Antigo claustro da Manga do Mosteiro de Santa Cruz | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Antigo claustro da Manga do Mosteiro de Santa Cruz | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Claustro da Manga / Jardim da Manga / Tudo o que resta do motivo central do antigo claustro da Manga do Mosteiro de Santa Cruz: o pequeno tempo central e as quatro capelas que o rodeiam, bem como os tanques que os separam e ligam e o terreno livre do antigo claustro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Jardim | ||||||||||||
Tipologia | Jardim | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Coimbra/Coimbra/Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Coimbra | ||||||||||||
Concelho | Coimbra | ||||||||||||
Freguesia | Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 23 967, DG, I Série, n.º 130, de 5-06-1934 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Portaria de 25-01-1958, publicada no DG, II Série, n.º 44, de 21-02-1958 (sem restrições) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913329 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Jardim O Jardim do Claustro da Manga integra o que subiste do Mosteiro de Santa Cruz, situado fora das muralhas medievais de Coimbra nas proximidades do Rio Mondego. O jardim, com cerca de 1400m2, desenvolve-se em torno de dois eixos centrados no templete sobrelevado, envolvido por um tanque cruciforme que acentua a divisão quaternária do espaço. Oito colunas clássicas de pedra de Ançã suportam a cúpula encimada por um lanternim, protegendo a taça circular onde jorra um repuxo. Liga-se por arcobotantes e pequenas pontes radiais, em tempos levadiças, a quatro oratórios ou eremitérios cilíndricos, enquadrados por canteiros simétricos, delineados por buxo e pontuados por laranjeiras. Nesta obra da Renascença, marcada pela coerência concetual que remete para a Fons Vitae e pelo simbolismo desvelado em torno da moralização dos religiosos, reconhecem-se alegorias aos muitos vícios em gárgulas e guardiães. História A construção integra-se na 1ª metade do século XVI aquando a reforma do Mosteiro, promovida por Frei Brás de Barros a instâncias de D. João III. De traça atribuída a João de Ruão, terá sido iniciada por 1533, ano em que foram lavrados os contratos da "obra de pedraria" executada por Pêro de Évora, Diogo Fernandes e Fernão Luís, admitindo-se a conclusão por 1534/35, ano dos pagamentos efetuados a Jerónimo Afonso e a João de Ruão pela "a obra q fizera dos cubelos na crasta terceira da pedraria laurada". "A claustra chamada de manga pello Rey a traçar na manga da roupa Real, de que estaua vestido" é descrita na Chronica dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho datada de 1540 e atribuída a D. Veríssimo, como uma "Claustra quadrada, e tem duzentos palmos de comprido e quinze de largo (...) singularmente forrada com vinte arcos de pedraria. Em o meyo do Ceo desta Claustra (...) he hua fonte de agoa (...). Tem esta fonte à entrada quatro arcos de pedraria, que estão em meyo de todas as quatro partes desta Claustra. Destes arcos contra o ponto do meyo da mesma Claustra, correm quatro ruas de largura de doze palmos (...). Entre rio, e rio està hum jardim de limões, limas e cidras, e outras frutas e ervas prezadas, e muy cheirosas, e assi quatro jardins, e oito rios. Em meyo destes rios, e destas ruas, se levantão quatro escadas de pedra muy bem lauradas de sete degraus cada hua (...) entre dous grandes bestiaes de pedra." Refere ainda que a fonte central "mana a agoa pera os oito tanques, ou rios, a qual tem duas bacias em altura de 7. Palmos (...) e della por canos secretos cahe do alto por 4. bicas em os rios. E sobre este lajeamento assentão as bases, e pedestaes de huãs formosas colunas de mármore de vinte palmos de alto cõ seus capiteis, (...) leados com hua alquitrava redonda muy formosa, donde nasce a abobeda da dita fonte à maneira de cimborio (...) ". A Chronica não esquece as capelas destacando portas, frestas com vidraças coloridas e os retábulos de S. João Batista, S. Jerónimo, S. Paulo e S. Antão, realizados por João de Ruão. A descrição de Frei Jerónimo Roman de 1589 é semelhante. Em 1902 Joaquim Martins Carvalho confirmou a exatidão da descrição prévia, não deixando de referir diferenças pela degradação das construções. Por 1906 criticou o uso que estava a ser dado ao local pela Escola Industrial de Avelar Brotero, que localizava as suas oficinas sobre canteiros e tanque. O jardim foi classificado como Monumento Nacional em 1934. Dois anos depois a DGEMN iniciou obras de recuperação, concluídas em 1940. Foram então demolidas as oficinas. Fotografias de Virgílio Correia, datadas de 1947, evidenciam a disposição de canteiros similar à atual. Em 1955, 1957 e 1994 sucedem-se intervenções nos edifícios, reintegram-se os retábulos e recuperam-se os jardins. De 1999 a 2000, decorrem novas obras, promovidas pelas DGEMN e CMC. Rita Basto (estágio curricular AP), Mário Fortes e Teresa Portela Marques (orientadores de estágio) DGPC, 2015. | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Universidade de Coimbra - Alta e Sofia | ||||||||||||
Outra Classificação | Universidade de Coimbra - Alta e Sofia | ||||||||||||
Nº de Imagens | 14 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 15 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Tratado da Grandeza dos Jardins em Portugal | CARITA, Hélder; CARDOSO, Homem | Edição | 1987 | Lisboa | Local de Edição - Lisboa Data do Editor : 1987 |
A Arquitectura Portuguesa Chã - Entre as Especiarias e os Diamantes 1521-1706 | KUBLER, George | Edição | 1988 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - O Renascimento, vol. 6 | PEREIRA, Fernando António Baptista | Edição | 1986 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - O Renascimento, vol. 6 | MARKL, Dagoberto | Edição | 1986 | Lisboa | |
Coimbra e Região | BORGES, Nelson Correia | Edição | 1987 | Lisboa | |
Coimbra - guia para uma visita | DIAS, Pedro | Edição | 2003 | Coimbra | |
Inventário Artístico de Portugal: distrito de Coimbra | GONCALVES, António Nogueira | Edição | 1952 | Lisboa | |
Inventário Artístico de Portugal: distrito de Coimbra | CORREIA, Vergílio | Edição | 1952 | Lisboa | |
História da Arte em Portugal - o Renascimento e o Maneirismo | SERRÃO, Vítor | Edição | 2002 | Lisboa | |
João de Ruão, escultor da renascença coimbrã | BORGES, Nelson Correia | Edição | 1980 | Coimbra | |
Património Edificado com Interesse Cultural - Concelho de Coimbra | Câmara Municipal de Coimbra - Departamento de Cultura | Edição | 2009 | Coimbra | |
Coimbra: parques e Jardins | CORREIA, Fernando | Edição | 2001 | Coimbra | |
Coimbra: parques e Jardins | FARINHA, Nuno | Edição | 2001 | Coimbra | |
"A Fonte do Claustro da Manga, "espelho de perfeycam": uma leitura iconológica da sua arquitetura", Revista da Faculdade de Letras-Ciências e Técnicas do Património, 2008-2009, I Série, Volume VII-VIII, pág. 33-52 | ABREU, Susana Matos | Edição | 2009 | Porto | |
Mosteiro de Santa Cruz | GONCALVES, António Nogueira | Edição | 1978 | Coimbra | |
"Jardim da Manga - Coimbra. Obras de conservação e beneficiação 1999-2000", in Monumentos nº 13, pág. 129-131 | MARTORELL, Francisca Joana | Edição | 2000 | Lisboa | |
"Jardim da Manga - Coimbra. Obras de conservação e beneficiação 1999-2000", in Monumentos nº 13, pág. 129-131 | PESSOA, Lúcia | Edição | 2000 | Lisboa | |
A Arquitectura "ao Romano" | CRAVEIRO, Maria de Lurdes | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
O Jardim da Manga, Boletim da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Nº89 | Edição | 1957 | Coimbra |
Claustro da Manga - Vista parcial de sul
Claustro da Manga - Vista parcial de poente
Claustro da Manga - Vista geral de poente (IPPC)
Claustro da Manga - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 44, de 21-02-1958
Claustro da Manga - Abóbada do templete central: vista de poente
Claustro da Manga - Fonte no terraço da parede do lado poente
Claustro da Manga - Café com terraço no lado poente do jardim
Claustro da Manga - Vista de um dos oratórios
Claustro da Manga - Vista geral de poente
Claustro da Manga - Vista geral de poente
Claustro da Manga - Café com terraço no lado poente do jardim
Claustro da Manga - Vista das colunas coríntias do templete central
Claustro da Manga - Vista geral de nascente
Claustro da Manga - Templete central: vista de sul