Via Romana XVIII (Geira), no seu traçado por Terras de Bouro, da milha XIV (Santa Cruz) à milha XXXIV (Albergaria), incluindo todas as estruturas arqueológicas associadas | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Via Romana XVIII (Geira), no seu traçado por Terras de Bouro, da milha XIV (Santa Cruz) à milha XXXIV (Albergaria), incluindo todas as estruturas arqueológicas associadas | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Via Romana XVIII (Geira), no seu traçado por Terras de Bouro - da milha XIV (Santa Cruz) à milha XXXIV (Albergaria), incluindo todas as estruturas arqueológicas a elas associadas, como sejam as ruínas das pontes sobre a ribeira do Forno e a ribeira da Macieira, bem como os arranques da Ponte de São Miguel, esta sobre o rio Homem, mutatio (milha XXX) e diversas pedreiras, juntamente com as ruínas arqueológicas do Adro de São João, concelho de Terras de Bouro / Geira Romana / Via Nova / Via N.º XVIII de Braga a Astorga (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Via | ||||||||||||
Tipologia | Via | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Terras de Bouro/Balança; Campo do Gerês; Carvalheira; Chamoim e Vilar; Chorense e Monte; Covide; Ribeira | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Terras de Bouro | ||||||||||||
Freguesia | Balança; Campo do Gerês; Carvalheira; Chamoim e Vilar; Chorense e Monte; Covide; Ribeira | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 5/2013, DR, 1.ª série, n.º 86, de 6-05-2013 (sem restrições) (ver Decreto) Procedimento (indevidamente) prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Despacho de homologação de 26-05-2003 do Ministro da Cultura Parecer favorável de 7-05-2003 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 25-03-2003 da DR do Porto do IPPAR para a classificação como MN Proposta de reclassificação da CM de Terras do Bouro e do Parque Nacional da Peneda-Gerês (Setembro 2011), de forma a obter uma melhor definição do objecto classificado, limitado a conjuntos de marcos miliários, sem inclusão da própria via Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136, de 23-06-1910 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914629 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | O território abrangido, na actualidade, pelo concelho de Terras de Bouro é particularmente rico em vestígios da presença romana, nomeadamente no que se refere a elementos remanescentes do processo de afirmação do Império romano, que contemplava a implementação de uma política administrativa assente em dois vectores vitais para a sua perpetuação: na definição de unidades político-administrativas e no traçado de vias que assegurassem uma ligação permanente e célere entre os principais centros (Cf. ALARCÃO, Jorge Manuel N. L., 1990). E a presente proposta de reclassificação reporta-se, justamente, a um destes exemplares, ou seja, à "Via Romana XVIII (Geira) no seu traçado por Terras de Bouro, da milha XIV (Santa Cruz) à milha XXXIV (Albergaria), incluindo todas as estruturas arqueológicas a ela associadas". Na verdade, alguns troços desta via - vulgarmente conhecida por "Geira" - mereceu desde cedo a atenção dos precursores da investigação arqueológica portuguesa, entre finais do século XIX e inícios de novecentos, tendo sido incluídos (no caso da "Geira - 35 marcos miliários, série Capela") no primeiro (1910) decreto português de classificação de estruturas antigas como "monumentos nacionais, numa comprovação do interesse que a Arqueologia ia merecendo entre nós, mesmo que em circuitos ainda demasiado restritos da sociedade. Uma atenção especialmente redobrada pelo facto da Via XVIII perfazer, a partir da dinastia flaviense (segunda metade do século I d. C.) a ligação entre localidades tão importantes, quanto as de Bracara Augusta (Braga) e Asturica Augusta (Astorga), razão pela qual foi referida no conhecido "Itinerário de Antonino" (Cf. ENCARNAÇÃO, J. d', LEMOS, F. S., BAPTISTA, A. M., 1995). Unindo populi e civitates (as mais vulgares unidades político-administrativas romanas, aproximadas, no que à área abrangida se referia, aos actuais distritos, centralizadas em torno de uma capital, à qual se subordinavam outras unidades urbanas e a respectiva população rural), esta via assumiu contornos especialmente estratégicos para circulação de bens e pessoas, num momento particular de expansão e crescimento económico do Império romano, fortalecido pelos recursos auríferos existentes no actual termo galego. O trajecto em epígrafe, distribuído ao longo de aproximadamente seis milhas (XXIX, XXX, XXXI, XXXII, XXVIII e XXXIV), duas das quais (XXIX e XXXIV) inseridas no Parque Nacional da Peneda-Gerês, distribuindo-se ao longo das freguesias de Souto, Ribeira, Balança, Choucense, Vilar, Chamoim, Carvalheira, Covide e Campo do Gerês, engloba de igual modo, e como seria de esperar, inúmeros fragmentos de marcos miliários (c. de 200), a par de algumas pontes, elementos de circulação reutilizados já em plena Idade Média, numa confirmação da lógica do traçado romano, como sejam as ruínas das pontes sobre a ribeira do Forno e a ribeira da Macieira, bem como os arranques da Ponte de São Miguel, esta sobre o rio Homem, mutatio (milha XXX) e ainda diversas pedreiras, juntamente com as ruínas arqueológicas do Adro de São João. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 8 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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A via XVIII do Itinerário de Antonino na Serra do Gerês-Xurés | LEMOS, Francisco Sande | Edição | 1995 | Braga | |
Portugal Romano | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1988 | Lisboa | Lisboa Data do Editor : 1988 |
"Portugal Romano", História Mundi | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1983 | Lisboa | 33, p. 273 |
"O Reordenamento Territorial", Nova História de Portugal: Portugal das origens à romanização | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1990 | Lisboa | Nova Historia de Portugal, 1, pp. 352-382 |
Roman Portugal | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1988 | Warminster | Publicado a 1988 |
A via XVIII do Itinerário de Antonino na Serra do Gerês-Xurés | ENCARNAÇÃO, José d' | Edição | 1995 | Braga | |
A via XVIII do Itinerário de Antonino na Serra do Gerês-Xurés | BAPTISTA, António Martinho | Edição | 1995 | Braga | |
"O estudo e restauro da geira romana na Serra do Gerês", Giesta | BAPTISTA, António Martinho | Edição | 1980 | Braga | 1:2, p. 29-30. |
"Estradas militares romanas de Braga a Astorga", Memórias da Academia de Sciências de Lisboa. Classe de Sciências Moraes, Políticas e Bellas Artes | SARMIENTO, Martin | Edição | 1901 | Lisboa | nova série, 9:1, p. 33 |
"O Povoamento Proto-Histórico e a Romanização da Bacia do curso médio do Cávado", Cadernos de Arqueologia (Monografia) | Edição | 1990 | Braga |
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