Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Castelo de Terena
Designação
DesignaçãoCastelo de Terena
Outras Designações / PesquisasCastelo de Terena (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Militar / Castelo
TipologiaCastelo
CategoriaArquitectura Militar
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Alandroal/Terena (São Pedro)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Terena Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.621559-7.407227
DistritoÉvora
ConcelhoAlandroal
FreguesiaTerena (São Pedro)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 35 443, DG, I Série, n.º 1, de 2-01-1946 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12736127
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Edificado no topo da povoação que lhe dá nome, sobranceiro a um vale entre as ribeiras de Alcaide e de Lucefécit, o castelo de Terena é uma fortaleza cuja planta se desenvolve num pentágono irregular a que se associam quatro torres circulares, dispostas assimetricamente, das quais apenas uma protege um ângulo da muralha.
A torre de menagem, de planta quadrangular dividida em dois pisos, localiza-se a meio de um dos panos da cerca e implanta-se sobre a porta principal, protegendo-a por meio de pequena barbacã dominante dotada de adarve e terraço ameado. A entrada principal, em cotovelo, é acedida por dois amplos arcos de volta perfeita, com impostas marcadas e decoradas com bolas e entrelaçados. No lado oposto à entrada situa-se a Porta do Campo, também designada por Porta do Sol, que, apesar de ter sido entaipada no século XVII, mantém a estrutura original de arco apontado, ladeada por dois torreões circulares, numa estrutura simétrica de gosto gótico.
História
Embora se desconheça a data exata de construção do Castelo de Terena, a análise das suas características morfológicas e dos indícios documentais aponta para que a sua fundação remonte ao reinado de D. Afonso IV, "altura em que se terá erguido a maior parte da sua estrutura fortificada. A sua construção terá sido entretanto suspensa (talvez devido a dificuldades económicas), tendo recebido mais tarde um derradeiro fôlego quando, em 1380, D. Fernando determinou a conclusão da barbacã e do fosso" (Barroca: 2006, p. 49).
Em 1482, D. João II nomeou Nuno Martins da Silveira como alcaide e, nas primeiras décadas do século XVI, o reduto foi objeto de uma ampla campanha de obras, que deixou marcas visíveis na estrutura. Efetivamente, data do início de Quinhentos uma parte substancial da estrutura da fortaleza que chegou até ao presente, atribuindo-se a Francisco de Arruda a responsabilidade pela obra; o arquiteto terá laborado em Terena cerca de 1514, sendo responsável pela alteração da entrada principal e da própria torre, dotando-a de um interior apalaçado.
Durante as Guerras da Restauração, e ao contrário do que sucedeu com tantas fortificações de fronteira, esta fortaleza não foi beneficiada pela Coroa, que envidou todos os esforços financeiros e de engenharia na Praça de Elvas. Terena seria contemplada, apenas, com o reforço de uma pequena parte da estrutura, nomeadamente a Porta das Sortidas, ou do Campo, pelo que em 1652 o castelo foi ocupado pelas tropas castelhanas.
Os séculos seguintes determinaram um progressivo abandono da fortificação, registando-se alguns estragos provocados pelo terramoto de 1755.
A consolidação da estrutura chegou apenas no século XX, por intermédio da DGEMN, que aqui efetuou uma primeira campanha de obras em 1937, incluindo a reconstrução de um pano de muralha e a reinvenção de ameias. Alguns anos depois, em 1946, o Castelo de Terena era classificado como monumento nacional.
Na década de 80, realizaram-se diversos trabalhos na torre de menagem, de que importa destacar a reconstrução de abóbadas e uma série de adulterações aos elementos originais.
Paulo Almeida Fernandes (2005) e Catarina Oliveira
DGPC, 2018
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens15
Nº de Bibliografias5

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Terena. O Castelo e a Ermida da Boa NovaBARROCA, Mário JorgeEdição2006Lisboa
Inventário Artístico de Portugal - vol. IX (Distrito de Évora, Zona Sul, volume I)ESPANCA, TúlioEdição1978LisboaO vol. II é totalmente dedicado às ilustrações.
Castelos PortuguesesMONTEIRO, João GouveiaEdição2002LisboaLivro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico.
Castelos PortuguesesPONTES, Maria LeonorEdição2002LisboaLivro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico.
Os mais belos castelos e fortalezas de PortugalGIL, JúlioEdição1986Lisboa
Castelo de TerenaBOTTO, Margarida DonasEdição2001Lisboa
Os mais belos castelos e fortalezas de PortugalCABRITA, AugustoEdição1986Lisboa

IMAGENS

Castelo de Terena - Vista aérea do castelo e conjunto urbano

Castelo de Terena - Vista geral e envolvente

Castelo de Terena - Interior do recinto: torres junto da porta da traição

Castelo de Terena - Vista parcial da muralha e relação com o conjunto urbano

Castelo de Terena - Interior do recinto: vista parcial da praça de armas

Castelo de Terena - Vista geral e envolvente

Castelo de Terena - Vista do conjunto urbano a partir do topo de um torreão

Castelo de Terena - Vista parcial do adarve e torre de menagem

Castelo de Terena - Vista parcial do pano de muralha

Castelo de Terena - Vista parcial do adarve

Castelo de Terena - Porta de armas

Castelo de Terena - Interior do recinto: vista parcial do pano de muralha e adarve

Castelo de Terena - Interior do recinto vista do pano de muralhas e torres de vigia

Castelo de Terena - Vista parcial da torre de menagem

Castelo de Terena - Interior do recinto: vista parcial da muralha

MAPA

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