Casa da Rua da Alfândega Velha | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Casa da Rua da Alfândega Velha | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa do Infante (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Casa | ||||||||||||||||
Tipologia | Casa | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Porto/Porto/Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Porto | ||||||||||||||||
Concelho | Porto | ||||||||||||||||
Freguesia | Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 9 888, DG, I Série, n.º 146, de 2-07-1924 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | Portaria de 9-01-1960, publicada no DG, II Série, n.º 27, de 2-02-1960 (com ZNA) | ||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | Portaria de 9-01-1960, publicada no DG, II Série, n.º 27, de 2-02-1960 | ||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 12737527 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Em 1120 o casario junto à Sé do Porto, juntamente com várias isenções e propriedades anexas, foi doado por D. Teresa ao bispado da diocese, separada cinco anos antes da metrópole bracarense. O burgo portuense pertencia desde então à Mitra, que dominava igualmente o comércio marítimo e fluvial em torno da movimentada zona ribeirinha. Ao longo do século XIII, a Coroa manifestaria uma tendência natural para, em marcada oposição ao Bispado, assumir o rendoso senhorio aduaneiro do Porto, começando pela tentativa de instalar infra-estruturas régias em áreas limítrofes dos domínios eclesiásticos - caso de Vila Nova de Gaia, a partir de 1255, ou, já no século XIV, em casas junto à ermida de São Nicolau, perto da Fonte Taurina, então Fonte Aurina. E é justamente na sequência deste movimento que D Afonso IV manda erguer, em 1354, uma imponente casa da Alfândega, na margem direita do Douro, onde funcionaria também a Casa da Moeda, já laborando no reinado de D. Fernando, embora apenas em 1406 D. João I tenha ordenado o acrescentamento do anexo a esta destinado. Os estudos recentes e as escavações arqueológicas realizadas no complexo alfandegário revelam uma estrutura primitiva constituída por dois torreões unidos através de um pátio central, claro modelo medieval de edifício urbano de "prestígio" (REAL, GOMES, TEIXEIRA, 1992) entretanto radicalmente alterado por obras de ampliação sucessivas desde o século XV. Para além de alfândega e armazém de mercadorias, o edifício serviria ainda para albergar os funcionários régios, e possivelmente também o rei e a família real durante as suas estadias no burgo, inclusivamente por ser este o primeiro imóvel régio do Porto, e o mais importante prédio civil, permanecendo durante a época medieval como símbolo da afirmação do poder real na cidade. A descoberta da zona habitacional parece confirmar a tradição segundo a qual nesta casa terá nascido, em 1394, o Infante D. Henrique, donde a designação de Casa do Infante. O "almazém" régio foi ampliado no século XV, devido ao crescimento do comércio marítimo na cidade, que continuaria a acentuar-se ao longo dos séculos seguintes. Em 1656 foram realizadas obras das quais pouco se conhece, e a partir de 1677, por ordem de D. Pedro II e execução do marquês da Fronteira, vedor da Fazenda, a Casa da Alfândega foi praticamente reedificada. Manteve-se o pátio interior, mas as torres quatrocentistas foram substituídas por alpendres cobertos, e a cota dos novos pavimentos foi uniformizada. Os armazéns interiores foram unidos num espaço organizado em três naves com arcarias, e a fachada principal, que em 1462 já avançara em direcção à rua, recebeu mais dois pisos, passando a dominar de forma ainda mais marcante o espaço público. Neste corpo principal funcionavam então os serviços deslocados das torres, e aí foi construída uma larga escadaria central de acesso à zona de habitação do segundo piso. Até finais do século XIX não foram realizadas obras de grande significado, embora se tenham aberto portas de ligação com um edifício contíguo, para ampliar os serviços. Com a construção da nova Alfândega em Miragaia, em funcionamento a partir de 1869, as antigas instalações foram progressivamente abandonadas, e o corpo posterior foi arrendado. Já em meados do século XX, cessado o arrendamento, o conjunto sofreu importantes obras de conservação; as escavações arqueológicas em curso a partir de 1991 permitiram identificar, para além das estruturas medievais, também os vestígios de uma grande construção romana, com pavimentos em mosaico, datável do Baixo-Império. As mesmas escavações permitiram conhecer o mestre arquitecto das obras medievais, João Eanes Melacho, cujo nome consta de uma inscrição quatrocentista num cunhal do edifício. Actualmente, funcionam aí os serviços do Arquivo Histórico Municipal. Destacam-se o escudo de armas de D. João I, no nº 47, e o portal setecentista da entrada da Rua do Infante D. Henrique, no nº 53. Sílvia Leite / DIDA - IGESPAR, IP | ||||||||||||||||
Processo | Rua da Alfândega e Rua do Infante, Nº 47 a 53 | ||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Conjunto urbano constituído pela Praça da Ribeira e suas naturais extensões, ou sejam a Rua de São João e respectiva transversal, a Rua do Infante D. HenriqueRestaurante Comercial | ||||||||||||||||
Outra Classificação | Centro Histórico do Porto, Ponte Luiz I e Mosteiro da Serra do PilarZona histórica do Porto | ||||||||||||||||
Nº de Imagens | 7 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 14 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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"Sobre o local de nascimento do Infante D. Henrique", Henrique, o Navegador, pp.161-168 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1994 | Porto | |
"O centro de serviços da coroa na cidade do Porto", Henrique, o Navegador, pp.137-149 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1994 | Porto | |
Intervenção Arqueológica na Casa do Infante (Porto). Avaliação do Projecto em Dezembro de 1994, 1º Congresso de Arqueologia Peninsular, Actas VII, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. 35 (3), Porto, 1995 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1995 | Porto | |
A Tradicional Casa do Infante, Catálogo da Exposição Henrique, O Navegador, Porto, 1994, p. 135 - 196 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1994 | Porto | |
"Casa do Infante. Uma história a refazer", Oceanos, nº 12, Lisboa, Novembro de 1992, pp. 17 - 22 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1992 | Lisboa | |
"O contributo da arqueologia para o estudo da Casa do Infante", Henrique, o Navegador, pp.151-159 | GOMES, Paulo José Antunes Dórdio | Edição | 1994 | Porto | |
Intervenção Arqueológica na Casa do Infante (Porto). Avaliação do Projecto em Dezembro de 1994, 1º Congresso de Arqueologia Peninsular, Actas VII, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. 35 (3), Porto, 1995 | GOMES, Paulo José Antunes Dórdio | Edição | 1995 | Porto | |
A Tradicional Casa do Infante, Catálogo da Exposição Henrique, O Navegador, Porto, 1994, p. 135 - 196 | GOMES, Paulo José Antunes Dórdio | Edição | 1994 | Porto | |
"Casa do Infante. Uma história a refazer", Oceanos, nº 12, Lisboa, Novembro de 1992, pp. 17 - 22 | GOMES, Paulo José Antunes Dórdio | Edição | 1992 | Lisboa | |
"Intervenção arqueológica na Casa do Infante. Dezassete séculos de História na zona ribeirinha do Porto", Al-madan, 2ª sér., nº9, pp.132 e 134 | GOMES, Paulo José Antunes Dórdio | Edição | 2000 | Almada | |
"A arqueologia medieval e moderna na região do Porto. Breve balanço e algumas reflexões críticas", Al-Madan | GOMES, Paulo José Antunes Dórdio | Edição | 2000 | Almada | II série, n.º 9, pp.104-110 |
"O contributo da arqueologia para o estudo da Casa do Infante", Henrique, o Navegador, pp.151-159 | TEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques Abrantes | Edição | 1994 | Porto | |
Intervenção Arqueológica na Casa do Infante (Porto). Avaliação do Projecto em Dezembro de 1994, 1º Congresso de Arqueologia Peninsular, Actas VII, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. 35 (3), Porto, 1995 | TEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques Abrantes | Edição | 1995 | Porto | |
A Tradicional Casa do Infante, Catálogo da Exposição Henrique, O Navegador, Porto, 1994, p. 135 - 196 | TEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques Abrantes | Edição | 1994 | Porto | |
"Casa do Infante. Uma história a refazer", Oceanos, nº 12, Lisboa, Novembro de 1992, pp. 17 - 22 | TEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques Abrantes | Edição | 1992 | Lisboa | |
"Intervenção arqueológica na Casa do Infante. Dezassete séculos de História na zona ribeirinha do Porto", Al-madan, 2ª sér., nº9, pp.132 e 134 | TEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques Abrantes | Edição | 2000 | Almada | |
"A arqueologia medieval e moderna na região do Porto. Breve balanço e algumas reflexões críticas", Al-Madan | TEIXEIRA, Ricardo Jorge Coelho Marques Abrantes | Edição | 2000 | Almada | II série, n.º 9, pp.104-110 |
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e Santarém | SEQUEIRA, Gustavo de Matos | Edição | 2000 | Lisboa | Academia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom |
"O contributo da arqueologia para o estudo da Casa do Infante", Henrique, o Navegador, pp.151-159 | MELO, Maria do Rosário | Edição | 1994 | Porto | |
Intervenção Arqueológica na Casa do Infante (Porto). Avaliação do Projecto em Dezembro de 1994, 1º Congresso de Arqueologia Peninsular, Actas VII, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, vol. 35 (3), Porto, 1995 | MELO, Maria do Rosário | Edição | 1995 | Porto | |
Casa da Rua da Alfândega Velha, Porto, Boletim da DGEMN, Nº 103, Porto, 1961 | AZEVEDO, Rogério de | Edição | 1961 | Porto | |
"A Casa do Infante. Elementos para o estudo da sua reconstituição", Boletim Cultural, 22 (1 - 2), Porto, Março / Junho 1960, pp. 264 - 290 | AZEVEDO, Rogério de | Edição | 1960 | Porto | |
Porto a Património Mundial - Processo de Candidatura da Cidade do Porto à Classificação pela UNESCO como Património Cultural da Humanidade | LOZA, Rui Ramos | Edição | 1993 | ||
"A arqueologia medieval e moderna na região do Porto. Breve balanço e algumas reflexões críticas", Al-Madan | SILVA, António Manuel S. P. | Edição | 2000 | Almada | II série, n.º 9, pp.104-110 |
"A arqueologia medieval e moderna na região do Porto. Breve balanço e algumas reflexões críticas", Al-Madan | RODRIGUES, Miguel Carlos Lopes Brandão Areosa | Edição | 2000 | Almada | II série, n.º 9, pp.104-110 |
"As obras da Praça da Figueira. O caso do Convento de Cristo e da Casa do Infante", Pedra & Cal, Revista do Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património Arquitectónico, Nº6, Abril / Maio / Junho 2000 | Edição | 2002 | Lisboa | ||
A alfândega do Porto e o despacho aduaneiro, catálogo de exposição | Edição |
Casa da Rua da Alfândega Velha - Fachada principal: portal de acesso
Casa da Rua da Alfândega Velha - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 27, de 02-02-1960 - Texto e planta do diploma
Casa da Rua da Alfândega Velha - Vista geral: fachada principal
Casa da Rua da Alfândega Velha - Interior do piso térreo: arco de comunicação com o pátio interior
Casa da Rua da Alfândega Velha - Interior do piso térreo: sala de exposição
Casa da Rua da Alfândega Velha - Interior do piso térreo: pátio interior
Casa da Rua da Alfândega Velha - Interior do piso térreo: portal que comunica com o pátio interior
Palacete Vilar de Allen
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4150-081 Porto, Portugal
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