Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor
Designação
DesignaçãoIgreja de Nossa Senhora da Graça do Divor
Outras Designações / PesquisasIgreja Paroquial de Nossa Senhora da Graça do Divor / Igreja de Nossa Senhora da Graça (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Igreja
TipologiaIgreja
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Évora/Nossa Senhora da Graça do Divor
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Monte da IgrejaNosas Senhora da Graça do Divor Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.648622-7.982663
DistritoÉvora
ConcelhoÉvora
FreguesiaNossa Senhora da Graça do Divor
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 508/2014, DR, 2.ª série, n.º 123, de 30-06-2014 (ver Portaria)
Despacho de homologação de 3-12-2010 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer favorável de 30-04-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 13-11-2008 da DRC do Alentejo para a classificação como IIP
Despacho de abertura de 29-09-2005 do presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 9-05-2005 da DR de Évora
ZEPPortaria n.º 508/2014, DR, 2.ª série, n.º 123, de 30-06-2014 (sem restrições) (ver Portaria)
Anúncio n.º 64/2013, DR, 2.ª série, n.º 33, de 15-02-2013 (ver Anúncio)
Despacho de homologação de 3-12-2010 do Secretário de Estado da Cultura
Parecer favorável de 30-04-2009 do Conselho Consultivo do IGESPAR, I.P.
Proposta de 13-11-2008 da DRC do Alentejo
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12699926
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor, situa-se na Herdade da Água da Prata, propriedade, desde a época medieval, do cabido da Sé de Évora, em terrenos próximos da zona de captação da água, que no século XVI passou a abastecer a cidade de Évora.
A igreja não existiria à época da construção do Aqueduto, já que não surge referenciada nos primeiros documentos relativos àquela construção. Como freguesia surge referenciada pela primeira vez, nos Livros de Baptismos da Sé, em 1556.
Desconhecemos a data da sua fundação, bem como o autor do risco; porém pela erudição da galilé que a antecede, de clara influência serliana, tal como a da igreja de S. Mamede de Évora, poderemos levantar a hipótese de Diogo de Torralva, o melhor leitor de Serlio, mestre das obras da comarca do Alentejo e paços de Évora, ter sido o autor do risco. Há aliás afinidades entre a igreja paroquial de São Mamede de Évora, remodelada no século XVI, e a igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor, devendo a primeira ter servido de modelo ou fonte inspiradora, numa época em que as cópias não eram consideradas plágio.
A igreja apresenta, como referimos, uma galilé de mármores azuis e brancos, maneirista, a antecedê-la, o que é muito frequente em templos alentejanos, desde o final do gótico.
A fachada apresenta portal coroado por frontão triangular; superiormente, mostra dois campanários de alvenaria, já desprovidos de sinos. Exteriormente, para além de robustos contrafortes, as estações da Via Sacra em azulejos figurando a Cruz do Calvário, pontuam as paredes da nave. Interiormente, o templo apresenta nave única, rectangular, coberta por abóbada de berço, decorada por caixotões geométricos com rosetas, abre para a ábside, rectangular, por arco triunfal, apresentando uma tipologia muito comum em igrejas alentejanas desta época.
Interiormente esta igreja alberga um notável conjunto de azulejaria seiscentista, cuja encomenda feita a olarias lisboetas data provavelmente de 1630. Os grandes tapetes que cobrem praticamente o interior do templo, moldando-se aos vários planos de suporte arquitectónico, utilizam padrões diversos, de grande intensidade decorativa e cromática. Nos pontos fulcrais, como o arco de triunfo são utilizadas composições ornamentais de brutescos, mais individualizadas. Um dos aspectos mais curiosos deste conjunto é a cercadura aplicada sobre a cornija da nave, onde sereias aladas sustentam coroas de louro, que inscrevem emblemas em louvor à Virgem. Esta cercadura, provavelmente única, deve, na opinião de Santos Simões, ter sido feita unicamente para esta igreja. Este conjunto articula-se com as outras artes decorativas, destacando-se a talha dourada dos altares e os estuques das abóbadas.
O retábulo do altar-mor é da segunda metade do século XVIII, apresentando uma linguagem rococó, muito característica da talha da escola de Évora. Os altares colaterais, ao arco de triunfo, são anteriores, enquadrando-se estilisticamente na talha do estilo nacional. A decoração completa-se com pinturas murais, representando figuras hagiológicas, muito decorativas, mas algo degradadas.
Ana Maria Borges, DRCA, 5/3/2008
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens5
Nº de Bibliografias1

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I)ESPANCA, TúlioEdição1966LisboaO vol. II é totalmente dedicado às ilustrações.

IMAGENS

Igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor - Planta com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

Igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor - Vista geral de norte

Igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor - Fachada poente

Igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor - Planta com a delimitação e a ZEP homologadas pelo SEC (já foi publicada no DR)

Igreja de Nossa Senhora da Graça do Divor - Planta com a delimitação e a ZEP em vigor

MAPA

Abrir

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt