Sé de Évora | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Sé de Évora | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Sé Catedral de Évora / Catedral de Évora / Catedral de Santa Maria (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Religiosa / Sé, Catedral | ||||||||||||||||
Tipologia | Sé, Catedral | ||||||||||||||||
Categoria | Arquitectura Religiosa | ||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||||||
Concelho | Évora | ||||||||||||||||
Freguesia | Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||||||
Cronologia | Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) Decreto de 10-01-1907, DG, n.º 14, de 17-01-1907 (ver Decreto) | ||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | Abrangido por conjunto inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, que, ao abrigo do n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, se encontra classificado como MN | ||||||||||||||||
Património Mundial Designação | Centro Histórico de Évora | ||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | A Sé de Évora é a maior Catedral medieval do país. A um primitivo templo construído entre 1186 e os primeiros anos do século XIII, sucedeu-se o grandioso monumento que hoje existe, resultado essencialmente de duas notáveis campanhas da Baixa Idade Média. Sob o dinâmico impulso do bispo D. Durando Pais, aquela modesta igreja sagrada por D. Soeiro em 1204 foi demolida para dar lugar a uma ambiciosa Catedral, sem paralelo no restante panorama nacional. Os modelos inspiradores desta nova Sé foram amplamente estudados por Mário Tavares Chicó em meados do século passado e revelam a importância desta construção não apenas como ponto terminal do Românico e inicial do Gótico, mas, sobretudo, pela variedade de soluções de transição empregues. A cabeceira derivava dos mais desenvolvidos planos mendicantes, sendo provavelmente muito semelhante à cabeceira do Convento de São Domingos de Elvas ambicioso plano de três naves com trifório sobre as naves laterais, transepto saliente e cabeceira bastante desenvolvida. Foram dois os modelos inspiradores desta campanha: por um lado, a adopção do mesmo esquema planimétrico ensaiado na Sé de Lisboa, aqui tratados de forma distinta, fruto da data tardia de construção (c.1280-1340). Esta circunstância, colocou o estaleiro eborense em contacto directo com as concepções góticas, então já em franca maturação no nosso país, pela extraordinária actividade das Ordens mendicantes. O portal principal é já da década de 30 do século XIV, e constitui um dos mais impressionantes portais góticos portugueses, com um Apostolado em escultura de vulto da autoria de Mestre Pêro, o principal nome da escultura gótica trecentista no nosso país. A este mestre coimbrão deve-se igualmente o programa iconográfico do claustro, com os Evangelistas em estátuas-colunas de mármore em cada ângulo das alas do recinto, e a Capela do Fundador, espaço funerário do bispo D. Pedro, encomendador desta empreitada e que repousa num monumento com jacente. De um ponto de vista puramente arquitectónico, o claustro segue o mesmo esquema dos claustros dionisinos, designadamente o da Sé de Lisboa, com o qual mantém curiosas afinidades estruturais. Durante a época moderna sucederam-se as campanhas decorativas. Do vastíssimo número de obras que poderíamos citar, realce para a Capela de Nossa Senhora da Piedade, ou do Esporão, construída em 1530, e que ostenta um portal tardo-manuelino de mármore e um retábulo maneirista com uma pintura alusiva ao Descimento da Cruz. O coro alto ocupa os dois primeiros tramos da nave central, e deve a sua construção à extensa campanha de obras levada a cabo pelo bispo D. Afonso de Portugal na primeira metade do século XVI. Aí se conserva o cadeiral maneirista encomendado pelo arcebispo D. Henrique, Cardeal e futuro monarca, em 1562. A capela-mor actual resulta de uma renovação integral ocorrida no reinado de D. João V, que contou com o apoio do cabido da Sé. O projecto foi entregue a João Frederico Ludovice, que, num espaço que começou por ser românico, passou pelo gótico e pelo manuelino, concebeu uma ampla capela barroca, incorporando um retábulo rococó com mármores da zona de Estremoz, em que intervieram nomes tão importantes como os de Vieira Lusitano ou de Masucci. Recentemente, o protocolo celebrado entre o IPPAR e a Arquidiocese de Évora permitiu a elaboração de um Programa de reabilitação e valorização, que contemplou, numa primeira fase, um levantamento arquitectónico actualizado, estudos de pesquisa em História da Arte, arqueologia monumental e patologias da pedra. Numa segunda fase, prevê-se a revisão e recuperação global das coberturas, limpeza de fachadas, restauro de diverso património integrado, com especial destaque para a capela-mor e claustro, assim como diversas iniciativas que visam um melhor acolhimento do público. PAF | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Casa de Garcia de ResendePalácio dos antigos Condes de BastoTrechos da cerca romana e árabe das muralhas de Évora: o arco de D. Isabel, a muralha posterior do passeio do Conde de Schomberg, a torre das Cinco Quinas, a muralha dos palácios dos Condes de Basto, as torres da Porta de Moura, (...) | ||||||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||||||
Nº de Imagens | 9 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 12 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A arquitectura gótica portuguesa | DIAS, Pedro | Edição | 1994 | Lisboa | |
"A Arquitectura (1250-1450)", História da Arte Portuguesa, dir. Paulo Pereira, vol. I, pp.335-433 | PEREIRA, Paulo | Edição | 1995 | Lisboa | |
O bispo D. Pedro II e o 'modo gótico' em Évora de 1322 a 1340 | FRANCISCO, Erede da Conceição | Edição | 1998 | ||
A catedral de Évora: arte e história | GUERREIRO, Jerónimo de Alcântara | Edição | 1975 | ||
"A Catedral de Lisboa e a arte portuguesa da Idade Média", separata de Belas Artes, nº6 | CHICÓ, Mário Tavares | Edição | 1953 | Lisboa | |
A Arquitectura Gótica em Portugal | CHICÓ, Mário Tavares | Edição | 1981 | Lisboa | |
Évora | ESPANCA, Túlio | Edição | 1993 | Lisboa | Col. Cidades e Vilas de Portugal |
Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1966 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
"O claustro da Sé de Lisboa: uma arquitectura «cheia de imperfeições»?", Murphy, nº1, pp.18-69 | FERNANDES, Paulo Almeida | Edição | 2006 | Coimbra | |
"9. Monumentos e edifícios notáveis de Évora", (1975), publ. Páginas de História da Arte, vol. 1 | SILVA, Jorge Henrique Pais da | Edição | 1986 | ||
"Salvaguarda de Monumentos Arquitectónicos de carácter religioso - a Sé de Évora", A Cidade de Évora: Boletim de Cultura da Câmara Municipal (2ª Série), nº 8, 2009, pp. 71-110 | TERENO, Maria do Céu Simões | Edição | 2010 | Évora | |
"A Catedral eborense mete água por todos os lados!", A Defesa, 7-2-1996 | Edição | 1996 |
Sé de Évora - Fachada principal
Sé de Évora - Fachada principal: pormenor do apostolado no portal
Sé de Évora - Interior: Capela de Nossa Senhora da Piedade ou do Esporão
Sé de Évora - Interior: capela-mor
Sé de Évora - Interior: baptistério
Sé de Évora - Interior: órgão maneirista colocado no tramo da nave
Sé de Évora - Claustro: escultura de São Pedro (na Capela de São Pedro)
Sé de Évora - Interior: abóbada do cruzeiro (torre-lanterna)
Sé de Évora - Interior do coro-alto: cadeiral maneirista
Palacete Vilar de Allen
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