Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Área Arqueológica do Freixo
Designação
DesignaçãoÁrea Arqueológica do Freixo
Outras Designações / PesquisasTongóbriga / Povoado do Freixo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Cidade
TipologiaCidade
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Marco de Canaveses/Marco
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua António Correia de Vasconcelos, na Área Arqueológica do Freixo- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.161616-8.147242
DistritoPorto
ConcelhoMarco de Canaveses
FreguesiaMarco
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaDecreto n.º 1/86, DR, I Série, n.º 2, de 3-01-1986 (ver Decreto)
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9913229
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA Área Arqueológica do Freixo é composta de um povoado fortificado proto-histórico localizado num pequeno outeiro, do qual subsistem apenas algumas estruturas habitacionais de planta circular, para além do povoado romano, conhecido pela designação genérica de Tongobriga.
Após a recolha realizada em 1882 pelo investigador vimarenense, Francisco Martins Sarmento (1833-1899), de um bloco granítico onde se fazia menção a Toncobriga , as escavações empreendidas até à data permitem afirmar que, entre os séculos I e II d. C., surgiu uma urbe nesta área, possivelmente na consequência de uma estratégia delineada pelos imperadores da dinastia flaviana no âmbito de uma política de ordenamento da Tarraconense.
É no seu perímetro interno que encontramos diversas estruturas habitacionais, destacadas pelo seu carácter multicompartimental de planta rectangular, algumas das quais parcialmente escavadas na rocha e outras totalmente erguidas com muros. Os edifícios encontram-se, contudo, implantados em pátios lajeados, com paredes interiores alisadas e estucadas, sendo que um dos dominadores comuns destas edificações é a existência de um sistema de esgotos.
Mas além da área residencial, o povoado detinha toda uma zona perfeitamente delimitada e preferencialmente vocacionada para a produção artesanal especializada, que seria complementada por uma outra de carácter comercial, justificativa da construção de um forum, no centro do qual se erguia o templo.
Apesar dos evidentes condicionalismos geomorfológicos da zona de implantação da urbe, os seus construtores demonstraram uma evidente preocupação em dotá-la de todo o tipo de equipamento que possibilitasse a sua equiparação a uma verdadeira cidade romana, transformando-a num assumido centro de atracção e, até mesmo, de decisão, certamente favorecido pela fácil circulação de pessoas e bens, que a navegabilidade dos rios Douro e Tâmega proporcionava. De entre esses edifícios, destacavam-se as termas, a basílica e o templo, para além do mencionado forum.
Na realidade, Tongobriga ocuparia uma área total de cerca de 30 hectares, abrangendo a própria necrópole. Comparativamente às demais urbes da época, esta poderia ser considerada de médias proporções, pois a zona ocupada pelas áreas habitacionais abrigaria cerca de duas mil e quinhentas pessoas.
De todos os equipamentos colectivos existentes na cidade, as termas detinham, sem dúvida, um papel fundamental e central na vida quotidiana dos seus habitantes, assim como das comunidades suas vizinhas. Assim, de toda a zona intervencionada é, precisamente, a termal a que será melhor conhecida, com o seu frigidaerium e natatio, além de uma área aquecida distribuída por dois compartimentos, com o respectivo praefurnium. Localizados numa zona coberta, abobadada, é nas suas proximidades que encontramos um pequeno balneário pré-romano. O facto desta estrutura ter sido integralmente esculpida no afloramento granítico, obrigou a que o seu programa decorativo, em forma de cordão (semelhante ao da Citânia de Sanfins), fosse executado numa pedra separada, posteriormente aplicada nas paredes lisas do seu interior.
Entretanto, localizava-se nas proximidades destes vestígios um lagar escavado na rocha, bem como dois núcleos sepulcrais, enquanto que, a Sul das termas, e já fora do perímetro interno de Tongobriga, identificou-se uma necrópole de incineração e de inumação. As escavações efectuadas até ao momento colocaram a descoberto sepulturas intactas cavadas no próprio afloramento granítico e orientadas paralelamente à estrada romana que atravessava a urbe.
No âmbito da filosofia de intervenção nos monumentos arqueológicos visitáveis, instalou-se na Área Arqueológica do Freixo a Escola Profissional de Arqueologia em 1990 e um Gabinete destinado à investigação, conservação e divulgação deste sítio arqueológico.
[AMartins]
ProcessoA partir da cidade do Porto entra-se na Auto-estrada A4, em direcção a Vila Real, saindo em Marco de Canavezes. Após ter atravessado esta localidade, e após a ponte que se encontra à sua saída, a Área Arqueológica do Freixo encontra-se devida e exaustivamente assinalada.
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens11
Nº de Bibliografias16

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Divindades indigenas sob o dominio romano em PortugalENCARNAÇÃO, José d'EdiçãoPublicado a 1975
Catálogo do Museu de Martins Sarmento. Secção de epigrafia latina e de escultura antigaCARDOZO, MárioEdição1972Guimarães
Tongobriga. Breves reflexõesDIAS, Lino Augusto TavaresEdição2003PortoSíntese que apesar de repetir alguns textos já publicados tem com o intuito de actualizar alguns elementos que a investigação propiciou recentemente e também para facilitar a leitura dos capítulos em que o autor refere esta cidade romana e perspectiva o futuro do sítio arqueológico em que se integra.
"Necrópoles no Territorium de Tongobriga", ConimbrigaDIAS, Lino Augusto TavaresEdição1994Coimbravol. 32, pp. 107-136
"Tongobriga no contexto do ordenamento do Noroeste Peninsular no séc. II d.C.", Actas do 2º Congresso de Arqueologia PeninsularDIAS, Lino Augusto TavaresEdição1999Zamoratomo IV, pp.123-134
"Estação romana de Freixo - Marco de Canaveses", ArqueologiaDIAS, Lino Augusto TavaresEdição1984Porto
"Tongobriga, Os caminhos romanos que ali chegavam", ArqueologiaDIAS, Lino Augusto TavaresEdição1989
TongobrigaDIAS, Lino Augusto TavaresEdição1997Lisboa5 mapas desdobráveis Tipo : Colecção - Sítios Este trabalho propõe-nos a história de uma cidade a descobrir aliando ao rigor de uma investigação académica e pluridisciplinar uma capacidade indiscutível de recriar territórios, evocar ambientes e reconstituir os monumentos que fizeram outrora a riqueza do sítio.
"Epigraphica", Boletim de Architectura e ArcheologiaSARMENTO, Francisco MartinsEdição1884Lisboa
Circulação Monetária no Noroeste de Hispânia até 192CENTENO, Rui Manuel SobralEdição1987Porto
"As cerâmicas de "engobe vermelho pompeiano" da Alcáçova de Santarém", Revista Portuguesa de ArqueologiaVIEGAS, Catarina Ferrer DiasEdição2002Lisboan.º 5, vol. 1, pp. 221-238
"Sepulturas romanas em Marco de Canaveses", O Archeologo PortuguêsVASCONCELOS, José Leite deEdição1900Lisboa
"Apontamentos arqueológicos do concelho de Marco de Canaveses", O Archeologo PortuguêsVASCONCELOS, José Leite deEdição1914
"300 Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal", Al-madanRAPOSO, JorgeEdição2001Almada2.ª série, n. º10, pp.100-157
O Minho PittorescoVIEIRA, José AugustoEdição1887Lisboa
A Vila de Marco de Canaveses. Notas para a sua históriaVASCONCELOS, Manuel Rosado Camões deEdição1935Lisboa
"As cerâmicas de "engobe vermelho pompeiano" da Alcáçova de Santarém", Revista Portuguesa de ArqueologiaARRUDA, Ana MargaridaEdição2002Lisboan.º 5, vol. 1, pp. 221-238

IMAGENS

Bairro resultante de sucessivas construções desde o final do século I até ao século V

Zona do tepidarium

Colunata que envolvia a piscina

Área Arqueológica do Freixo - Tongóbriga - Vista aérea

Área Arqueológica do Freixo - Tongóbriga - Vista aérea

Área Arqueológica do Freixo - Tongóbriga - Vista aérea

Área Arqueológica do Freixo - Tongóbriga - Vista aérea

Área Arqueológica do Freixo - Tongóbriga

Área Arqueológica do Freixo - Tongóbriga - Visita de estudo no âmbito do programa Foral - Pós-Garduação I

Área Arqueológica do Freixo - Tongóbriga

Área Arqueológica do Freixo - Tongóbriga

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt