Ruínas de São Miguel de Odrinhas | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Ruínas de São Miguel de Odrinhas | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas / Ruínas de São Miguel de Odrinhas / Museu de São Miguel de Odrinhas (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Capela | ||||||||||||
Tipologia | Capela | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Sintra/São João das Lampas e Terrugem | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Sintra | ||||||||||||
Freguesia | São João das Lampas e Terrugem | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Decreto n.º 42 692, DG, I Série, n.º 276, de 30-11-1959 (ver Decreto) Despacho de homologação de 9-05-1959 Parecer de 15-05-1959 da 1.ª Subsecção da 6.ª Secção da JNE a propor a classificação como IIP Proposta de classificação de 6-05-1959 da DGEMN | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 181502 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Em Odrinhas existiu um relevante estabelecimento romano, de que se conserva um notável conjunto de inscrições, a maior parte delas referente à tribo Galéria. Dispersas pelas imediações da capela de São Miguel da localidade, foram objecto de recolha desde, pelo menos, o século XVI, aqui se foi constituindo um dos mais impressionantes núcleos de visibilidade da civilização romana do aro de Lisboa, que não passou despercebido aos nossos pioneiros investigadores de finais do século XIX e inícios do XX. O mais importante vestígio do conjunto de ruínas, todavia, é o que resta de uma dependência de planta em ferradura, executada com aparelho substancialmente distinto do que as estruturas plenamente romanas. Os primeiros estudiosos que se dedicaram a esta estranha construção hesitaram entre uma catalogação romana e paleocristã (Cf. CORREIA, 1928, p.378). Na década de 50 do século XX, D. Fernando de Almeida, que efectuou escavações no conjunto, concluiu tratar-se da ábside de uma antiga basílica cristã edificada pelo século VI. No entanto, esta perspectiva não foi consensual e, nas últimas décadas, apareceram outras tentativas de caracterização, a maior parte das quais tentando inserir a estrutura no mundo tardo-romano (HAUSCHILD, 1986, p.151): um possível mausoléu, que repete formulários áulicos característicos do Centro do Império romano (MACIEL, 1995, p.115) ou a sala nobre da uilla tardo-antiga, como pensa José Cardim RIBEIRO. A discussão está longe de se encerrar e, enquanto não existirem dados mais rigorosos acerca das diacronias em presença, valerá a pena ter em consideração as palavras de Carlos Alberto Ferreira de ALMEIDA, 1986, p.9, que ponderou uma "atribuição mais tardia, sobre a época da Reconquista". Independentemente deste debate, tudo leva a crer que o estabelecimento romano tenha sido cristianizado, com grande probabilidade ainda durante a Alta Idade Média. O facto de algumas sepulturas aparentemente romanas evidenciarem marcas de reutilização cristã é um aspecto fundamental para uma melhor caracterização da evolução cronológico-funcional deste sítio. Desconhece-se o impacto que o mundo muçulmano teve na uilla, tendo-se identificado apenas um conjunto de inscrições moçárabes (REAL, 1995, p.60; BARROCA, 2000, pp.54-60) de uma igreja existente na vizinha localidade de Faião e recolhidas no Museu. A nova ordem cristã imposta pela Reconquista, determinou um renovado interesse pelo local e terá sido a partir de então que se edificou outro templo, antecessor da moderna capela de São Miguel. Dos séculos XII a XV são as numerosas cabeceiras de sepultura identificadas na necrópole anexa, bem como a imagem gótica de São Miguel, que tutelou a capela-mor do templo até ao século XX. O renovado Museu de Odrinhas é herdeiro de uma longa tradição de salvaguarda dos vestígios antigos do local, verificando-se as primeiras iniciativas neste local em pleno Renascimento, ao abrigo do Humanismo e fascínio pelo passado romano do Ocidente europeu. Em 1955, a Câmara Municipal de Sintra lançou as bases modernas do museu, por intermédio de Joaquim Fontes, primeiro director da instituição, depois de uma tentativa frustrada de alguns eruditos em transportar o espólio para um grande museu nacional (cf. FONTES, 4ªed., 1979, p.12). O actual plano museológico iniciou-se em meados da década de 90 do século XX e teve como principal impulsionador José Cardim Ribeiro. Baseando o projecto na complexa realidade histórica local, "plurifacetada de muitas arqueologias" (RIBEIRO, SIMÕES e COELHO, 1999, p.151), o programa permite uma viagem a núcleos cronológicos e culturais distintos, que cobrem praticamente 6000 anos de História da região. Para além das colecções, o museu possui numerosas áreas complementares, como uma Biblioteca especializada, auditório e sala de exposições temporárias, tudo em procurada sintonia arquitectónica e espacial com as ruínas da uilla romana e altimedieval e com a capela de São Miguel. PAF | ||||||||||||
Processo | Na estrada de Sintra- Ericeira | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 5 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 25 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Roman Portugal | ALARCÃO, Jorge Manuel N. L. | Edição | 1988 | Warminster | Publicado a 1988 |
"Arte visigótica", História de Portugal, dir. Damião Peres, Barcelos, Portucalense, 1928, pp.363-388 | CORREIA, Vergílio | Edição | 1928 | ||
"Arte visigótica", História da Arte em Portugal, vol. I, 1986, pp.149-169 | HAUSCHILD, Theodor | Edição | 1986 | Lisboa | |
"A Época Clássica e a Antiguidade Tardia", História da Arte Portuguesa, vol. I | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 1995 | Lisboa | |
"Inovação e resistência: dados recentes sobre a antiguidade cristã no ocidente peninsular", IV Reunião de Arqueologia Cristã Hispânica (Lisboa, 1992), 1995, pp.17-68 | REAL, Manuel Luís | Edição | 1995 | ||
História da Arte em Portugal, vol. 2 (Alta Idade Média) | ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de | Edição | 1986 | Lisboa | |
"300 Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal", Al-madan | RAPOSO, Jorge | Edição | 2001 | Almada | 2.ª série, n. º10, pp.100-157 |
Antiguidade Tardia e paleocristianismo em Portugal | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 1996 | Lisboa | |
Arte visigótica em Portugal | ALMEIDA, Fernando de | Edição | 1962 | Lisboa | |
Velharias de Sintra, vol. IV | AZEVEDO, José Alfredo da Costa | Edição | 1982 | Sintra | |
"O novo Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas - um projecto arrojado?", O Arqueólogo Português, série IV, vol. 17, pp.151-156 | RIBEIRO, José Cardim | Edição | 1999 | Lisboa | |
"O novo Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas - um projecto arrojado?", O Arqueólogo Português, série IV, vol. 17, pp.151-156 | SIMÕES, Teresa | Edição | 1999 | Lisboa | |
"O novo Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas - um projecto arrojado?", O Arqueólogo Português, série IV, vol. 17, pp.151-156 | COELHO, Catarina | Edição | 1999 | Lisboa | |
Museu arqueológico de São Miguel de Odrinhas | FONTES, Joaquim | Edição | 1979 | Sintra | |
Museu arqueológico de São Miguel de Odrinhas | ALMEIDA, Fernando de | Edição | 1979 | Sintra | |
Inscrições existentes na Igreja de São Miguel de Odrinhas | PEREIRA, Félix Alves | Edição | 1908 | ||
"Por caminhos da Ericeira (Notas arqueológicas e etnográficas)", O Archeologo Portuguez, nº19, pp.324-326 | PEREIRA, Félix Alves | Edição | 1914 | Lisboa | |
"Escavações em Odrinhas", Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal, vol. 39, pp.11-25 | ALMEIDA, Fernando de | Edição | 1958 | Lisboa | |
"Inscrições paleocristãs do Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas", Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal, vol. 39, pp.27-38 | ALMEIDA, Fernando de | Edição | 1958 | Lisboa | |
"Antiguidades romanas do termo de Cintra", Boletim da Real Associação dos Architectos Civis e Archeologos Portugueses, vol. VI, pp.9-12 | BARRETO, António Gomes | Edição | 1888 | Lisboa | |
"Notícia de três inscrições lusitano-romanas de Janas e de S. Miguel de Odrinhas", Brotéria, vol. 61 | FERREIRA, Fernando Bandeira | Edição | 1955 | Lisboa | |
"Novas inscrições romanas do Museu Arqueológico de Odrinhas", Revista de Guimarães, vol. 68, separata | CARDOSO, Mário de Vasconcelos | Edição | 1958 | Guimarães | |
"Novas inscrições lusitano-romanas do Museu de São Miguel de Odrinhas", Revista de Guimarães, vol. 71 | CARDOSO, Mário de Vasconcelos | Edição | 1961 | Guimarães | |
Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas, 3ªed. | FONTES, Joaquim | Edição | 1975 | Sintra | |
"Lápide romana de S. Miguel de Odrinhas, concelho de Sintra", Portucale, nº.13 | VASCONCELOS, José Leite de | Edição | 1940 | Lisboa | |
Catálogo das inscrições lapidares do Museu Arqueológico de S. Miguel de Odrinhas | CARDOSO, Mário de Vasconcelos | Edição | 1956 | Sintra | |
A Antiguidade Tardia no "ager" olisiponense : o Mausoléu de Odrinhas | MACIEL, Manuel Justino Pinheiro | Edição | 1999 | Porto | |
"Notícia de mosaicos romanos em Odrinhas", Revista de Guimarães, nº72 | ALMEIDA, Fernando de | Edição | 1962 | Guimarães |
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