Casa Havaneza, incluindo o património móvel integrado | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa Havaneza, incluindo o património móvel integrado | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Edifício no Largo do Chiado, n.º 25 / Casa Havaneza (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Santa Maria Maior | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||
Freguesia | Santa Maria Maior | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 661/2018, DR, 2.ª série, n.º 236, de 7-12-2018 (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 18-10-2018 da diretora-geral da DGPC Parecer favorável de 6-08-2018 da CM de Lisboa Anúncio n.º 104/2018, DR, 2.ª série, n.º 120, de 25-06-2018 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 16-05-2018 da diretora-geral da DGPC Parecer favorável de 2-05-2018 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 18-08-2017 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a classificação como MIP Anúncio n.º 41/2017, DR, 2.ª série, n.º 63, de 29-03-2017 (ver Anúncio) Despacho de abertura de 17-02-2017 da diretora-geral da DGPC Proposta de 20-12-2016 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel ACasa Havanezasita no n.º 25 do Largo do Chiado, localiza-se ao nível do piso térreo de um prédio de rendimento pombalino, de planta retangular e volumetria paralelepipédica. Nos dias de hoje, conta com apenas uma porta e uma montra de vidro, ambas instaladas no alçado principal a sul do referido imóvel. A sala principal da loja, de planta triangular, apresenta teto plano e paredes animadas por painéis contracurvados em madeira - cujos ângulos se destacam dado o revestimento com folha metálica dourada (latão) - que integram, nas zonas reentrantes, expositores quadrangulares de ângulos boleados e perfil também delimitado por filete metálico dourado. O espaço apresenta recantos, com pequenos balcões e expositores, que funcionam como zonas de atendimento personalizado e acolhedor que é conferido aos clientes da loja. Complementa a decoração uma gravura em mármore policromado, da autoria de Bartolomeu Cid, e o preenchimento parietal da zona mais estreita da sala (extremo norte) com espelhos. À direita da porta de entrada, encontra-se instalada uma zona de armazenamento climático de charutos que dá pelo nome de walk-in humidor. A sala principal articula-se com uma outra de planta retangular, por meio de amplo corredor, com um dos lados de perfil convexo. Quer o corredor quer a sala, de menores dimensões, apresentam o mesmo tipo de solução decorativa, pautando-se pelo integral revestimento a madeira vazada por expositores de diferentes dimensões, mas sempre com a mesma morfologia. A importância da loja prende-se com a manutenção do uso, no bom estado de conservação, na manutenção das características e ambiente, um notável e singular exemplo de projeto de decoração de interiores representativo da década de 70 do século XX. História Fazendo prova num anúncio do jornal Almanaque do Século, a Casa Havaneza, já existiria em 1855, enquanto depósito de tabacos estrangeiros. O ano de 1864 marcará a data em que, ao adquiri-lo, Henrique Burnay o terá transformado numa casa especializada em tabacos e artigos para fumadores. Teria, inicialmente, uma única porta, sofrendo, por volta de 1865, uma primeira ampliação, passando a ocupar diversos números da Rua Garrett (124-134) e mais tarde, em 1875, uma segunda, passando a integrar os números 124, 126 e 128 da Rua Nova da Trindade. Em 1960, altura em que o Banco Burnay tomou o estabelecimento comercial de arrendamento e transferiu a posse da tabacaria para a empresa Empor, foi aplicada à loja uma grande amputação, ou seja, a tabacaria ficou, novamente, reduzida a uma pequena loja com uma única porta, o inicial número 25 do Largo do Chiado, tendo sido o restante espaço transformado numa agência bancária (hoje BPI).O projeto de remodelação ficou a cargo dos arquitetos António Azevedo Gomes e Francis Jules Léon que terão procurado suavizar a rutura, criando uma fachada com uma total unidade de estilo, conferindo a ilusão de se tratar de um único estabelecimento. O interior beneficiou da aplicação de uma gravura em mármore policromado da autoria de Bartolomeu Cid (1931-2008). Nos anos 70 do século XX, sob a orientação do arquiteto Nuno Corte Real, a Casa Havaneza foi, novamente, alvo de uma remodelação, que lhe conferiu o aspeto que lhe é hoje conhecido. Em 2009, mantendo traços da remodelação dos anos 70, a loja foi ligeiramente modernizada e equipada com um walk-in humidor. Elisabete Serol DGPC, 2017 Bibliografia BOLÉO, Luísa V. Paiva, Casa Havaneza - 140 anos à esquina do Chiado, Dom Quixote, Lisboa, 2004, p. 77. SIZA, Álvaro, A Reconstrução do Chiado - Lisboa, Livraria Figueirinhas, Lisboa, 2000, p.28. CARVALHO, António Sérgio Rosa de, "As lojas tradicionais da Baixa. Desafios presentes e futuros", in MATEUS, João Mascarenhas (coord.), Baixa Pombalina: bases para uma intervenção de salvaguarda, Câmara Municipal de Lisboa, Lisboa, 2005, p. 94. | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Aqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Concelhos de Lisboa, Amadora, Odivelas, Oeiras e Sintra)Castelo de São Jorge e resto das cercas de LisboaEdifício na Rua Garrett, onde se encontra instalado o café A Brasileira, também denominado «Brasileira do Chiado», incluindo o próprio café e o troço de calçada fronteiro à porta em que se lê o nome do estabelecimento e os números de políciaIgreja de Nossa Senhora dos MártiresTeatro Ginásio (fachada) | ||||||||||||
Outra Classificação | Lisboa Pombalina | ||||||||||||
Nº de Imagens | 12 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |
Casa Havaneza, incluindo o património móvel integrado - Planta anexa ao anúncio de abertura do procedimento de classificação, com a delimitação do imóvel em vias de classificação e a ZGP em vigor (já foi classificado)
Casa Havaneza, incluindo o património móvel integrado - Planta anexa à portaria de classificação como MIP, com a delimitação e a ZGP em vigor
Casa Havaneza - Corredor de acesso à sala interior
Casa Havaneza - Balcão de atendimento na sala principal
Casa Havaneza - Fachada principal
Casa Havaneza - Pormenor do interior
Casa Havaneza - Pormenor do interior
Casa Havaneza - Gravura de Bartolomeu Cid
Casa Havaneza - Pormenor do interior
Casa Havaneza - Pormenor do interior
Casa Havaneza - Zona de armazenamento climático de charutos
Casa Havaneza - Balcão de atendimento