Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Mosteiro de Pombeiro
Designação
DesignaçãoMosteiro de Pombeiro
Outras Designações / PesquisasMosteiro de Santa Maria de Pombeiro / Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Mosteiro
TipologiaMosteiro
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Felgueiras/Pombeiro de Ribavizela
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Lugar do MosteiroPombeiro de Ribavizela Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.38271-8.225313
DistritoPorto
ConcelhoFelgueiras
FreguesiaPombeiro de Ribavizela
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto)
ZEPPortaria n.º 651/2002, DR, I Série-B, n.º 135, de 14-06-2002 (sem restrições) (ver Portaria)
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913229
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaPombeiro é uma das mais antigas instituições monacais do território português, estando documentada desde 853. Do primitivo estabelecimento nenhum elemento material foi, até ao momento, identificado, mas tratava-se, com grande probabilidade, de um edifício modesto, eventualmente vinculado à autoridade asturiana e localizado no lugar do Sobrado, medievalmente designado por Columbino.
A génese do edifício actual conhece-se a partir de D. Fernando, o Magno. Um pouco antes, em 1041 (GRAF, 1986, vol.2, p.40) o mosteiro foi transferido para o actual local, aqui se levantando um primeiro conjunto edificado a partir de 1059. Desse monumento também nada chegou até nós, mas foi no período condal que se estabeleceram as bases do grande mosteiro baixo-medieval, nomeadamente a partir da doação de D. Egas Gomes de Sousa (em 1102) e da carta de couto de D. Teresa (de 1112).
O projecto românico arrancou algumas décadas depois, sob o impulso dos Beneditinos (e da importante família dos Sousões de Ribavizela), que aqui deixaram a sua marca na tipologia da igreja, que segue fielmente a planimetria dos grandes mosteiros da ordem: corpo tripartido de quatro tramos, com cobertura de madeira, transepto não saliente e cabeceira abobadada e tripartida, de perfil escalonado, de testeira circular e com capela-mor mais ampla que os absidíolos. A sua datação deve colocar-se ao longo da segunda metade do século XII (IDEM, p.40) ou, já, das primeiras décadas do século seguinte (ALMEIDA, 2001, p.113). De acordo com Jorge Rodrigues, no exterior da face Sul do transepto conserva-se uma inscrição de 1199, que refere D. Gonçalo de Sousa (o suposto fundador da obra românica) (RODRIGUES, 1995, p.241), pelo que é de supor que, por essa altura, o ritmo dos trabalhos estivesse neste ponto.
Tal facto contextualiza-se com as características do portal axial, vincadamente do século XIII. Perdida grande parte da campanha românica, pelas múltiplas alterações posteriores, o portal é o principal elemento remanescente desse período. A análise estilística que foi efectuada desta parcela confirma a sua datação tardia, de que são características as formas vegetalistas exuberantes e irregulares (aqui tratadas com grande carácter inventivo) ou os antigos temas de meados do século XII recuperados com uma nova estética, a mesma que se encontra em Paço de Ferreira (GRAF, 1986, vol.2, p.41) e no chamado Românico Nacionalizado do século XIII.
Terminadas as obras na fachada principal (de que se salienta também a ampla rosácea, semelhante às de Roriz ou de Paço de Sousa), adossou-se à frontaria uma galilé de três naves, que terá servido de local de enterramento para grandes nomes da Nobreza fundiária do Entre-Douro-e-Minho. Das tumulações aqui efectuadas, restam dois túmulos românicos, actualmente no interior do corpo do templo e atribuídos a um desconhecido nobre da família dos Lima e a D. João Afonso de Albuquerque (BARROCA, 1987, p.460).
Na Idade Moderna, o mosteiro foi grandemente transformado, adquirindo, então, o essencial do seu aspecto actual. Estamos ainda mal documentados sobre a marcha dos trabalhos, mas é de crer que o conjunto tenha entrado em obras ainda no século XVI, embora os principais trabalhos tenham já decorrido sob o signo do Barroco. De 1702 é a data de uma das alas do claustro e, ao longo de todo este século, realizaram-se a nova capela-mor, o coro alto, o órgão, as numerosas obras de talha dourada, as duas torres que flanqueiam a frontaria e que lhe conferem um perfil harmónico, bem como uma parte substancial das alas monacais.
O claustro ainda foi reformulado nos inícios de Oitocentos, de acordo com uma campanha neoclássica, mas pouco depois, em 1834, a extinção das Ordens Religiosas determinou o encerramento da instituição. Só em meados do século XX o conjunto começou a ser restaurado e, bem mais recentemente, foi alvo de uma intervenção arqueológica generalizada, que permitiu reconhecer as principais fases de ocupação do local.
PAF
ProcessoLugar do Mosteiro - EM 1160
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens99
Nº de Bibliografias15

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
"La sculpture figurative dans l'art roman du Portugal", Portugal roman, vol. I, pp.33-75REAL, Manuel LuísEdição1986
"As pinturas murais do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro. Nota introdutória", Revista Património - Estudos, nº8, pp.35-36AMARAL, Adriana Jorge Ferreira doEdição2005Lisboa
História da Arte em Portugal - O RomânicoALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição2001Lisboa
História da Arte em Portugal, vol. 3 (o Românico)ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira deEdição1986Lisboa
Memórias do Mosteiro de Pombeiro. Leituário da Sé de LamegoPIMENTA, AlfredoEdição1942Lisboa
Necrópoles e sepulturas medievais de Entre-Douro-e-Minho: séculos V a XVBARROCA, Mário JorgeEdição1987PortoTese de aptidão pedagogica Publicado a 1987
"O mundo românico (séculos XI-XIII)", História da Arte Portuguesa, vol.1, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp.180-331RODRIGUES, JorgeEdição1995Lisboa
"De arquitecto a entalhador. Itinerário de um artista nos séculos XVII e XVIII", Actas do I Congresso Internacional do Barroco, vol. I, pp.355-369ALVES, Natália Marinho FerreiraEdição1991
Portugal roman, vol. IGRAF, Gerhard N.Edição1986
Românico do Vale do SousaAA. VV.Edição2008Lousada
As mais belas igrejas de Portugal, vol. IGIL, JúlioEdição1988Lisboa
"Propaganda institucional beneditina e metanarrativa cristã nos frescos de Pombeiro", Revista Património - Estudos, nº8, pp.37-45AFONSO, Luís UrbanoEdição2005Lisboa
"Intervenção de conservação nas pinturas murais do Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro", Revista Património - Estudos, nº8, pp.46-50LOPES, Ana SofiaEdição2005Lisboa
Pombeiro e o seu fundador D. Gomes AciegasFERNANDES, Maurício AntoninoEdição1991Felgueiras
"O órgão do mosteiro beneditino de Pombeiro (Felgueiras)", Revista de História, vol. XIII, 1995, pp.119-130DIAS, Geraldo CoelhoEdição1995Porto
Memórias do Mosteiro de Pombeiro. Leituário da Sé de LamegoMEIRELES, António da AssunçãoEdição1942Lisboa
Memórias do Mosteiro de Pombeiro. Leituário da Sé de LamegoBAIÃO, AntónioEdição1942Lisboa

IMAGENS

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: registo superior com torres sineiras

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: cruzeiro e transepto

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: púlpitos na nave central

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: cadeira abacial (na capela-mor)

Mosteiro de Pombeiro - Interior da capela-mor: pormenor do retábulo com imagem da Virgem com o Menino

Mosteiro de Pombeiro - Interior da capela-mor: retábulo-mor

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: capela lateral

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: púlpitos e coro-alto (durante obras de restauro)

Mosteiro de Pombeiro - Interior: imagem de Nossa Senhora da Conceição (Nossa Senhora dos Anjos?)

Mosteiro de Pombeiro - Claustro: vista parcial da fachada neoclássica

Mosteiro de Pombeiro - Interior do coro-alto: pormenor do cadeiral

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: vista parcial

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: capela colateral do lado da Epístola

Mosteiro de Pombeiro - Igreja: fachadas lateral esquerda e principal

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: coro-alto visto a partir da cúpula do cruzeiro

Mosteiro de Pombeiro - Portaria n.º 651/2002, DR, I Série-B, n.º 135, de 14-06-2002 - Texto e planta do diploma

Mosteiro de Pombeiro - Enquadramento geral do conjunto monástico

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: nave central e capela-mor

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja

Mosteiro de Pombeiro - Vista geral posterior

Mosteiro de Pombeiro - Vista geral do conjunto monástico

Mosteiro de Pombeiro - Vista de conjunto e envolvente

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: portal

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: pormenor de capitéis no lado Norte do portal

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: capitéis do lado Norte do portal

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: rosácea

Mosteiro de Pombeiro - Fachada lateral esquerda da igreja: pormenor do embasamento do absidíolo do lado Norte

Mosteiro de Pombeiro - Interior: arca tumular de cavaleiro medieval (provavelmente da família Lima)

Mosteiro de Pombeiro - Interior: arca tumular de D. João Afonso de Albuquerque (1.º Conde de Barcelos)

Mosteiro de Pombeiro - Interior da capela lateral da Epístola: pormenor de friso decorativo

Mosteiro de Pombeiro - Interior da capela lateral da Epístola: pormenor de friso decorativo

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: capela lateral da Epístola

Mosteiro de Pombeiro - Claustro: quadra incompleta e edifício conventual

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: pormenor do púlpito

Mosteiro de Pombeiro - Fachada lateral esquerda: absidíolo do lado do Evangelho

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: coro-alto e sub-coro

Mosteiro de Pombeiro - Fachada do edifício conventual

Mosteiro de Pombeiro - Claustro: fachada neoclássica

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: abóbada de berço da nave central

Mosteiro de Pombeiro - Interior da capela lateral da Epístola: pormenor de friso decorativo

Mosteiro de Pombeiro - Interior: arca tumular de D. João Afonso de Albuquerque (1.º Conde de Barcelos)

Mosteiro de Pombeiro - Fachada lateral norte da igreja

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: pormenor do órgão de tubos

Mosteiro de Pombeiro - Interior do coro-alto: pormenor do cadeiral

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: pormenor do capitel do arco da capela lateral da Epístola

Mosteiro de Pombeiro - Interior do coro-alto: cadeiral e rosácea da fachada principal

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: pormenor decorativo do órgão de tubos

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: vista parcial do órgão de tubos

Mosteiro de Pombeiro - Edifício conventual

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: arquivoltas do portal

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: nave e capela-mor

Mosteiro de Pombeiro - Vista geral e envolvente (no 1º plano, um troço do aqueduto)

Mosteiro de Pombeiro - Claustro: pormenor do frontão da fachada neoclássico

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: capitéis do portal

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: tecto da capela lateral

Mosteiro de Pombeiro - Interior da capela-mor: pormenor do retábulo-mor

Mosteiro de Pombeiro - Vista geral e envolvente (no 1º plano, troço do aqueduto)

Mosteiro de Pombeiro - Claustro: galeria da fachada neoclássica

Mosteiro de Pombeiro - Interior do coro-alto: pormenor do cadeiral

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: pormenor de base de coluna

Mosteiro de Pombeiro - Claustro: parede da galeria da fachada neoclássica

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: capela-mor

Mosteiro de Pombeiro - Claustro: quadra incompleta e vestígios na parede do antigo claustro

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: pormenor da capela colateral do Evangelho

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: base de coluna da nave central

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: pormenor decorativo do órgão de tubos

Mosteiro de Pombeiro - Interior do coro-alto: órgão de tubos na parede do lado da Epístola

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: capitéis do portal

Mosteiro de Pombeiro - Interior: pormenor de arqueta tumular românica

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: pormenor dos capitéis e das arquivoltas do portal

Mosteiro de Pombeiro - Interior do coro-alto: vista parcial do cadeiral

Mosteiro de Pombeiro - Zona envolvente: troço do aqueduto

Mosteiro de Pombeiro - Interior: pormenor do jacente da arca tumular de D. João Afonso de Albuquerque (1.º Conde de Barcelos)

Mosteiro de Pombeiro - Interior do coro-alto: balaustrada da nave central

Mosteiro de Pombeiro - Interior da capela colateral do lado do Evangelho: pormenor do absidíolo

Mosteiro de Pombeiro - Zona envolvente: vista parcial do aqueduto

Mosteiro de Pombeiro - Interior: arca tumular de cavaleiro medeval

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: remate com emblema da ordem

Mosteiro de Pombeiro - Enquadramento geral da igreja

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja

Mosteiro de Pombeiro - Claustro: galeria do piso térreo

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: intradorso do portal

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: portal

Mosteiro de Pombeiro - Fachada principal da igreja: remate da torre sineira

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: nave e coro-alto

Mosteiro de Pombeiro - Vista geral do conjunto

Mosteiro de Pombeiro - Claustro: arcaria

Mosteiro de Pombeiro - Enquadramento geral

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: cúpula sobre o cruzeiro

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: nave lateral do lado do Evangelho

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: arca tumular com jacente

Mosteiro de Pombeiro - Interior: pormenor de vestígios de portal com pintura mural

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: capela-mor

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: nave e capela-mor (vista a partir do coro-alto)

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: capela colateral do lado da Epístola (absídiolo)

Mosteiro de Pombeiro - Interior da igreja: coro-alto com cadeiral

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