Conjunto Arqueológico das Eiras | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Conjunto Arqueológico das Eiras | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Nota - o conjunto inclui o Castro das Eiras e o Balneário do Alto das Eiras, a Necrópole de Vermoim (mamoas 1 a 4), o Castro ou Castelo de Vermoim, o Castro de Santa Cristina, a Bouça do Pique e a Atalaia Telhado / Conjunto Arqueológico das Eiras / Povoado fortificado das Eiras (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arqueologia / Povoado Fortificado | ||||||||||||
Tipologia | Povoado Fortificado | ||||||||||||
Categoria | Arqueologia | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Braga/Vila Nova de Famalicão/Pousada de Saramagos; Joane; Vermoim; Vale (São Martinho); Vale (São Cosme), Telhado e Portela | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Braga | ||||||||||||
Concelho | Vila Nova de Famalicão | ||||||||||||
Freguesia | Pousada de Saramagos; Joane; Vermoim; Vale (São Martinho); Vale (São Cosme), Telhado e Portela | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como CIP - Conjunto de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 659/2022, DR, 2.ª série, n.º 169, de 1-09-2022 (com 2 ASA) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 8-06-2022 do diretor-geral da DGPC Anúncio n.º 37/2022, DR, 2.ª série, n.º 40, de 25-02-2022 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 15-12-2021 do diretor-geral da DGPC Proposta favorável de 13-10-2021 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 12-11-2019 da DRC do Norte para a classificação como CIP Em 9-07-2019 a DRC do Norte enviou proposta de classificação como CIP à CM de Vila Nova de Famalicão para emissão de parecer, não tendo sida obtida resposta Anúncio n.º 17/2017, DR, 2.ª série, n.º 38, de 22-02-2017 (ver Anúncio) Despacho de abertura de 20-01-2017 da diretora-geral da DGPC Parecer favorável de 13-12-2016 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Nova proposta de abertura de 24-02-2014 da DRC do Norte Devolvido à DRC do Norte por despacho de 15-04-2013 da diretora-geral da DGPC para reapreciação Proposta de 22-03-2013 da DRC do Norte para a abertura do procedimento de classificação do Conjunto Arqueológico das Eiras Procedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) , alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma) Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma) Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho) Despacho de abertura de 27-03-2001 do vice-presidente do IPPAR Parecer de 20-03-2001 do IPA a propor a abertura do procedimento de classificação para uma futura classificação como IIP Proposta de 21-05-1980 da Universidade do Minho para a classificação do Monte das Eiras | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Sítio Abrangendo uma extensa área do concelho de Vila Nova de Famalicão, o Conjunto Arqueológico das Eiras é delimitado por duas linhas de água que convergem para o Rio Ave, circunscrevendo sítios arqueológicos de diferentes cronologias e tipologias: o Castro das Eiras e o Balneário do Alto das Eiras, a Necrópole de Vermoim (mamoas 1 a 4), o Castro de Santa Cristina, o Castro e o Castelo de Vermoim, a Atalaia de Telhado, e a Bouça do Pique. O castro das Eiras é considerado um dos maiores povoados da Idade do Ferro na região norte de Portugal, com uma área de 900 por 600 metros. Escavado no início da década de 90 do século XX, o local apresenta vestígios de muralhas e taludes, bem como de um conjunto habitacional, assim como um espólio de cerâmicas locais e de importação, tegula e imbrex. No sítio destaca-se, também, a existência de um balneário com profusa decoração de pedras graníticas, nomeadamente uma "pedra formosa", considerado "um equipamento de prestígio pertencente a um grande castro construído sob o domínio romano" (Queiroga e Dinis: 2009, 139). A Necrópole de Vermoim, localizada na parte central do planalto dos Montes de Santa Cristina, é formada por quatro mamoas. A mamoa 1, que apresenta a estrutura de maiores dimensões, é constituída por um tumulus de terra e pedra sub-elíptico, com depressão central; a estrutura está parcialmente destruída, mas é possível delimitar o contraforte da câmara funerária. A mamoa 2, também de forma sub-elíptica, exibe na depressão central um esteio granítico. A mamoa 3, a mais degradada do conjunto, integra um tumulus de formato sub-circular, com dois esteios na depressão central. A mamoa 4, a de menores dimensões, é uma estrutura sub-circular baixa, assoreada, com vestígios de couraça pétrea e dois esteios. A sul das mamoas de Vermoim localiza-se o Castro de Santa Cristina, constituído por uma plataforma central definida por talude, em torno da qual se dispõem outras plataformas, de menores dimensões, com muralha em pedra, e taludes. No local foram encontrados fragmentos cerâmicos datados da Idade do Ferro. O Castro de Vermoim é definido por recinto muralhado reforçado por três taludes e três fossos, que acompanha a curva de nível do terreno, dentro do qual se ergue a acrópole, de forma ovalada, delimitada por um talude. A este núcleo estaria associado um outro recinto, que se estendia entre nordeste e sudoeste. No local foram realizadas escavações entre 1982 e 1985, durante as quais se encontrou espólio metálico e cerâmico que atesta a ocupação do sítio entre o século III a. C. e a época de Augusto. Junto a este, ergue-se o denominado Castelo de Vermoim, um conjunto de vestígios defensivos medievais, datáveis entre os séculos XI e XIV. A nordeste do castelo localiza-se a Atalaia do Telhado, uma pequena elevação rodeada por talude, também datada da Idade Média, que eventualmente seria um posto de vigia daquele. A Bouça do Pique é um povoado, datado do século III a. C., onde se encontraram um machado polido de quartzito e dois vãos cerâmicos inteiros, similares às cerâmicas "tipo Penha". História O Conjunto Arqueológico das Eiras é formado por um agregado distinto de sítios arqueológicos, que apresentam diferentes tipologias e cronologias. No entanto, pela grande unidade paisagística, valor patrimonial e relevante interesse histórico desta extensa área, a classificação destes sítios como uma unidade é "essencial à compreensão de um contexto territorial imediato", bem como "ao entendimento do conjunto na sua relação com as populações envolventes que até à Idade Média mantêm no Castelo de Vermoim um espaço de centralidade para toda a região do Médio Ave." (Proposta de classificação, 2014). Catarina Oliveira DGPC, 2017 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 6 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Dispersos | SARMENTO, Francisco Martins | Edição | 1933 | Coimbra | pp. 92-94 |
Ordenamento do território do Baixo Ave no 1.º milénio a. C. | DINIS, António Pereira | Edição | 1993 | Porto | |
War and Castros. New approaches to the northwestern Portuguese Iron Age | QUEIROGA, Francisco M. Veleda Reimão | Edição | 1992 | Oxford | |
"O balneário castrejo do Castro das Eiras", Portugalia. Nova Série, vol. XXIX,-XXX, 2008-2009, p. 139-152 | QUEIROGA, Francisco M. Veleda Reimão | Edição | 2009 | Porto | |
"O balneário castrejo do Castro das Eiras", Portugalia. Nova Série, vol. XXIX,-XXX, 2008-2009, p. 139-152 | DINIS, António Pereira | Edição | 2009 | Porto | |
Incursões Nórdicas no Ocidente Ibérico (844-1147). Fontes, História e Vestígios. Tese de doutoramento. | PIRES, Hélio Fernando Vitorino | Edição | 2012 | Lisboa | |
"Fortificações e povoamento no Norte de Portugal (séc. IX a XI). Portugalia. Nova Série. Vol. XXV, p. 181-203 | BARROCA, Mário Jorge | Edição | 2004 | Porto |
Conjunto Arqueológico das Eiras - Planta anexa ao anúncio de abertura do procedimento de classificação, com a delimitação e a ZGP em vigor (enquanto esteve em vias de classificação)
Conjunto Arqueológico das Eiras - Planta anexa à portaria de classificação como CIP, com a delimitação do conjunto classificado e da respetiva ZEP