Porta de Montalvão, Porta da Vila e restos da muralha da vila de Nisa | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Porta de Montalvão, Porta da Vila e restos da muralha da vila de Nisa | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Castelo de Nisa / Castelo e cerca urbana de Nisa (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Militar / Castelo | ||||||||||||||||
Tipologia | Castelo | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Militar | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Portalegre/Nisa/Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e São Simão | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Portalegre | ||||||||||||||||
Concelho | Nisa | ||||||||||||||||
Freguesia | Espírito Santo, Nossa Senhora da Graça e São Simão | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 8 228, DG, I Série, n.º 133, de 4-07-1922 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | As terras onde se ergue a actual vila de Nisa terão sido habitadas já em épocas pré-romanas, sendo que dessa presença romana no local restam ainda alguns vestígios importantes. O primeiro foral de Nisa foi outorgado entre 1229 e 1232, por Frei Estêvão de Belmonte, Mestre da Ordem do Templo, a quem pertenciam os terrenos que incluíam a povoação (então integrada na grande Herdade da Açafa), por doação de D. Sancho I. Não existindo já este documento, comprova-se a existência deste antigo foral através da referência que lhe é feita no idêntico foral da Vila do Crato (este de 1232). No entanto, a exacta localização do burgo de então não seria a actual, já que as contendas entre D. Dinis e seu irmão, D. Afonso Sanches, senhor da vizinha Castelo de Vide, que aí tiveram palco, terão levado à transferência do município para terrenos a uma certa distância da sua implantação original, na década de noventa do século XIII. A reconstrução da vila principiou de imediato, ordenada pelo monarca, e dirigida pelo mestra da Ordem do Templo, D. Frei Lourenço Martins, e constando de um forte castelo com seis torres e portas, lançado entre 1290 e 1296. As muralhas estavam ainda em construção em 1343, no reinado de D. Afonso IV. A situação fronteiriça de Nisa determinaria sempre largos investimentos nas suas fortificações, bem como um papel fundamental na defesa da independência do território, que receberia de D. João I o título de " Mui Notável" vila. Em 1512 D. Manuel I atribuiu-lhe novo foral, na mesma altura em que intervinha na remodelação de algumas estruturas, conforme lápide coeva colocada junto da Porta da Vila. Em 1646, Nisa é elevada à Categoria de Marquesado, título outorgado ao 5º Conde da Vidigueira, D. Vasco Luís da Gama. No mesmo ano, em plena Guerra da Restauração, o castelo é reforçado com uma segunda cinta defensiva, e outros acrescentos menores, como aconteceu em várias outras fortificações na época. Mas a derrocada do castelo deve-se em grande parte às escaramuças da Guerra da Sucessão de Espanha, na qual Portuga participava (entre 1703 e 1713), sendo que logo em 1704, durante a primeira campanha, foi ocupado por tropas franco-espanholas. A destruição continuou no século XIX, quando foram arrasados os paramentos seiscentistas, e embelezado o conjunto com merlões e outros elementos anacrónicos. Restam hoje duas torres, alguns panos de muralha, e duas portas ainda de finais do século XIII, a da Vila e a de Montalvão, assim denominada por estar voltada para a vizinha povoação do mesmo nome. A Porta da Vila tem sofrido várias modificações. Tem arco apontado assente sobre impostas quadradas, e é flanqueada por duas meias-torres, de planta rectangular, com ameias. Sobre a pedra de fecho do arco, voltada para o exterior, estão dois escudos apontados, um deles o escudo de Portugal com as cinco quinas, as laterais ainda deitadas (anterior à reforma de 1485), sendo o outro de heráldica municipal. Em 1646 foi aí acrescentada uma lápide evocativa da decisão tomada nas cortes de Lisboa desse mesmo ano, quando o rei D. João IV tomou oficialmente Nossa Senhora da Conceição por padroeira do Reino. A colocação desta lápide, encimada por um nicho com a estátua da Virgem, seguia-se a idêntico acto nas portas da capital. A lápide e a imagem, bem como uma outra lápide manuelina, foram retiradas em 1945, quando se pretendeu restituir a porta à sua traça original. Apesar disso, conservam-se ainda dois escudos quinhentistas no pano de muralha anexo à porta. Adossada a uma das torres fica a Torre do Relógio, de construção posterior; também a Torre da Igreja Matriz sobressai junto desta porta. A Porta de Montalvão abre-se em arco abatido, sem impostas nem pilares, e junto a ela encosta-se o edifício da Cadeia Nova. Para além deste edifício, a muralha liga-se a uma torre, de configuração idêntica às anteriores, quase intacta, conservando ainda uma lápide quinhentista, com a cruz da Ordem de Cristo e duas representações das cinco quinas. SML | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 3 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico de Portugal - vol. I (Distrito de Portalegre) | KEIL, Luís | Edição | 1943 | Lisboa | |
Monografia da Notável Vila de Nisa | FIGUEIREDO, José Francisco | Edição | 1956 | Sintra | |
Memória Histórica da Notável Vila de Nisa | MOURA, José Dinis da Graça Mota | Edição | 1982 | Lisboa |
Porta da vila - Vista geral com dois torreões
Palacete Vilar de Allen
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