Casa Nobre na Travessa do Cordovil, n.º 17 | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa Nobre na Travessa do Cordovil, n.º 17 | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa Nobre na Travessa do Cordovil, n.º 17 (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Casa | ||||||||||||
Tipologia | Casa | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Évora/Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Évora | ||||||||||||
Freguesia | Évora (São Mamede, Sé, São Pedro e Santo Antão) | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Procedimento encerrado / arquivado (processo individual). Abrangido em conjunto protegido | ||||||||||||
Cronologia | Despacho de encerramento de 14-03-2008 da subdirectora do IGESPAR, I.P. Despacho de 20-10-1994 do presidente do IPPAR | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | Abrangido por conjunto inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO, que, ao abrigo do n.º 7 do art.º 15.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, se encontra classificado como MN | ||||||||||||
Património Mundial Designação | Centro Histórico de Évora | ||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9823124 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Integrada de forma exemplar na malha urbana medieval da cidade, esta casa nobre denota reminiscências de uma tradição mediterrânica e islâmica, concretizada na articulação do edifício com o pátio de entrada semi-rústico de influência alentejana (ESPANCA, Túlio, 1966, p. 115) e jardim de características barrocas. Do edifício original, já existente em 1591 e pertencente ao conde da Horta, D. Francisco de Mascarenhas, pouco ou nada resta actualmente. A casa que hoje observamos resulta da intervenção dos séculos XVII e XVIII, época em que o conjunto foi totalmente reformulado a expensas dos então proprietários e fidalgos eborenses, D. Inês de Brito Cordovil e Bernardo Lobo de Figueiredo Homem. Remontam a esta campanha os painéis de azulejos que revestem o oratório palaciano, e que é considerado um dos espaços mais interessantes da casa. Atribuídos a Policarpo de Oliveira Bernardes, estes painéis representando a Vida de São Bernardo e outros santos eremitas, deverão ter sido executados em 1748, aproximadamente. O altar, de talha rocócó, dourado e marmoreado, é mais tardio (ESPANCA, Túlio, 1966, p. 116). Nas principais salas da casa, cuja estrutura arquitectónica se mantém, subsistem ainda as pinturas a fresco com representações heráldicas de grande interesse e com elementos decorativos característicos da segunda metade do século XVIII (c. 1770). Assim, e numa primeira sala, o tecto apresenta decorações em trompe l'oeil e uma composição central que ostenta o armorial esquartelado dos Lobos, Valadares, Machados, Segurados e Cordovis. Na outra sala, ao centro, encontra-se o brasão das famílias Figueiredo e Lobo. O pátio de entrada é antecedido por portão de linhas simples, com frontão em alvenaria onde outrora existiu a pedra de armas dos donatários Mascarenhas, Condes da Horta, retirada no século XIX para o extinto Convento do Bosque, em Borba (ESPANCA, Túlio, 1966, p. 115). O acesso à casa faz-se através de um alpendre moderno, com colunada de dois vãos de arcos a pleno centro. O jardim, de estrutura barroca adaptada aos limites do espaço, apresenta uma taça octogonal de mármore de Estremoz, do século XVIII, para onde deita uma varanda alpendrada assente em cachorrada de pedra. É ainda possível encontrar uma série de outros elementos, vestígios de ornamentos de épocas recuadas. No início do século XX, a Casa Nobre da Travessa do Cordovil é ocupada pela Direcção das Obras Públicas, e na década de cinquenta adquirida por Custódio Alves Alfacinha, que tem vindo a promover uma série de intervenções de restauro e conservação do imóvel. (Rosário Carvalho) | ||||||||||||
Processo | Coord. geog. (Lisboa Hayford Gauss IGeoE): 219927; 178321 | ||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Centro Histórico de Évora | ||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 8 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico de Portugal, vol. VII (Concelho de Évora - volume I) | ESPANCA, Túlio | Edição | 1966 | Lisboa | O vol. II é totalmente dedicado às ilustrações. |
Visitação dos Oratórios de Évora em 1591, ms. nº 61 da Biblioteca da Manisola, fls. 37-37vº, Biblioteca Pública de Évora | Edição |
Pátio de entrada
Varanda exterior alpendrada
Salão nobre - Tecto pintado com motivos heráldicos
Detalhe de brasão pintado dos Figueiredos e Lobos
Capela com silhares de azulejos oitocentistas
Capela com silhares de azulejos oitocentistas
Chafariz octogonal em mármore de Estremoz, nos jardins
Aspecto da cerca e jardins