Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Maceira-Liz
Designação
DesignaçãoMaceira-Liz
Outras Designações / PesquisasFábrica de cimento Maceira - Liz (nome actual)
Empresa de Cimentos de Leiria, Lda. (Outubro de 1919)
SECIL- Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (proprietário actual) - serviços centrais: Av. das Forças Armadas, 125, 6º / 1600-079 Lisboa / Fábrica de Cimento Maceira-Liz / Empresa de Cimentos de Leiria, Ld. / SECIL - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaPatrimónio Industrial /
Tipologia
CategoriaPatrimónio Industrial
Inventário TemáticoArquitectura Industrial Moderna (1925-1965)
Localização
Divisão AdministrativaLeiria/Leiria/Maceira
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
-- -Maceira Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoLeiria
ConcelhoLeiria
FreguesiaMaceira
Proteção
Situação ActualEm Estudo - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
Cronologia
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaFábrica de cimento Maceira - Liz - moagem de cimento
Leiria
Gabinete técnico e de desenho da fábrica de cimento Maceira - Liz (?)
1965

Inserida no universo das principais indústrias de Novecentos - cimenteira - a fábrica da Maceira - Liz inaugura no ano de 1923. Esta nova indústria de cimento vem colmatar o défice de produção deste produto existente em Portugal e introduz uma inovação tecnológica ao fabricar o cimento Portland artificial por fornos rotativos. Contrariamente à maioria das fábricas esta produção depende da proximidade das matérias-primas, justifica-se assim a escolha de um lugar ermo para implantar uma das principais unidades industriais do país.
Em constante desenvolvimento e ajuste tecnológico desde os anos vinte de Novecentos, esta unidade fabril reúne um vasto, diverso e distinto repositório construtivo, muito dele dependente exclusivamente do seu cumprimento funcional, ensaiando inovadoras soluções formais através da necessária maquinaria localizada ao ar livre - fornos rotativos e torres ciclone, por exemplo. A afectação de um amplo território desabitado à indústria conduziu à construção estruturas sociais indispensáveis ao corpo técnico e operário, desenvolvendo-se numa escala muito mais modesta os princípios orientadores de modelos utópicos de cidades industriais.
Das múltiplas construções que formam este conjunto industrial destaca-se o edifício nº 7 da moagem de cimento. Utilizando exclusivamente o betão, nas suas diversas soluções, este corpo paralelepipédico cumpre rigorosamente objectivos funcionais. A exigência de um vão interno livre de pilares para a colocação de maquinaria remeteu para soluções baseadas em pórticos de betão armado, ligados entre si por vigas (betão armado) onde se apoiam as paredes das fachadas compostas por duas maciças lajes (betão armado) que por sua vez também foram utilizadas para a cobertura deste corpo. A libertação de um fino pó de cimento nas operações de moagem é reconhecível no desenho das fachadas através da utilização de persianas em betão, constituindo assim um verdadeiro sistema de ventilação. Respondendo a requisitos puramente funcionais e utilizando materiais dependentes somente da indústria cimenteira, esta construção assume involuntariamente, isto é, sem pretensões, uma expressão de modernidade reconhecível no seu puro volume paralelepipédico apenas quebrado pela plasticidade das persianas de ventilação que simultaneamente lhe conferem uma extraordinária leveza.

Deolinda Folgado/ Docomomo Ibérico
Junho 2002
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970. Um Património a Conhecer e SalvaguardarAA.VV.Edição2004LisboaCatálogo que organiza o trabalho de levantamento e rastreio divulgado na exposição itinerante ¿Arquitectura Moderna Portuguesa 1920-1970¿ que o IPPAR organizou e que tem vindo a ser apresentada em todo o território nacional e Moçambique. Conjunto de textos de enquadramento e fichas das obras mais representativas de um período de rara criatividade e de verdadeira internacionalização da arquitectura portuguesa, oferecendo simultaneamente uma visão global de toda uma época e sob as mais diversas perspectivas críticas e temáticas.
Coordenação científica da Arqª. Ana Tostões.
A indústria Portuguesa de cimento, 2ª edição, 2 vol.OLIVEIRA, Gil Braz deEdição1999Lisboa
"Maceira-Liz, a futura cidade", in Panorama, ano I, nº 9SILVA, Agostinho FerreiraEdição1942Lisboa
Breve descrição das Instalações Fabris e Sociais da Empreza de Cimentos de LeiriaEdição1948Vila Franca de Xira
"A "Casa do Pessoal" da empresa de cimentos de Leiria", in Indústria PortuguesaEdição1930
Empresa de Cimentos de LeiriaEdição1960Leiria

IMAGENS

Vista geral - maqueta. Foto: DE/ IPPAR

Edifício do clínquer e da moagem. Foto: DE/ IPPAR

Edifício da moagem. Foto: DE/ IPPAR

Edifício de moagem 7

Ciclones do forno de cimento

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