Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Prédio na Avenida Duque d'Ávila, 20-22A
Designação
DesignaçãoPrédio na Avenida Duque d'Ávila, 20-22A
Outras Designações / PesquisasEdifício na Avenida Duque de Ávila, n.º 20 - 22 (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Inventário Temático Norte Júnior 1905-1929 (Ver Inventário Temático Norte Júnior)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário TemáticoNorte Júnior
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Avenidas Novas
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Avenida Duque d'ÁvilaLisboa Número de Polícia: 20-22A
LATITUDE LONGITUDE
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaAvenidas Novas
Proteção
Situação ActualIntegrado em conjunto com protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
CronologiaNota: este edifício está integrado na classificação do Conjunto urbano da Avenida Duque d' Ávila, 18 a 32 F, e Avenida da República, 10 a 10 F (ver ficha )
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
Situado no centro da Avenida Duque d'Ávila, em Lisboa, o prédio com os números 20 a 22 foi edificado entre 1921 e 1925 como "casa de aluguel". Dividindo-se em sete pisos, que incluem cave e mansarda, o imóvel desenvolve-se em planimetria irregular, no sentido latitudinal, da frente de rua da avenida para a zona tardoz, onde se encontra o pátio.
Apresenta uma elegante fachada de inspiração beauxartiana marcada pela abertura de janelas e pela disposição de motivos florais esculpidos em relevo, que se divide em três panos murários, onde se destaca o corpo central, ladeado por duas pilastras compósitas de dimensões colossais, avançado em relação aos laterais, com remate superior no piso da mansarda. Nestes, rasgam-se janelas de sacada com varandins de pedra e ferro forjado, e no pano central abrem-se grandes janelas de peito com cercaduras superiores, ao modo de frontões, decoradas por festões de folhagens e flores. Cada um dos andares distingue-se por apresentar uma tipologia de fenestração distinta, entre molduras semicirculares e retangulares, simples ou encimadas por frontões circulares. O piso térreo comporta, além da entrada de loja ao centro, duas portas, a da direita de acesso ao interior do edifício, a da esquerda de acesso ao pátio tardoz.
A disposição interna dos apartamentos acompanha a irregularidade da planimetria do imóvel, com um inquilino por andar, a escada do prédio e a caixa de elevador do lado direito, e dois saguões laterais assimétricos. Um longo corredor percorre os fogos, e em torno daquele, formando um L invertido entre a frente de rua e toda a área esquerda da casa, dispõem-se as divisões, estando as áreas de cozinhas e serviços colocadas na metade tardoz, do lado direito. O átrio interior do prédio possui paredes e tetos com relevos ornamentais de estuque, apresentando uma porta de madeira e vidro que separa o espaço de entrada das escadas e do elevador.
História
No mês de Outubro de 1921 o construtor Francisco António colocou na Câmara de Lisboa um pedido de edificação de um prédio de aluguer no terreno que possuía na Avenida Duque d'Ávila, apresentando um projeto assinado por Manuel Joaquim Norte Júnior. A construção arrastou-se até Outubro de 1925, quando o proprietário requereu a licença de habitação.
Este é um dos três edifícios plurihabitacionais que Norte Júnior projetou entre 1919 e 1925 para a Duque d'Ávila, no coração das Avenidas Novas, onde se encontram também alguns dos mais exuberantes e requintados palacetes que o arquiteto desenhou para a burguesia lisboeta que nas primeiras décadas do século XX ocupou o novo bairro da cidade, que então se urbanizava. Se os outros dois edifícios (com os números 28-30 e 26-26A) se evidenciam pela decoração sumptuosa de gosto vincadamente eclético, o número 20-22A apresenta um programa mais sóbrio que prescinde das grandes figuras escultóricas ou das bow windows, mas que não deixa de traduzir a formação francesa e cosmopolita de Norte Júnior, que desta forma soube responder "a todos os problemas de residência e equipamentos que lhe fossem postos - desde o palacete espaventoso ao grande imóvel de rendimento", dando à nova capital "os melhores modelos a um e outro género" (FRANÇA: 1992, p. 262).
Catarina Oliveira
DGPC, 2015
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens8
Nº de Bibliografias6

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Os Anos Vinte em Portugal.FRANÇA, José-AugustoEdição1992Lisboa
Do Saldanha ao Campo Grande. Os originais do Arquivo Municipal de LisboaVIEGAS, Inês MoraisEdição1999Lisboa
"Das Avenidas Novas à Avenida de Berna". Revista de História da Arte, n.º 2, pp. 126-141SILVA, Raquel Henriques daEdição2006Lisboa
Norte Júnior: obra arquitectónica, Tese de Mestrado em História da Arte.PAIXÃO, Maria da Conceição LudoviceEdição1989Lisboa
"Lisboa, 1900, as Avenidas Novas e o Arquiteto Norte Júnior". Colóquio, 2ª série, 73, pp. 54-63SILVA, Raquel Henriques daEdiçãoLisboa
Arquivo Municipal de Lisboa, Obra n.º 454Edição1921Lisboa

IMAGENS

Prédio na Avenida Duque d'Ávila, 20-22A - Vista geral do átrio interior

Prédio na Avenida Duque d'Ávila, 20-22A - Porta de entrada principal

Prédio na Avenida Duque d'Ávila, 20-22A - Interior de um apartamento, sala de estar

Prédio na Avenida Duque d'Ávila, 20-22A - Vista parcial do pano central da fachada

Prédio na Avenida Duque d'Ávila, 20-22A - Vista parcial do coroamento da fachada principal

Prédio na Avenida Duque d'Ávila, 20-22A - Pormenor da caixa do elevador

Prédio na Avenida Duque d'Ávila, 20-22A - Vista geral da fachada

Prédio na Avenida Duque d'Ávila, 20-22A - Pormenor decorativo dos tetos, interior de um apartamento

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