Igreja da Misericórdia de Abrantes, pátio do Definitório, Casa do Despacho e claustro anexo, incluindo o património imóvel ntegrado | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Igreja da Misericórdia de Abrantes, pátio do Definitório, Casa do Despacho e claustro anexo, incluindo o património imóvel ntegrado | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Edifício, Igreja e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes / Lar-Hospital D. Leonor Paler Carrera de Viega (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Santarém/Abrantes/Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede | ||||||||||||
Endereço / Local |
| ||||||||||||
Distrito | Santarém | ||||||||||||
Concelho | Abrantes | ||||||||||||
Freguesia | Abrantes (São Vicente e São João) e Alferrarede | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 618/2020, DR, 2.ª série, n.º 203, de 19-10-2020 (fundiu e ampliou as 3 classificações anteriores) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 7-05-2020 do diretor-geral da DGPC Anúncio n.º 23/2020, DR, 2.ª série, n.º 27, de 7-02-2020 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 19-09-2019 da diretora-geral da DGPC Parecer favorável de 17-07-2019 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura Proposta de 11-05-2017 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a classificação como MIP Anúncio n.º 207/2016, DR, 2.ª série, n.º 842, de 23-09-2016 (ver Anúncio) Despacho de 3-05-2016 da diretora-geral da DGPC a determinar a abertura do procedimento de fusão e ampliação da classificação da "Igreja da Misericórdia de Abrantes, incluindo seis tábuas de pintura quinhentista e demais recheio", da "Sala do Definitório da Misericórdia de Abrantes" e do "Conjunto constituído pelo pequeno claustro, incluindo a cisterna com ferragem, a fachada do Definitório da Misericórdia e a sacristia onde está o lavabo" Proposta de 22-04-2016 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a abertura do procedimento de fusão e ampliação da classificação da "Igreja da Misericórdia de Abrantes, incluindo seis tábuas de pintura quinhentista e demais recheio", da "Sala do Definitório da Misericórdia de Abrantes" e do "Conjunto constituído pelo pequeno claustro, incluindo a cisterna com ferragem, a fachada do Definitório da Misericórdia e a sacristia onde está o lavabo", classificados como IIP pelo Decreto n.º 129/77, DR, I Série, n.º 226, de 29-09-1977 (ver Decreto) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 22051577 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel A Igreja da Misericórdia de Abrantes situa-se no núcleo histórico da cidade, junto da Igreja de São João Baptista e do antigo Convento de São Domingos. A igreja, de características estruturais maneiristas, desenvolve-se longitudinalmente. A fachada principal tem frontão triangular rematado por cruz sobre acrotério, sendo rasgada por portal de verga reta encimado por friso e cornija, e tendo a eixo uma janela e um óculo circular no tímpano, ambos iluminando o coro-alto. Esta fachada encontra-se voltada para uma rua estreita, e é formalmente muito mais singela do que a fachada norte, antecedida por adro sobrelevado, e vazada por magnífico portal de volta perfeita, de linguagem quinhentista, onde pontua um dos mais antigos baixos-relevos com a Senhora da Misericórdia, do qual consta a data de conclusão do conjunto e a indicação "Gaspar Dinis a fez". O interior, de nave única, é percorrido por silhares de azulejos de padrão azuis e brancos, de fatura moderna, e coberto por teto de caixotões em masseira pintado de branco, com coro-alto de madeira onde se guarda um órgão de armário. Destacam-se, penduradas nos muros, as notáveis tábuas que formavam o antigo retábulo quinhentista, atribuído ao denominado Mestre de Abrantes (substituído pelo atual, em talha dourada de estilo nacional, em 1728), a Tribuna dos Mesários, em madeira, acessível a partir da Sala do Definitório, o púlpito, de meados do século XVI, e os altares laterais com telas seiscentistas do pintor abrantino Manuel Henriques. O Cartório e a sala do Definitório sobrepõem-se a uma das sacristias, que guarda um interessante lavabo de pedra. O conjunto, formando a Casa do Despacho, volta a sua fachada principal para um claustro no qual se destaca a cisterna, com armação de ferro forjado e ferragens de decoração zoomórfica, que poderá remontar a finais do século XVI. Em torno deste pátio organizam-se igualmente os edifícios do antigo hospital, incluindo o núcleo de fundação quatrocentista e os acrescentos posteriores. Nas traseiras do templo existe um diminuto pátio que comunica com o exterior e com a sala do Definitório, dando aos mesários acesso independente à sala da Irmandade. O Definitório, antecedido pela sala do Cartório, compõe seguramente um dos espaços mais singulares do conjunto. Nele conservam-se a mesa e os bancos setecentistas, de formato circular, onde se reuniam os definidores, bem como o revestimento azulejar do século XVIII, representando as sete Obras de Misericórdia corporais. Apesar de já denotar algumas características Rococó, o ciclo azulejar integra-se ainda na denominada Grande Produção Joanina, sendo provavelmente proveniente de uma oficina lisboeta. História Embora não seja conhecida com exatidão a data da fundação da Misericórdia de Abrantes, sabe-se que a construção do hospital que lhe veio a pertencer é anterior à instituição, remontando a finais do século XV, e tendo origem no celeiro real da cidade, doado em 1483 por D. João III a D. Lopo de Almeida para esse fim. Deste celeiro restam ainda um dos mais completos conjuntos de talhas quatrocentistas existentes no país, parte do qual foi mantido à vista, e a restante assinalada, no interior (completamente remodelado, e não classificado) do Lar-Hospital Dona Leonor Paler Carreras de Viegas, que funciona hoje no antigo Hospital do Salvador. Este estava concluído em 1488, sendo posteriormente ampliado com casas e terrenos contíguos. A Irmandade da Misericórdia de Abrantes terá sido fundada numa destas casas, no ano de 1504, embora o primeiro testemunho documental da sua existência date de 1516. O hospital foi-lhe anexado em 1532, quando já decorria a construção da igreja, concluída em 1548. Esta foi, no entanto, alvo de uma atualização estética barroca, responsável por alterações essencialmente decorativas, e todas as casas que compunham os anexos, incluindo o hospital, sofreram modificações profundas ao longo dos séculos. Sílvia Leite DGPC 2016 | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 2 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |
Igreja da Misericórdia de Abrantes, pátio do Definitório, Casa do Despacho e claustro anexo, incluindo o património integrado - Planta anexo ao Anúncio de abertura, com a delimitação do que está classificado, do que está em vias e das respetivas ZGP (já foi publicada a portaria em 2020)
Igreja da Misericórdia de Abrantes, pátio do Definitório, Casa do Despacho e claustro anexo, incluindo o património imóvel ntegrado - Planta anexa á portaria de fusão e ampliação das classificações anteriores, e de alteração da categoria para MIM, com a delimitação do bem classificado e a ZGP em vigor