Pesquisa de Património Imóvel
DETALHES
| Teatro Variedades | |||||||||||||
| Designação | |||||||||||||
| Designação | Teatro Variedades | ||||||||||||
| Outras Designações / Pesquisas | Teatro Variedades (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) Inventário Temático Norte Júnior 1930-1947 (Ver Inventário Temático Norte Júnior) | ||||||||||||
| Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
| Tipologia | |||||||||||||
| Categoria | |||||||||||||
| Inventário Temático | Norte Júnior | ||||||||||||
| Localização | |||||||||||||
| Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Santo António | ||||||||||||
| Endereço / Local |
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| Distrito | Lisboa | ||||||||||||
| Concelho | Lisboa | ||||||||||||
| Freguesia | Santo António | ||||||||||||
| Proteção | |||||||||||||
| Situação Actual | Sem protecção legal | ||||||||||||
| Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
| Cronologia | Abrangido pela classificação da Avenida da Liberdade, classificada como CIP - Conjunto de Interesse Público pela Portaria n.º 385/2013, DR, 2.ª série, n.º 115, de 18-06-2013 (com restrições) (ver Portaria) | ||||||||||||
| ZEP | |||||||||||||
| Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
| CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
| Património Mundial | |||||||||||||
| Património Mundial Designação | |||||||||||||
| Cadastro | |||||||||||||
| AFECTACAO | 181501 | ||||||||||||
| Descrição Geral | |||||||||||||
| Nota Histórico-Artistica | Imóvel Imóvel implantado junto à face nascente do Parque Mayer, um quarteirão limitado pelo muro que o separa do Jardim Botânico e pelos logradouros dos edifícios do Salitre e Praça da Alegria, confinando com o Cineteatro Capitólio e com o pórtico de entrada no recinto. Edifício de planta regular e acentuada simetria, volumetricamente caraterizado por embasamento largo e cujas altimetrias traduzem áreas com diferentes funções: caixa de palco, camarins e zonas da audiência. Os alçados aproximam-se da gramática Art Déco, de que o frontispício (poente), embora alterado, mantém reminiscências: um amplo arco pleno enquadrava os dois registos de triplos vãos (parcialmente entaipados), os centrais de recorte semicircular e os laterais de verga reta, separados entre si por pilares que imprimiam alguma verticalidade a um edifício tendencialmente horizontal. O mesmo fim tinha a cantaria que marcava os cunhais e os três panos da fachada, sustentando as cornijas de suporte ao frontão, efeito visual hoje diluído por força da pintura uniforme. Os vãos do nível inferior foram também alterados para alinharem com a entrada, com guarda-vento envidraçado no interior. O frontão, de recorte ziguezagueante, é uma possível reminiscência do zigurate, muito replicado na Art Déco. O corpo central tem cobertura com nove respiradores e lanternim, cuja descarga é feita em pilares integrados nas paredes. A sul e a norte erguem-se dois corpos longitudinais, mais baixos e com varandins abalaustrados. O corpo a sul, mais estreito, que preserva as portas e as fenestrações originais e em cujo topo oeste se localiza a entrada de artistas que dá acesso ao palco, subpalco e oficinas de cenografia, foi alterado em 1938 por Manuel Joaquim Norte Júnior, para receber as escadas de acesso à galeria que aproveitam o varandim preexistente. No 1º piso, o alçado é marcado por arco pleno, que circunscreve as janelas, separadas por pano liso. A nascente, situa-se o corpo dos camarins, independente e com dois acessos verticais interiores que ligam os seus quatro níveis. O corpo a norte possui, ao nível térreo, 7 portas de madeira (6 envidraçadas) com abertura para fora; sobre o respetivo terraço foi construída, com projeto de Cassiano Branco e José Coelho, de 1935, uma marquise com sistema de pilares de cimento armado e meias asnas para sustentação das chapas da cobertura, em cujo alçado se inscreve o nome do Teatro. A obra foi entregue ao Eng.º Faria Cunha. No interior, de três pisos, o teatro sofreu várias alterações, a maior das quais entre 1938 e 1939, com projeto de Norte Júnior e execução do Eng.º Francisco Ventura Rego, que veio dotar o edifício de um grande balcão e de uma geral sobre aquele, bem como de novos acessos em escada. Em 1965, o balcão original foi modificado e acrescentado um 2º balcão. História O Variedades foi pensado sob a forma de teatro-bôite, a erigir sobre um dos lagos dos jardins do Palacete Lima Mayer. Com projeto encomendado pela Empresa Variedades, Lda., de Luís Galhardo, ao arquiteto José Urbano de Castro (1923), a construção teve início em janeiro de 1924, ficando a cargo do Eng.º António Casimiro da Costa. Inaugurou em 08/07/1926 com a revista "Pó d'Arroz", com Anita Salambó, o estreante Vasco Santana e Costinha. Em 1927, passou a apresentar sessões de cinema. O teatro sofreu grandes alterações na década de 1930 e até à década de 1960 ofereceu, em média, 5 espetáculos por ano. Em 1964, recebeu a Comp.ª Amélia Rey Colaço, desalojada do Teatro Nacional D. Maria II por violento incêndio e em 22/11/1966 foi o próprio Variedades alvo de incêndio na caixa do palco, cujas obras de recuperação acrescentaram espaços anexos na zona posterior. Em 1995, acolheu a última Revista, depois de ter servido de palco a peças contemporâneas e a programas televisivos. Descaraterizado por inúmeras intervenções, encontra-se devoluto. Elsa Garrett Pinho DGPC, 2015 | ||||||||||||
| Processo | |||||||||||||
| Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
| Outra Classificação | Avenida da Liberdade | ||||||||||||
| Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
| Nº de Bibliografias | 21 | ||||||||||||
BIBLIOGRAFIA
| TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
|---|---|---|---|---|---|
| Lisboa Desaparecida, vol. 9 | DIAS, Marina Tavares | Edição | 2007 | Lisboa | |
| "Teatro Variedades". O Notícias Ilustrado (edição semanal do Diário de Notícias), Lisboa, 18/11/1928, p.13 | - | Edição | 1928 | Lisboa | |
| A Revista à Portuguesa: uma História Breve do Teatro de Revista | SANTOS, Vítor dos Pavão | Edição | 1978 | Lisboa | |
| Norte Júnior: obra arquitectónica, Tese de Mestrado em História da Arte. | PAIXÃO, Maria da Conceição Ludovice | Edição | 1989 | Lisboa | |
| Os Cinemas de Lisboa. Um Fenómeno Urbano do Século XX | ACCIAIUOLI, Margarida | Edição | 2013 | Lisboa | |
| O Parque Mayer: cinquenta anos de vida | NEGRÃO, Albano Zink | Edição | 1965 | Lisboa | |
| 10 Anos de Teatro e Cinema em Portugal: 1974-1984 (col. "Nosso Mundo") | PORTO, Carlos | Edição | 2007 | Lisboa | |
| 10 Anos de Teatro e Cinema em Portugal: 1974-1984 (col. "Nosso Mundo") | MENEZES, Salvato Teles | Edição | 2007 | Lisboa | |
| História do Teatro de Revista em Portugal, 2 vols | REBELLO, Luiz Francisco | Edição | 1984 | Lisboa | |
| Parque Mayer (1922-1952), vol. I. | TRIGO, Jorge | Edição | 2004 | Lisboa | |
| Parque Mayer (1922-1952), vol. I. | REIS, Luciano | Edição | 2004 | Lisboa | |
| Arquitetura e Integração - Reabilitar no Parque Mayer. Da Tradição Lúdica da Avenida da Liberdade aos Novos Espaços de Representação. Projeto para obtenção do Grau de Mestre em Arquitetura de Interiores | GARCIA, Ana Rita Araújo | Edição | 2012 | Lisboa | [Em linha] URL:file:///C:/Documents%20and%20Settings/elsapinho/Os%20meus%20documentos/Downloads/Reabilitar%20no%20Parque%20Mayer%20-%20Ana%20Rita%20Garcia.pdf. (consultado em 03/10/2015). |
| Arquitetura Dinâmica: Capitólio, um paradigma experimental.Projeto para obtenção do Grau de Mestre em Arquitetura, Especialização em Arquitetura de Interiores | BATISTA, Joana Carreira | Edição | 2012 | Lisboa | [Em linha] URL:file:///C:/Documents%20and%20Settings/elsapinho/Os%20meus%20documentos/Downloads/AD_ARQUITETURA_DIN%C3%82MICA.pdf. (consultado em 27/10/2015) |
| Adaptabilidade e Novos Usos. Do Teatro Variedades à Casa de Jazz. Projeto para obtenção do Grau de Mestre em Arquitetura de Interiores | MATEUS, Inês Vaz | Edição | 2012 | Lisboa | |
| Parque Mayer | OLIVEIRA, Manuel Jorge | Edição | 1997 | Lisboa | |
| Parque Mayer | CRUZ, Manuel Machado da | Edição | 1997 | Lisboa | |
| "Parque Mayer" in Dicionário da História de Lisboa (dir. Francisco Santana e Eduardo Sucena), pp. 690-691 | MAGALHÃES, Jacinto Xavier | Edição | 1994 | Lisboa | |
| "Teatro Variedades". SIPA - Sistema de Informação para o Património Arquitetónico | RIBEIRO, Madalena | Edição | 2005 | Lisboa | .[Em linha] URL: http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=24076 (consultado em 16/11/2015) |
| "Parque Mayer" In Restos de Coleção (Blog) | LEITE, José | Edição | [em linha] URL: http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2014/11/parque-mayer.html (consultado em 12/11/2015). | ||
| Mayer, o Parque Triste". In Arqueologia e Recuperação dos Espaços Teatrais: compilação das comunicações apresentadas no Colóquio, pp. 277-288 | Obra | ||||
| Boletim Municipal da Câmara Municipal de Lisboa, Ano XV, Nº 763, de 2 de outubro de 2008, pp. 1687-1688 | Edição | 2008 | Lisboa | ||
| Arquivo Municipal de Lisboa, Obra Nº 40.510 | Edição | Lisboa | |||
| Arquivo IGAC - Inspeção Geral das Atividades Culturais, Processo 11.06.0879, 1º volume (2 pastas) | Edição | Lisboa | |||
| Boletim Municipal da Câmara Municipal de Lisboa, Ano XIII, Nº 662, de 26 de outubro de 2006, p. 2003 | Edição | 2006 | Lisboa | (Despacho n.º 241/P/2006 - Transferência de gestão do Teatro Variedades para a EGEAC) |
IMAGENS
Teatro Variedades - Vista parcial da fachada principal
Teatro Variedades - Pormenor do coroamento da fachada principal
Teatro Variedades - Fachada lateral
Teatro Variedades - Vista geral do edifício, do lado da entrada do Parque Mayer
Teatro Variedades - Vista geral da fachada
Teatro Variedades - Vista da fachada lateral, com a "entrada de artistas"
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