Sé Catedral de Silves | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Sé Catedral de Silves | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Catedral de Silves / Sé de Silves (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Sé, Catedral | ||||||||||||
Tipologia | Sé, Catedral | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Faro/Silves/Silves | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Faro | ||||||||||||
Concelho | Silves | ||||||||||||
Freguesia | Silves | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 8 218, DG, I Série, n.º 130, de 29-06-1922 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 31-01-1956, publicada no DG, II Série, n.º 84, de 7-04-1956 (sem restrições) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | São ainda muito obscuras as origens da Sé de Silves. Em 1189, data da primeira conquista da cidade pelas tropas cristãs, então comandadas por D. Sancho I, as notícias referem que a catedral foi sagrada sobre a antiga mesquita maior, situação que se terá repetido na conquista definitiva desta parcela do território. Infelizmente, não foi identificado, até ao momento, qualquer vestígio material que comprove essa continuidade cultual sobre um mesmo espaço, não obstante "os silhares da base da antiga torre sineira, situada junto ao topo norte do transepto" apresentarem "um desgaste muito superior a qualquer dos restantes" e de, por isso, poderem ser anteriores à fundação da catedral cristã (GAMITO et alli, 1997, p.280). O edifício que hoje se conserva é uma construção claramente gótica, iniciada pelos meados do século XIII e cuja conclusão se arrastou extraordinariamente. Em 1268, solucionava-se a questão do senhorio do Algarve, mantida entre D. Afonso III e Afonso X, facto que permitia, finalmente, uma maior atenção do monarca nacional para as questões de povoamento e de organização dos homens na nova província-reino. A essa segunda metade do século XIII deve corresponder a cabeceira ou, mais propriamente, a organização geral de volumes da parte principal do templo. Certo é que um século mais tarde o projecto estava longe de se encontrar concluído e a própria cabeceira devia já apresentar alguns sinais de ruína, em consequência de um violento sismo na cidade e, com grande probabilidade, do próprio estado inacabado do estaleiro. Indício disso mesmo é a parcial reformulação do projecto da cabeceira, denunciado, em particular, pela presença de uma janela mainelada no alçado Sul. Mas a principal campanha de obras que hoje se pode identificar data já do século XV. Na década de 40 deu-se decisivo impulso ao monumento, simplificando-se, para isso, o programa original gótico, porventura demasiado ambicioso para os recursos económicos da diocese. Mário Chicó notou já o carácter mais austero da nave, em relação à cabeceira e transepto. O portal principal, encaixado num robusto alfiz, denota uma decoração capitelar que podemos considerar já batalhina, contemporânea da lápide sepulcral de D. João II, diante do altar-mor. A feição actual da Sé Catedral de Silves não se deve apenas a esta campanha quatrocentista. Ela é fruto de novas obras levadas a cabo no século XVIII, na sequência do terramoto de 1755, e no século XX, no âmbito do restauro patrimonial em série conduzido pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN). Após 1755, partes consideráveis das naves haviam ruído. A campanha então posta em marcha foi bastante rápida, na linha das apressadas reconstruções empreendidas um pouco por todo o país após a calamidade que assolou Lisboa. Em 1758 estaria já terminada e a ela corresponde a parte alta da fachada principal, com o seu remate tipicamente barroco, e parte substancial da fachada lateral Sul, com a sua nova torre sineira. A partir de 1938, e por um período de sensivelmente quatro anos, a DGEMN patrocinou o restauro da Catedral de Silves, com vista a devolver o edifício à sua pureza gótica original. Procedeu-se, então, à demolição de diversos anexos, em especial a sacristia barroca, bem como ao desafogamento de todo o edifício. Apesar destas múltiplas fases construtivas, a Sé de Silves mantem-se como o principal monumento gótico do Algarve e aquele onde as dominantes estéticas mais vanguardistas se fizeram sentir, como é o caso da poderosa influência do Mosteiro da Batalha, cujo eco praticamente não se testemunha em outras construções algarvias, mas que em Silves é uma das principais marcas da sua fábrica. PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Castelo de SilvesCisterna Islâmica da Rua do CasteloIgreja da Misericórdia | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 8 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 14 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A Arquitectura Gótica em Portugal | CHICÓ, Mário Tavares | Edição | 1981 | Lisboa | |
A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2002 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Gótico | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2002 | Lisboa | |
"A Sé de Silves: a memória da pedra", Arqueologia Medieval, nº5, 1997, pp.277-293 | GAMITO, Teresa Júdice | Edição | 1997 | ||
"A Sé de Silves: a memória da pedra", Arqueologia Medieval, nº5, 1997, pp.277-293 | LENSCH, G. | Edição | 1997 | ||
"A Sé de Silves: a memória da pedra", Arqueologia Medieval, nº5, 1997, pp.277-293 | MARSCHALL, Kristina | Edição | 1997 | ||
"A Sé de Silves: a memória da pedra", Arqueologia Medieval, nº5, 1997, pp.277-293 | OLIVEIRA, Luís | Edição | 1997 | ||
"A Sé de Silves: a memória da pedra", Arqueologia Medieval, nº5, 1997, pp.277-293 | VEIGA, I. Alte da | Edição | 1997 | ||
Silves. Guia turístico da cidade e do concelho | DOMINGUES, José Domingos Garcia | Edição | 2002 | Silves | 2ªed. |
Silves. Guia turístico | DOMINGUES, José Domingos Garcia | Edição | 1958 | Silves | |
A Sé e o Castelo de Silves | JÚDICE, Pedro | Edição | 1954 | Vila Nova de Gaia | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
"Decoração arquitectónica manuelina na região de Silves (séculos XV-XVI)", Revista Xelb, nº3, 1996, pp.79-142 | RAMOS, Manuel Francisco Castelo | Edição | 1996 | Silves | |
"As inscrições funerárias da Sé. Estudo epigráfico e biográfico dos sepultados", in Monumentos, nº 23, pp.78-99 | AVELLAR, Filipa Gomes do | Edição | 2005 | Lisboa | |
"As inscrições funerárias da Sé. Estudo epigráfico e biográfico dos sepultados", in Monumentos, nº 23, pp.78-99 | CÔRTE-REAL, Miguel Maria Telles Moniz | Edição | 2005 | Lisboa | |
"A talha da Sé", Monumentos, nº23, pp.100-105 | LAMEIRA, Francisco | Edição | 2005 | Lisboa | |
"Os trabalhos de manutenção, conservação e restauro da Sé", Monumentos, nº23, pp.106-109 | VALENTE, Teresa | Edição | 2005 | Lisboa | |
"O estado de conservação da talha da Sé", in Monumentos, nº 23, pp.110-115 | ROCHA, Manuela | Edição | 2005 | Lisboa | |
A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia |
Sé Catedral de Silves - Fachada principal: portal
Sé Catedral de Silves - Corpo da cabeceira
Sé Catedral de Silves - Fachada sul: janela do absidíolo (lado sul)
Sé Catedral de Silves - Vista geral posterior (a partir do castelo)
Sé Catedral de Silves - Fachada posterior: cabeceira
Sé Catedral de Silves - Interior: nave central e capela-mor
Sé Catedral de Silves - Interior: abóbada do cruzeiro
Sé Catedral de Silves - Vista geral
Palacete Vilar de Allen
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