaLisboa Data do Editor : 1988

IMAGENS

Aqueduto das Águas Livres - Vista geral de sul (vale de Alcântara)

Aqueduto das Águas Livres - Vista geral

Aqueduto das Águas Livres: terraço da "Mãe-de-Água"

Aqueduto das Águas Livres (Concelho da Amadora) - Vista geral do troço de Amadora

Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Concelhos de Lisboa, Amadora, Odivelas, Oeiras e Sintra) - Planta anexa ao diploma de alteração da planta constante do diploma de classificação

Portaria n.º 1099/95, DR, I Série-B, n.º 207, de 07-09-1995 - Texto e planta do diploma

Arco da Rua de São Bento - Gravura antiga com vista do lado sul (IPPC)

Arco da Rua de São Bento - Desenho antigo com vista do lado sul (IPPC)

Arco da Rua de São Bento - Vista geral de sul (IPPC)

Arco da Rua de São Bento - Vista de norte (IPPC)

Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Odivelas). Maria Ramalho, 2016.

Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Odivelas). Maria Ramalho, 2016.

Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Odivelas). Maria Ramalho, 2016.

Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Odivelas). Maria Ramalho, 2016.

Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Odivelas). Maria Ramalho, 2016.

Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Odivelas). Maria Ramalho, 2016.

Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Odivelas). Maria Ramalho, 2016.

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