Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Villa romana de Pisões
Designação
DesignaçãoVilla romana de Pisões
Outras Designações / Pesquisas(delimitada a noroeste pela linha férrea, a sueste pelo barranco de Pisões, a nordeste por uma linha que vai da barragem romana até à linha férrea, a sudoeste por uma linha que vai de um ponto situado a 50 m para sudoeste da casa da guarda da linha férrea até ao barranco de Pisões) / Villa Romana de Pisões, na Herdade de Algramaça (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Villa - Itinerários Arqueológicos do Alentejo E Algarve
TipologiaVilla - Itinerários Arqueológicos do Alentejo E Algarve
CategoriaArqueologia
Inventário TemáticoItinerários Arqueológicos do Alentejo e Algarve
Localização
Divisão AdministrativaBeja/Beja/Beja (Santiago Maior e São João Baptista)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Herdade da AlmagrassaBeja Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
37.998224-7.949151
DistritoBeja
ConcelhoBeja
FreguesiaBeja (Santiago Maior e São João Baptista)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
CronologiaDecreto n.º 251/70, DG, I Série, n.º 129, de 3-06-1970 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181505
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaO sítio arqueológico da uilla romana de Pisões situa-se na Herdade da Almagrassa, a cerca de 10 km a Sudoeste da cidade de Beja.
Acidentalmente descoberta em 1967 durante a realização de alguns trabalhos agrícolas, deu-se de imediato início à sua investigação arqueológica, sendo classificado como "Imóvel de Interesse Público" (IIP), em 1970.
Ocupada no período romano entre os séculos I a.C. e IV d.C., principalmente devido à riqueza cinegética da região, viabilizadora de uma acentuada exploração agrícola, pecuária e mineira, cujos produtos se destinariam ao abastecimento de diversos mercados, a uilla encontra-se parcialmente escavada, sobretudo na área correspondente à residência dos proprietários. Apresentando mais de quarenta divisões centradas num peristilo, acedia-se a este edifício através de um longo corredor. Estes compartimentos eram essencialmente caracterizados pela sua riqueza decorativa, designadamente na denominada pars urbana, cuja fachada porticada virada a sul abriria para um tanque de dimensões assinaláveis, o natatio.
A proximidade da barragem de Pisões em articulação com o conjunto edificado da uilla, teria como principal finalidade abastecer de água os tanques, piscina e termas existentes na propriedade. Na verdade, o edifício termal constitui um dos mais relevantes exemplares de termas privadas romanas encontrados no actual território português, tendo sido construído em duas fases, certamente de modo a concretizar a edificação de todas as estruturas a ele inerentes: o apodyterium (onde os frequentadores se untavam e praticavam exercícios físicos); o laconicum (sauna); o strigilus (onde procediam à raspagem da gordura dos seus corpos); o alveus do caldarium (onde tomavam banho num tanque de água quente) e, finalmente, as zonas do tepidarium e do frigidarium.
A par da pars urbana, encontravam-se a pars rustica e a pars fructuaria, abrangendo as estruturas habitacionais dos serviçais, armazéns, lagares, celeiros e de transformação dos produtos agrícolas e frutíferos.
No entanto, este sítio arqueológico será, provavelmente, mais conhecido pelo conjunto de mosaicos encontrados, verdadeiramente assinalável no panorama nacional, tanto pelo eclectismo e riqueza da sua iconologia, apresentando composições geométricas e naturalistas, como pela qualidade da sua execução, desde os mais antigos, monocromáticos, até aos mais recentes, já policromados.
No âmbito do programa de valorização em curso pelo IPPAR, procedeu-se à requalificação da vedação da área arqueológica e iniciaram-se trabalhos de conservação e restauro da pintura mural e mosaicos, prevendo-se igualmente o restauro da piscina.
Por outro lado, decorrem negociações com vista à celebração de um acordo entre o IPPAR e a Universidade de Évora relativamente à gestão dos terrenos anexos ao sítio arqueológico, bem como à assinatura de um outro de comodato com a CP para instalação da casa do guarda num antigo edifício de cheminot, no âmbito da filosofia de intervenção nos monumentos arqueológicos visitáveis, tendente a criar infra-estruturas imprescindíveis à valorização estética da sua envolvente. Entretanto, já foi inaugurado o Centro Interpretativo e de Acolhimento de visitantes, assim como a instalação de sinalética e a valorização do percurso de visita e arranjo paisagístico.
[AMartins]
ProcessoSitua-se nas proximidades de Beja, na saída para Aljustrel pela EN 18.
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens27
Nº de Bibliografias10

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inscrições romanas do «Conventus Pacensis». Subsidios para o estudo da RomanizaçãoENCARNAÇÃO, José d'EdiçãoCoimbra Publicado a 1984 Data do Editor : 1984
Roman PortugalALARCÃO, Jorge Manuel N. L.Edição1988WarminsterPublicado a 1988
A villa romana de PisõesRIBEIRO, Fernando NunesEdiçãoPublicado a 1972
Sobre a economia rural do Alentejo na epoca romanaALARCÃO, Jorge Manuel N. L.FascículoPublicado a 1976 Volume : 15 Tipo : Revista
Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Beja, Vol. XIIESPANCA, TúlioEdição1992Lisboa
"Um ídolo calcolítico proveniente da sala 38 da Villa de Pisões", VipascaSOARES, António Manuel MongeEdição1994Aljustrel
"Um prato de terra sigillata encontrado na Villa Romana de Pisões", Arquivo de BejaSOARES, José LuísEdição1971Beja
Aproveitamentos Hidráulicos Romanos a Sul do Tejo. Contribuição para a sua inventariação e caracterizaçãoCARDOSO, JoãoEdição1986Lisboa
"Barragens romanas do distrito de Beja - contribuição para a sua inventariação e caracterização", Arquivo de BejaQUINTELA, António de CarvalhoEdição1986Beja
"Alguns subsídios para o estudo dos mosaicos de Pisões", Arquivo de BejaSARDICA, João Mário LopesEdição1975Beja

IMAGENS

Villa romana de Pisões - Vista parcial da área residencial (pormenor do mosaico do peristilo)

Villa romana de Pisões - Hipocausto das termas sob o "caldarium"

Villa romana de Pisões - Pormenor da área residencial

Villa romana de Pisões - Pormenor de mosaico

Villa romana de Pisões - Peristilo

Villa romana de Pisões - Planta de localização

Villa romana de Pisões - Escadaria

Villa romana de Pisões - Pormenor de mosaico

Villa romana de Pisões - Aspecto das escavações (1967)

Villa romana de Pisões - Aspecto do átrio

Villa romana de Pisões - Pormenor da suspensura

Villa romana de Pisões - Vista parcial da zona escavada (1967)

Villa romana de Pisões - Pátio lageado a mármore

Villa romana de Pisões - Vista geral das escavações (1967)

Villa romana de Pisões - Hipocausto das termas

Villa romana de Pisões - Vista geral das escavações (1967)

Villa romana de Pisões - Aspecto das escavações (1967)

Villa romana de Pisões - Aspecto das escavações (1967)

Villa romana de Pisões - Hipocausto

Villa romana de Pisões - Hipocausto

Villa romana de Pisões - Aspecto das escavações (1967)

Villa romana de Pisões - Hipocausto

Villa romana de Pisões - Conduta de água

Villa romana de Pisões - Pavimento de mosaico do vestíbulo

Villa romana de Pisões - Pavimento de mosaico do átrio

Villa romana de Pisões - Pavimento de mosaico

Villa romana de Pisões - Pavimento de mosaico polícromo

MAPA

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