Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Borba
Designação
DesignaçãoIgreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Borba
Outras Designações / PesquisasEdifício da Santa Casa da Misericórdia de Borba / Igreja da Misericórdia, Hospital do Espírito Santo / Edifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Borba (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Mista / Conjunto
TipologiaConjunto
CategoriaArquitectura Mista
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Borba/Borba (Matriz)
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua da MisericórdiaBorba Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.805919-7.455321
DistritoÉvora
ConcelhoBorba
FreguesiaBorba (Matriz)
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 178/2023, DR, 2.ª série, n.º 76, de 18-04-2023 (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 9-02-2023 da subdiretora-geral da DGPC
Anúncio n.º 129/2022, DR, 2.ª série, n.º 129, de 6-07-2022 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 7-03-2022 do diretor-geral da DGPC
Proposta favorável de 10-11-2021 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 28-10-2015 da DRC do Alentejo para a classificação como MIP
Anúncio n.º 374/2013, DR, 2.ª série, n.º 234, de 3-12-2013 (ver Anúncio)
Despacho de 1-11-2013 do Secretário de Estado a Cultura a determinar a abertura de novo procedimento de classificação
Despacho de concordância de 16-10-2013 da diretora-geral da DGPC
Proposta de 10-10-2013 da DRC do Alentejo para a abertura de novo procedimento de classificação
Procedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) , alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Proposta de 27-07-2010 da DRC do Alentejo para a classificação como de IP
Edital de 4-07-2006 da CM de Borba
Despacho de abertura de 18-02-2002 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 14-02-2002 da DR de Évora para a abertura do processo de classificação
Proposta de classificação de 3-12-2001 da CM de Borba
ZEPPortaria n.º 178/2023, DR, 2.ª série, n.º 76, de 18-04-2023 (com restrições) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 9-02-2023 da subdiretora-geral da DGPC
Anúncio n.º 129/2022, DR, 2.ª série, n.º 129, de 6-07-2022 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 7-03-2022 do diretor-geral da DGPC
Proposta favorável de 10-11-2021 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta final de ZEP de 28-10-2015 da DRC do Alentejo
Em 7-01-2014 a DRC do Alentejo enviou a sua proposta de ZEP à CM de Borba para emissão de parecer, não tendo sido recebida qualquer resposta
Sem efeito, por força do procedimento de classificação ter caducado
Parecer favorável de 23-02-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Nova proposta de 12-11-2010 da DRC do Alentejo
Devolvido à DRC do Alentejo por despacho de 11-02-2010 do director do IGESPAR, I.P., para aplicação do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma)
Proposta de 10-12-2009 da DRC do Alentejo para a ZEP dos imóveis classificados e em vias de classificação da Vila de Borba
Em 20-09-2006 a CM de Borba enviou documentação
Em 10-03-2003 a DR de Évora solicitou elementos à CM de Borba
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO22051577
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA Misericórdia de Borba teve como antecedente a irmandade do Santo Espírito de Nossa Senhora, fundada em 1379 no alpendre da igreja de Santa Maria do Castelo e da qual dependia uma albergaria (SIMÕES, 2006, p. 27). Muito embora já anteriormente fosse referida como Misericórdia, a conversão da irmandade do Santo Espírito de Nossa Senhora ocorreu apenas a 18 de Junho de 1524. Muito se tem discutido, também, sobre qual teria sido a sua sede, admitindo-se como mais provável a igreja de Santa Maria do Castelo (IDEM, p. 64).
Permanece igualmente desconhecido o ano em que tiveram início os trabalhos para a construção da igreja, embora vários factores determinem que estes devem ser balizados entre 1511 e 1526. A primeira data é referente à tomada dos bens da irmandade por parte do delegado do Duque de Bragança, em cujo tombo não é referida qualquer capela. A outra corresponde ao mais antigo documento conhecido em que é mencionada a igreja da Misericórdia.
Nas centúrias seguintes, o templo foi objecto de múltiplas intervenções, todas elas identificadas documentalmente na mais recente monografia dedicada à igreja e à história da própria confraria, cujas conclusões aqui seguimos (cf. SIMÕES, 2006).
Trata-se de uma igreja de planta longitudinal, com nave única coberta por duas abóbadas polinervadas, sem transepto e sem capelas laterais e com capela-mor mais baixa e também com abóbada polinervada, inscrevendo-se no ciclo do tardo-gótico alentejano (IDEM, p. 65). A primeira obra documentada é a da construção do coro, em 1579, sob a direcção do mestre Diogo Rodrigues. Seguiu-se a construção do Consistório, entre 1604 e 1605, de dois pisos a Sul da igreja, e onde se situa a sacristia, a portaria, escada para o coro, o antigo arquivo e a sala das Sessões. Nos mesmos anos executou-se ainda a janela da tribuna e o púlpito. De 1638-39 é a balaustrada de mármore do coro. Com as Guerras da Restauração as campanhas artísticas da igreja da Misericórdia sofreram uma interrupção, para regressar em força no período de acalmia que se lhe seguiu.
Assim, logo na década de 1680, e certamente inspirada na igreja de São Bartolomeu, a Mesa decidiu revestir o templo com azulejos polícromos, escolhendo o mesmo padrão conhecido por maçaroca. Poucos anos antes, entre 1676 e 1677 os tectos haviam recebido pintura a fresco, hoje desaparecida (IDEM, p. 155-56).
Já no século XVIII, uma nova campanha artística renovou os retábulos de talha com o retábulo-mor contratado com o entalhador Manuel de Mures, em 1731. Todavia, a sua linguagem mais próxima do proto-barroco motivou alguns acrescentos e alterações, de características barrocas e mais actualizadas em relação ao que se fazia na capital (IDEM, p. 163-64).
Na segunda metade da centúria executou-se nova tribuna, dourada por António de Sequeira; o coreto do órgão, em 1762 e o próprio órgão, em 1771 pelo mestre organeiro Pascoale Oldivino. No mesmo ano o mestre Francisco Miguel realizou o janelão de mármore do coro e que se situa sobre o portal principal, na fachada da igreja.
Um dos aspectos mais significativos que os estudos recentes apontam é o papel da arte e das campanhas artísticas ao serviço da propaganda e da legitimação das Mesas, principalmente na segunda metade do século XVII, quando houve mais corrupção e problemas ao nível dos partidos, com alternância entre os mais conservadores e os mais liberais, com reflexos imediatos no gosto conservador ou actualizado da encomenda artística (IDEM).
(Rosário Carvalho)
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens4
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Inventário Artístico de Portugal - vol. IX (Distrito de Évora, Zona Sul, volume I)ESPANCA, TúlioEdição1978LisboaO vol. II é totalmente dedicado às ilustrações.
História da Santa Casa da Misericórdia de BorbaSIMÕES, João MiguelEdição2006Borba
Borba - Património da Vila BrancaSIMÕES, João MiguelEdição2007Borba

IMAGENS

Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Borba - Planta com a delimitação e a ZP que esteve em vigor (1.º procedimento, caducou)

Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Borba - Planta com a delimitação e esboço de ZEP proposto pela DRCA (não está em vigor)

Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Borba - Planta com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Borba - Planta anexa à portaria de classificação como MIP e fixação da respetiva ZEP

MAPA

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