Igreja da Flor da Rosa (ruínas), compreendendo o túmulo de D. Álvaro Gonçalves Pereira | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja da Flor da Rosa (ruínas), compreendendo o túmulo de D. Álvaro Gonçalves Pereira | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Mosteiro de Flor da Rosa / Igreja de Flor da Rosa / Paço de Flor da Rosa / Pousada da Flor da Rosa (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Mosteiro | ||||||||||||
Tipologia | Mosteiro | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Portalegre/Crato/Crato e Mártires, Flor da Rosa e Vale do Peso | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Portalegre | ||||||||||||
Concelho | Crato | ||||||||||||
Freguesia | Crato e Mártires, Flor da Rosa e Vale do Peso | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 524/97, DR, I Série-B, n.º 167, de 22-07-1997 (sem restrições) (ver Portaria) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913829 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Este mosteiro hospitalário é um dos mais importantes monumentos góticos nacionais e foi já considerado a "mais importante igreja-fortaleza portuguesa" (PEREIRA, 1995, vol. I, p.389), tipologia assim designada por Mário Chicó para catalogar os templos trecentistas constituídos por "torres cruciformes" (CHICÓ, 1954, p.115). Não é só ao nível das características planimétricas e volumétricas que Flor da Rosa é importante; ele possui uma imensa carga simbólica, na medida em que foi concebido como igreja, mosteiro e paço, sede da Ordem do Hospital no nosso país, no seu percurso em direcção ao Sul. O início da construção situa-se por volta de 1340, altura em que o então grão-prior do Hospital, D. Álvaro Gonçalves Pereira, determinou o arranque do estaleiro, eventualmente aproveitando as instalações de um anterior cenóbio no local (PEREIRA, 1995, p.389). A igreja é a mais importante peça, ocupando a metade nascente do monumento. Ela dispõe-se lateralmente em relação à fachada principal e tem acesso através de um átrio de abóbada abatida estrelada, reconstruída pela DGEMN na década de 40 do século XX. O templo apresenta planta em cruz grega, de braços desiguais (com capela-mor pouco profunda contrastante com o grande desenvolvimento dos braços do transepto), e impõe-se pela sua verticalidade, que é sublinhada pela robustez, despojamento e carácter maciço das paredes. O cruzeiro, coberto por abóbada de cruzaria de ogivas, é à mesma altura dos restantes espaços, o que reforça a unidade espacial da igreja. Durante as épocas moderna e contemporânea, o conjunto perdeu uma significativa parte das suas características originais. Ainda assim, a reconstituição de alçados e de volumes executada por Jorge Rodrigues e Paulo Pereira prova como Flor da Rosa, mais que um mosteiro ou um paço, era "um autêntico castelo com altas torres ameadas coroadas por adarves e providas de dispositivos de protecção militar" (RODRIGUES e PEREIRA, 1986, p.83). Para a realização de uma obra assim singular, sem referentes no panorama gótico nacional, muito terão contribuído as determinantes cistercienses e mendicantes, no fundo realidades construtivas bem definidas cujos modelos foram tantas vezes seguidos durante a Baixa Idade Média. É à luz das determinantes cistercienses que se explicam a cabeceira quadrangular e a quase total ausência de decoração do interior, agravada pela inexistência de colunas ou de capitéis (IDEM, p.89). O claustro foi substancialmente transformado no século XVI. Do período original, conserva ainda partes significativas, embora algo descontínuas (visíveis em alguns vãos desenhados mas nunca abertos), o que levou RODRIGUES e PEREIRA, 1987, p.194 a identificarem hesitações no programa. Uma das características mais importantes da quadra é a existência de pontos de apoio de uma galeria superior, em madeira, que, por sua vez, dava acesso a algumas dependências elevadas das alas monacais que rodeavam o claustro. Ao que tudo indica, este espaço não foi integralmente construído no século XIV e são vários os vestígios de uma posterior tentativa de "cobertura das alas (...) e de sustentação da galeria", obras provavelmente levadas a cabo no século XV (IDEM, pp.196-197). As primeiras décadas do século XVI marcam uma importante fase na vida do Mosteiro. Para além da reformulação e conclusão das obras do claustro, realizaram-se numerosas outras no paço e na igreja, incluindo o túmulo de D. Diogo de Almeida. O facto de se cruzarem vocabulários artísticos manuelinos, mudéjares e renascentistas, faz supor da existência de várias campanhas, ao longo de praticamente toda a primeira metade do século. Arruinado o paço em 1615, conforme nos descreve Pedro Nunes Tinoco, uma parte importante da igreja desabou em 1897. Entre os anos 40 e 60 do século XX, o monumento foi integralmente restaurado pela DGEMN e adquiriu a forma actual na década 90, altura em que o conjunto foi transformado em pousada, por projecto do Arq. Carrilho da Graça. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 8 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 20 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Arquitectura Gótica em Portugal | CHICÓ, Mário Tavares | Edição | 1981 | Lisboa | |
A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
"A Arquitectura (1250-1450)", História da Arte Portuguesa, dir. Paulo Pereira, vol. I, pp.335-433 | PEREIRA, Paulo | Edição | 1995 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal - vol. I (Distrito de Portalegre) | KEIL, Luís | Edição | 1943 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2002 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2002 | Lisboa | |
Paços Medievais Portugueses | SILVA, José Custódio Vieira da | Edição | 1995 | Lisboa | Tipo : Colecção - Arte e Património |
Castelos Portugueses | MONTEIRO, João Gouveia | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Castelos Portugueses | PONTES, Maria Leonor | Edição | 2002 | Lisboa | Livro sem bibliografia Este guia propõe, para um vasto público, uma visão sintética da história da arquitectura militar portuguesa bem como um entendimento aprofundado dos elementos constituintes e funcionais dos castelos românico e gótico. |
Amieira do antigo Priorado do Crato. Subsídios para uma monografia (1936) | SOUSA, Tude Martins de | Edição | 1982 | Lisboa | |
Amieira do antigo Priorado do Crato. Subsídios para uma monografia (1936) | RASQUILHO, Francisco Vieira | Edição | 1982 | Lisboa | |
"Algumas vilas, igrejas e castelos do antigo Priorado do Crato (Crato; Flor da Rosa; Amieira)", Arqueologia e História, vol. 8 | SOUSA, Tude Martins de | Edição | 1930 | Lisboa | |
D. Nuno Álvares Pereira e o Mosteiro Fortaleza de Flor da Rosa | SALVADO, António | Edição | 1987 | Castelo Branco | |
Flor da Rosa e o Mosteiro. Catálogo da exposição | RODRIGUES, Jorge | Edição | Crato | ||
Flor da Rosa e o Mosteiro. Catálogo da exposição | PEREIRA, Paulo | Edição | Crato | ||
"O Mosteiro de Flor da Rosa", História, nº22/23, pp.81-91 | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1980 | Lisboa | |
"O Mosteiro de Flor da Rosa", História, nº22/23, pp.81-91 | PEREIRA, Paulo | Edição | 1980 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal, vol. IV (O Gótico) | DIAS, Pedro | Edição | 1986 | Lisboa | |
"O Mosteiro da Flor da Rosa", Boletim Cultural da Câmara Municipal de Vila do Conde, nov. sér., vol. 14 | NEVES, Joaquim Pacheco | Edição | 1994 | Vila do Conde | |
Santa Maria da Flor da Rosa. Um estudo de História de Arte | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1986 | Crato | |
Santa Maria da Flor da Rosa. Um estudo de História de Arte | PEREIRA, Paulo | Edição | 1986 | Crato | |
A Flor da Rosa | JORGE, João Miguel Fernandes | Edição | 2000 | Lisboa | |
A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
O Mosteiro da Flor da Rosa | PEREIRA, Paulo | Edição | 2008 | Lisboa | |
O Mosteiro da Flor da Rosa | RODRIGUES, Jorge | Edição | 2008 | Lisboa | |
Pousada de Flor da Rosa | Edição | 1995 | Lisboa | ||
Mosteiro de Flor da Rosa | Edição | 2009 | Lisboa |
Mosteiro da Flor da Rosa - Vista aérea do conjunto arquitectónico
Mosteiro da Flor da Rosa - Fachada principal (sul)
Mosteiro da Flor da Rosa - Vista geral de sudeste
Mosteiro da Flor da Rosa - Fachada principal: portal de acesso à igreja
Mosteiro da Flor da Rosa - Interior da igreja: abóbada manuelina do sub-coro e nave com o túmulo de D. Álvaro Gonçalves Pereira
Mosteiro da Flor da Rosa - Interior: abóbadas manuelinas de uma das dependências do claustro
Mosteiro da Flor da Rosa - Área a poente de articulação entre o mosteiro e a pousada
Mosteiro de Flor da Rosa - Portaria n.º 524/97, DR, I Série-B, n.º 167, de 22-07-1997 - Texto e planta do diploma
Palacete Vilar de Allen
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