Mosteiro de Santa Cruz, compreendendo os túmulos de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Mosteiro de Santa Cruz, compreendendo os túmulos de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra / Mosteiro de Santa Cruz / Igreja de Santa Cruz (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Mosteiro | ||||||||||||
Tipologia | Mosteiro | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Coimbra/Coimbra/Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Coimbra | ||||||||||||
Concelho | Coimbra | ||||||||||||
Freguesia | Coimbra (Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (voltou a classificar, com a designação de Mosteiro de Santa Cruz, compreendendo os túmulos de D. Afonso Henriques e de D. Sancho I) (ver Decreto) Decreto de 10-01-1907, DG, n.º 14, de 17-01-1907 (classificou com a designação de Igreja de Santa Cruz de Coimbra) (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | Despacho de 18-02-2010 do director do IGESPAR, I.P. a devolver o processo à DRC do Centro Parecer de 20-01-2010 do Conselho Consultivo a propor que seja apresentada nova proposta Proposta de 9-11-2009 da DRC do Centro para a ZEP dos imóveis classificados e em vias de classificação do Centro Histórico de Coimbra Portaria de 25-01-1958, publicada no DG, II Série, n.º 44, de 21-02-1958 (sem restrições) | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Fundado em 1131 no exterior das muralhas de Coimbra, o Mosteiro de Santa Cruz foi a mais importante casa monástica nos primeiros tempos da monarquia portuguesa. Na posse da Ordem de Santo Agostinho, o Mosteiro somou benefícios papais e doações régias, o que permitiu a acumulação de um património considerável, ao mesmo tempo que consolidava a sua posição no plano político-institucional e cultural do país. A sua escola foi fundamental nestes tempos medievais e ponto de passagem obrigatória para as élites do poder e da intelectualidade. O seu scriptorium foi o responsável pela máquina de propaganda do rei D. Afonso Henriques, não estranhando, assim, que este tenha escolhido sepultar-se precisamente em Santa Cruz de Coimbra. Do primitivo mosteiro românico pouco resta. A sua construção desenrolou-se ao longo de praticamente um século, de 1131 a 1228, tendo-se dado a sagração do altar em 1150. Sabemos que tinha uma só nave, contrafortada por duas incipientes naves laterais, estas organizadas em capelas abertas para a nave central, e uma alta torre na fachada, características das construções românicas agostinhas e, muito provavelmente, fruto de um arquitecto francês, da área borgonhesa, não sendo de excluir que possa ter sido Roberto, mestre das Sés de Lisboa e de Coimbra. No nartex formado pelo espaço térreo da torre ficaram os túmulos dos dois primeiros reis portugueses, sendo Santa Cruz de Coimbra o primeiro panteão régio nacional. Como grande instituição monacal, o Mosteiro de Santa Cruz foi objecto de numerosas campanhas reformuladoras ao longo dos séculos. A principal, e que conferiu ao edifício o aspecto actual, data da primeira metade do século XVI, altura em que D. Manuel assumiu a tutela do cenóbio. Para tal recorreu a alguns dos melhores artistas que então trabalhavam no reino, Diogo de Castilho, Machim e João de Ruão, Cristóvão de Figueiredo e Vasco Fernandes, Boytac, Marcos Pires e Chanterenne. A cenográfica fachada principal foi construída em duas campanhas sucessivas. Os robustos torreões, com contrafortes em quilha, datam dos primeiros anos do século, mais propriamente entre 1507 e 1513. O portal, elemento emblemático de toda a campanha quinhentista, foi concebido por Diogo de Castilho, mas a sua realização deve-se a Nicolau de Chanterenne, entre 1522 e 1526, escultor que realizou também as três esculturas de vulto que encimam a entrada. Também os túmulos de D. Afonso Henriques e seu sucessor, D. Sancho I, foram reformulados e transferidos para a capela-mor em 1530, onde ainda hoje se encontram, inseridos numa obra escultórica da autoria de Nicolau de Chanterenne. O interior da igreja foi também profundamente alterado, tendo os trabalhos sido conduzidos primeiro por Boytac e depois por Diogo de Castilho. Ao primeiro deve-se o abobadamento da nave, e ao segundo o coro-alto, erguido c. 1530, com a sua abóbada estrelada. A extensão das obras manuelino-renascentistas de Santa Cruz encontra-se ainda testemunhada em outras áreas. O claustro data de inícios do século e as obras principais sido dirigidas por Marcos Pires. Ainda no interior da igreja, o cadeiral manuelino do coro-alto é uma obra de referência e revela as tendências hispano-flamengas do seu construtor, Machim. Também o púlpito renascentista merece um especial destaque, pela carga mitológica da sua iconografia, já claramente renascentista. A Sacristia maneirista, da autoria de Pedro Nunes Tinoco, foi construída entre 1622 e 1624, e nela se conservam algumas das pinturas mais antigas do mosteiro, como o Pentecostes de Vasco Fernandes. As obras barrocas não alteraram significativamente o conjunto e adaptaram-se ao pré-existente, como o provam os revestimentos azulejares da primeira metade do século XVIII, o órgão do espanhol Gomes Herrera, ou ainda o retábulo-mor, de talha imitando mármore. A igreja foi reconhecida como Panteão Nacional pela Assembleia da República, em diploma publicado no DR, I Série, 22-08-2003, Lei n.º 35/2003 PAF | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | Universidade de Coimbra - Alta e Sofia | ||||||||||||
Nº de Imagens | 68 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 20 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Coimbra, Roteiro da Cidade. | MACHADO, Manuel Aires Falção | Edição | Publicado a s.d. | ||
A arte em Coimbra e arredores. | FONSECA, Vergílio Correia da | Edição | Publicado a 1953 | ||
Coimbra, paisagem , arte e tradições. | FRIAS, César de | Edição | Publicado a s.d. | ||
Coimbra, Arte e História | DIAS, Pedro | Edição | 1988 | Coimbra | |
Coimbra - guia para uma visita | DIAS, Pedro | Edição | 2003 | Coimbra | |
História da Arte em Portugal - O Românico | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 2001 | Lisboa | |
"O Românico português na perspectiva das relações internacionais", Românico em Portugal e na Galiza, pp.30-48 | REAL, Manuel Luís | Edição | 2001 | Lisboa | |
"O mundo românico (séculos XI-XIII)", História da Arte Portuguesa, vol.1, Lisboa, Círculo de Leitores, 1995, pp.180-331 | RODRIGUES, Jorge | Edição | 1995 | Lisboa | |
A Obra Silvestre e a Esfera do Rei | PEREIRA, Paulo | Edição | 1990 | Coimbra | |
Novas Hipóteses acerca da Arquitectura Românica de Coimbra | GONCALVES, António Nogueira | Edição | 1938 | Coimbra | |
Coimbra e Região | BORGES, Nelson Correia | Edição | 1987 | Lisboa | |
"A organização do espaço arquitectónico entre beneditinos e agostinhos no século XII", Arqueologia, nº6, pp.118-132 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1982 | Porto | |
Manuelino. À descoberta da arte do tempo de D. Manuel I | DIAS, Pedro | Edição | 2002 | Lisboa | |
A Arquitectura "ao Romano" | CRAVEIRO, Maria de Lurdes | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
A arquitectura manuelina | DIAS, Pedro | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
Património Edificado com Interesse Cultural - Concelho de Coimbra | Câmara Municipal de Coimbra - Departamento de Cultura | Edição | 2009 | Coimbra | |
A Arquitectura do Ciclo Filipino | SOROMENHO, Miguel | Edição | 2009 | Vila Nova de Gaia | |
"Santa Cruz de Coimbra e Santa Maria de Alcobaça. Um caso de rivalidade cultural?", A historiografia portuguesa anterior a Herculano, pp.87-101 | Edição | ||||
Monasterio de Santa Cruz de Coimbra | Edição | 2001 | Lisboa | ||
Igreja de Santa Cruz de Coimbra. História, Conservação e Restauro da Fachada e Arco Triunfal | Obra |
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal da igreja
Mosteiro de Santa Cruz - Claustro: vista parcial
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: nave e capela-mor
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal da igreja: portal barroco e portal manuelino
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: nave lateral do lado da Epístola com vestígios de pré-existências
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: arco triunfal da capela-mor
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: painel de azulejos na parede da nave (lado da Epístola)
Mosteiro de Santa Cruz - Claustro: vista parcial
Mosteiro de Santa Cruz - Claustro: fonte na quadra central
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal da igreja antes da intervenção (IPPC)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: parede da nave e coro-alto (DGEMN)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: abóbodas da nave central (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: cadeiral do coro-alto (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: pormenor do cadeiral do coro-alto (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: pormenor do cadeiral do coro-alto (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: pormenor do cadeiral do coro-alto (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da capela-mor: pormenor da estátua jacente do túmulo de D. Sancho I (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da capela-mor: grupo escultórico da "Assunção da Virgem" do túmulo de D. Afonso Henriques (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da capela-mor: escultura representando São João Evangelista do túmulo de D. Sancho I (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: púlpito (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: pormenor do púlpito (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: painel de azulejos da nave representando a Descoberta da Santa Cruz por Santa Helena (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: painel de azulejos na parede da nave representando a Batalha da Ponte Mílvia (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da capela de São Teotónio: escultura de São Teotónio do retábulo (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da capela de São Teotónio: escultura de São Marcos na ilharga do retábulo (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da capela de São Teotónio: escultura de São Lucas na ilharga do retábulo (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da sacristia: vista parcial (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Claustro: arcaria (DGEMN)
Mosteiro de Santa Cruz - Claustro: fonte (DGEMN, 1960)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da capela relicário: lustre (ANBA, 1970)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da capela relicário: escultura de"Pietá" do séc. XV (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Pintura sobre madeira representando São Sebastião (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Pintura sobre madeira representando Santo António (c. 1530) (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Pintura sobre madeira representando o "Ecce Homo" (c. 1552 - 1530) (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Pintura sobre madeira representando São Vicente (c. 1530) (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Pintura sobre madeira representando o "Calvário" (c. 1522-1530) (ANBA)
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal da igreja (DGEMN, 1939)
Mosteiro de Santa Cruz - Decreto de 10-01-1907
Mosteiro de Santa Cruz - Portaria publicada no DG, II Série, n.º 44, de 21-02-1958
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal: pormenor lateral dos portais
Mosteiro de Santa Cruz - Vista geral da igreja (de Sul)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: nave e arco triunfal da capela-mor
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: arco triunfal da capela-mor
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: capela lateral do lado do Evangelho (Senhor dos Passos)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: painéis de azulejos na parede da nave do lado do Evangelho
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: abóbadas do coro-alto
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal da igreja: portal barroco
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal da igreja
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: nave lateral da Epístola com vestígios de pré-existências
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: painel de azulejos na nave
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal da igreja: remate dos portais
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal da igreja: janelão do coro-alto
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: vidraça do coro-alto
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: janela e abóbada do tramo junto da capela-mor
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal da igreja
Mosteiro de Santa Cruz - Fachada principal da igreja: pormenor do portal manuelino (lado Norte)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: pormenor de abóbada
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: nave e coro-alto (vista da capela-mor)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: vista parcial do cadeiral no coro-alto
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: capela de São Teotónio (lado do Evangelho)
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: púlpito
Mosteiro de Santa Cruz - Claustro: relevo com grupo escultórico representando Jesus a caminho do Calvário
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: órgão de tubos na parede da nave (lado do Evangelho)
Mosteiro de Santa Cruz - Claustro: arcada
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da sacristia: vista parcial
Mosteiro de Santa Cruz - Claustro: arcaria
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da igreja: pormenor do cadeiral no coro-alto
Mosteiro de Santa Cruz - Interior da sacristia: pormenor de fecho do arcaz
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