Estação arqueológica situada na Herdade da Sala (Gruta do Escoural) | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Estação arqueológica situada na Herdade da Sala (Gruta do Escoural) | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Gruta do Escoural (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Gruta - Itinerários Arqueológicos do Alentejo E Algarve | ||||||||||||
Tipologia | Gruta - Itinerários Arqueológicos do Alentejo E Algarve | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | Itinerários Arqueológicos do Alentejo e Algarve | ||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Montemor-o-Novo/Santiago do Escoural | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Montemor-o-Novo | ||||||||||||
Freguesia | Santiago do Escoural | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 45 327, DG, I Série, n.º 251, de 25-10-1963 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9913229 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O sítio arqueológico do Escoural integra um santuário rupestre ao ar livre datado do neolítico final, um povoado fortificado da Idade do Cobre, um tholos ou sepulcro megalítico e uma gruta. Embora o processo de classificação tenha sido desenvolvido com a designação de estação arqueológica, a gruta é de facto o seu ponto fulcral, e o único elemento classificado do conjunto (o Tholos do Escoural encontra-se em vias de classificação). A Gruta do Escoural constitui uma cavidade natural formada num afloramento granítico implantado numa vasta faixa de calcários, numa zona de verdadeira encruzilhada localizada entre as bacias hidrográficas do Tejo e do Sado e a peneplanície alentejana. Encontrando-se parcialmente selada por um espesso manto estalagmítico, é constituída por várias salas e galerias que atestam, grosso modo, cerca de 50 000 anos de História, ilustrados pelas representações gráficas realizadas no seu interior. A primeira ocupação remonta ao Paleolítico Médio, quando grupos de caçadores-recolectores neanderthalenses utilizaram a Gruta como abrigo temporário durante a prática da caça, cujo alvo principal seria, entre outros, o auroque, o veado e o cavalo, a julgar pelos vestígios osteológicos aí encontrados. Durante o Paleolítico Superior (35 000-8 000 a.C.), o espaço da Gruta sofreu um reaproveitamento, surgindo, então, um santuário rupestre concebido por grupos anatomicamente considerados modernos. Data precisamente desta época a utilização das paredes do seu interior como suporte de realização de diversos motivos artísticos, inseridos no vasto universo da denominada "Arte Pré-histórica". No epicentro destas representatividades encontra-se sempre o elemento faunístico, com especial destaque para os equídeos e os bovídeos, geralmente pintados a negro. Está ainda presente um outro conjunto de componentes realizado a encarnado, com uma carga simbólica que muito dificilmente poderemos interpretar, pelo facto de se conectarem, muito provavelmente, a uma imagética e espiritualidade muito próprias, das quais se perderam, há muito, os registos. Foi, contudo, somente com a emergência do Neolítico (5 000 a.C.-3 000 a.C.), que a Gruta foi transformada em cemitério das comunidades de agricultores e pastores localizadas nas suas imediações. O ritual funerário é composto de deposição, à superfície, do morto no seu interior, acompanhado de espólio constituído por diversos artefactos, tais como vasos cerâmicos, machados e enxós em pedra polida, lâminas e lamelas em sílex, além de diferentes tipos de adornos realizados em osso e concha. Terão sido estes mesmos grupos populacionais que, aproveitando as lajes calcárias do exterior da Gruta, gravaram diversos motivos esquemáticos e animais estilizados, formando um santuário rupestre ao ar livre no cerro que se lhe sobrepõe. Quando, no final do Neolítico, a Gruta foi encerrada, o seu espaço começou a ser habitado por comunidades do Calcolítico (2 000 a.C.), construindo-se um povoado fortificado, assim como um tholos megalítico de falsa cúpula, situado a uma distância de cerca de 600 metros, caracterizado por câmara circular, corredor e átrio de acesso ao seu interior. Os diferentes espólios encontrados, quer em contexto habitacional, quer funerário, parecem evidenciar a prática agrícola, pastorícia e mineira destas populações. Tendo sido descoberta ocasionalmente a 17 de Abril de 1963, deu-se de imediato início a uma campanha de escavações da responsabilidade do Museu Nacional de Arqueologia, ao mesmo tempo que o sítio era classificado como "Monumento Nacional" em 25 de Outubro do mesmo ano, e adquirido pelo Estado Português em 1998. AMartins / FMM, IGESPAR, I.P., 11.08.2011 | ||||||||||||
Processo | Lugar da Fonte Nova. O acesso à Gruta faz-se pela EN 370 que liga a povoação de Santiago do Escoural, da qual dista cerca de 2 km, ao entroncamento com a EN 114 (Montemor-o-Novo-Évora). | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Descobertas de arte rupestre na Gruta do Escoural | MONTEIRO, Jorge Pinho | Edição | Publicado a 1980 | ||
Descobertas de arte rupestre na Gruta do Escoural | GOMES, Mário Varela | Edição | Publicado a 1980 | ||
A ceramica cardial da Gruta do Escoural I | SANTOS, Manuel Farinha dos | Edição | Publicado a 1971 | ||
Descobertas de arte rupestre na Gruta do Escoural | SANTOS, Manuel Farinha dos | Edição | Publicado a 1980 | ||
Manifestações neoliticas no contexto dos testemunhos pre-historicos do Outeiro da Herdade da Sala (Escoural, Montemor-o-Novo, Portugal) | SANTOS, Manuel Farinha dos | Edição | Publicado a 1985 | ||
Gruta do Escoural: Necrópole Neolítica e Arte Rupestre Paleolítica | ARAÚJO, Ana Cristina | Edição | 1995 | Lisboa | Trabalhos de Arqueologia, 8 ISSN : 0871-25 Tipo : Colecção - Trabalhos de Arqueologia Esta monografia é o resultado quer da revisão e contextualização de materiais provenientes de antigas escavações arqueológicas, quer dos levantamentos da arte parietal na Gruta do Escoural. Neste âmbito assume especial relevo a publicação do Corpus dos motivos artísticos (pintura e gravura) identificados até esta data nesta cavidade |
Gruta do Escoural: Necrópole Neolítica e Arte Rupestre Paleolítica | LEJEUNE, Marylise | Edição | 1995 | Lisboa | Trabalhos de Arqueologia, 8 ISSN : 0871-25 Tipo : Colecção - Trabalhos de Arqueologia Esta monografia é o resultado quer da revisão e contextualização de materiais provenientes de antigas escavações arqueológicas, quer dos levantamentos da arte parietal na Gruta do Escoural. Neste âmbito assume especial relevo a publicação do Corpus dos motivos artísticos (pintura e gravura) identificados até esta data nesta cavidade |
Gruta do Escoural. Arte Parietal | GOMES, Mário Varela | Edição | Lisboa | Roteiro da arte paleolítica parietal da Gruta do Escoural | |
"Recherche à la grotte d'Escoural: apports pour la conservation des tracés préhistoriques", Revista Património - Estudos, nº8, pp.130-137 | MALAURENT, Philippe | Edição | 2005 | Lisboa | |
"Recherche à la grotte d'Escoural: apports pour la conservation des tracés préhistoriques", Revista Património - Estudos, nº8, pp.130-137 | BRUNET, Jacques | Edição | 2005 | Lisboa | |
Escoural - Uma gruta pré-histórica no Alentejo | SILVA, António Carlos | Edição | 2011 |
Estação arqueológica na Herdade da Sala (Gruta do Escoural) - Interior da gruta: vestígios da pintura parietal
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