Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Hospital de Santo António
Designação
DesignaçãoHospital de Santo António
Outras Designações / PesquisasHospital de Santo António (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Hospital
TipologiaHospital
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Porto/Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua do Prof. Vicente José de CarvalhoPorto Número de Polícia:
Avenida da RestauraçãoPorto Número de Polícia:
Rua Dr.Tiago de AlmeidaPorto Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.147174-8.61838
DistritoPorto
ConcelhoPorto
FreguesiaCedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12737527
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaConstruído entre 1770 e 1824, o Hospital de Santo António deveria substituir o antigo Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Porto sito na Rua das Flores. O problema da substituição do Hospital é levantado pela Mesa da Misericórdia em 1766-1767, mas a escolha do novo local revelou-se uma tarefa complicada. Assim, e depois de alguma hesitação, optou-se pelos terrenos junto à Cordoaria, cuja planta foi então enviada ao arquitecto inglês John Carr para que este concebesse o projecto, o que aconteceu em 1769, tendo a Misericórdia pago 500 libras pelo trabalho.
A primeira pedra desta dispendiosa construção foi lançada a 15 de Junho do ano seguinte. Em Agosto de 1799 o corpo Sul já estava em condições de receber os doentes, mas as Invasões Francesas atrasaram os trabalhos, pelo que apenas em 1824 se concluem as obras do novo Hospital de Santo António e este substitui efectivamente o antigo da Rua das Flores (QUARESMA, M. Clementina, 1995, pp. 89-90).
O projecto de Carr - um edifício de quatro alas monumentais com paredes de tijolo, uma capela de cruz grega com zimbório localizada do pátio -, sofreu fortes alterações, em consequência da falta de meios disponível provocada em grande medida pelo aumento significativo do custo previsto, já que o edifício não foi construído em tijolo mas sim em granito, o que veio, ainda, prejudicar o bom andamento dos trabalhos (BASTO, A. de Magalhães, 1998).
Desta forma, não se construiu a fachada traseira e os corpos Norte e Sul foram muito encurtados, pelo que o Hospital apresenta planta em "U", com alçados de dois e três pisos, decorados por frontões, balaustradas, colunatas e urnas a rematar as cornijas.
A fachada nascente ficou então sendo a principal, e apesar de não ter sido dotada da estatuária prevista, a sua monumentalidade contrasta fortemente com a relativa simplicidade dos alçados laterais, desenvolvendo-se em cinco corpos de diferentes planos, entre os quais se destaca o central, com galeria aberta e seis colunas dóricas que suportam entablamento e tímpano. No interior, importa destacar a farmácia, que conserva os antigos armários.
Apesar das vicissitudes, o Hospital de Santo António reflecte o gosto neopalladiano e neoclássico que viria a desempenhar um papel de grande significado no desenvolvimento da arquitectura civil portuense, opondo-se ao barroco de Nasoni que caracterizou a cidade, e o Norte do país, no século precedente. Desta forma, o Porto soube tirar partido da presença da colónia inglesa, fomentado um gosto que conferiu um pendor erudito à renovação arquitectónica da cidade neste período.
Muitos foram os exemplos de arquitectos (Carlos Amarante, António Pinto Miranda...) e edifícios (Igreja da Ordem Terceira de São Francisco, Palácio da Bolsa...) construídos no Porto dentro desta linha anglo-palladiana, e que avançou significativamente pelo século XIX (Alfândega Nova - 1860; Hospital Conde Ferreira, 1866) (PEREIRA, José Fernandes, pp. 184-189).
Rosário Carvalho
ProcessoRua do Prof. Vicente José de Carvalho, Rua do Dr. Tiago de Almeida e Rua da Restauração
Abrangido em ZEP ou ZPCentro Histórico do Porto, Ponte Luiz I e Mosteiro da Serra do PilarZona histórica do Porto
Outra Classificação
Nº de Imagens6
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"O neoclássico", História da Arte Portuguesa, vol.3, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp.183-205PEREIRA, José FernandesEdição1995
Inventário Artístico de Portugal - Aveiro, Beja, Coimbra, Évora, Leiria, Portalegre, Porto e SantarémSEQUEIRA, Gustavo de MatosEdição2000LisboaAcademia Nacional de Belas Artes 3 CD ROM Tipo : Multimédia - CD Rom
Origens e desenvolvimento de um grande estabelecimento de assistência e caridade: o hospital de Santo António da Misericórdia do PortoBASTO, Artur de MagalhãesEdição1998Porto
História da Arte em Portugal - O Pombalismo e o RomantismoFRANÇA, José-AugustoEdição2004Lisboa

IMAGENS

Hospital de Santo António - Vista geral (fachada principal)

Hospital de Santo António - Fachada principal: corpo central

Hospital de Santo António - Fachada principal

Hospital de Santo António - Fachadas sul e nascente

Hospital de Santo António - Fachada principal: corpo lateral esquerdo

Hospital de Santo António - Vista geral

MAPA

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