Igreja de Nossa Senhora do Rosário ou Igreja do Corpo Santo | |||||||||||||||||
Designação | |||||||||||||||||
Designação | Igreja de Nossa Senhora do Rosário ou Igreja do Corpo Santo | ||||||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Convento do Corpo Santo / Convento de Nossa Senhora do Rosário / Igreja do Corpo Santo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||||||
Categoria | |||||||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||||||
Localização | |||||||||||||||||
Divisão Administrativa | Lisboa/Lisboa/Misericórdia | ||||||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Lisboa | ||||||||||||||||
Concelho | Lisboa | ||||||||||||||||
Freguesia | Misericórdia | ||||||||||||||||
Proteção | |||||||||||||||||
Situação Actual | Em Vias de Classificação | ||||||||||||||||
Categoria de Protecção | Em Vias de Classificação (com Despacho de Abertura) | ||||||||||||||||
Cronologia | Anúncio n.º 100/2016, DR, 2.ª série, n.º 64, de 1-04-2016 (ver Anúncio) Depacho de 5-01-2015 do ditretor-geral da DGPC a determinar a abertura do procedimento de classificação de âmbito nacional Proposta de 3-12-2015 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional Requerimento de classificação de 11-11-2015 de particular | ||||||||||||||||
ZEP | |||||||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||||||
AFECTACAO | 12699926 | ||||||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel A Igreja de Nossa Senhora do Rosário, ou do Corpo Santo, e o antigo convento e seminário dos padres dominicanos irlandeses compõem, no seu conjunto, a totalidade de um quarteirão do largo lisboeta do mesmo nome. O templo tem fachada principal constituída por três panos, sendo o central ligeiramente mais recuado, e os laterais quase inteiramente ocupados por pilastras geminadas em cantaria, rematadas, tal como os cunhais do edifício, por falsos capitéis com cartelas e florões. No pano central, três degraus dão aceso ao portal, com moldura rematada em arco redondo, inscrita em alfiz e delimitada por pilastras encimadas por frontão triangular. Sobre este abre-se um janelão, igualmente em arco redondo e delimitado por pilastras. O entablamento é encimado pelo frontão triangular, com fogaréus laterais e cruz sobre acrotério. O tímpano exibe brasão coroado da Ordem de São Domingos sobre cartela emoldurada por enrolamentos de acanto, num conjunto rematado pela legenda VERITAS. A fachada posterior confina com os anexos, que constituem hoje um edifício autónomo, embora revestido com os mesmos azulejos de padrão azuis e brancos do templo. A fachada lateral esquerda confina com o edifício do antigo convento, e a direita deita para a Rua do Corpo Santo. No interior, composto pelo coro-alto, pela nave octogonal sob cúpula com lanternim, e pela capela-mor, merece destaque a originalidade da planta de tendência centralizante, não acusada na volumetria exterior. Sob o coro-alto existem duas capelas, e na nave seis altares em cantaria, albergando alternadamente retábulos de talha dourada com imaginária e pintura sobre tela. Os altares flanqueando o coro-alto são simples nichos com elementos de talha dourada, mas os altares afrontados no eixo transversal da nave configuram imponentes peças arquitetónicas, com arcos redondos assentes em pilastras e encimados por frontão curvo sobre entablamento clássico. Os altares colaterais são novamente nichos semiesféricos, um deles forrado a talha dourada e o outro enobrecido por uma composição arquitetónica classicizante. Um arco triunfal de volta redonda dá acesso à capela-mor, coberta por abóbada de berço de penetrações com quatro janelas e pintura central a óleo sobre estuque de finais do século XVIII, representando um Cordeiro Místico. O retábulo-mor neoclássico, em cantaria, respeita o sóbrio esquema das igrejas pombalinas, com duas colunas lisas e marmoreadas encimadas por frontão interrompido assente em capitéis coríntios, enquadrando uma tela representando a Transfiguração de Cristo. Na sacristia e anexos existe uma pintura mural com o brasão dos dominicanos e um bebedouro monumental em pedra trabalhada. Parte das imagens conservadas foram adquiridas em finais do século XVIII, a par de uma grande campanha de renovação do templo, embora uma Virgem e um São Patrício possam corresponder às esculturas barrocas de madeira policromada supostamente resgatadas de Galway antes da sua conquista por Cromwell, em 1653. História Entre a primeira metade do século XVI e meados do século XVIII, abrangendo o Protetorado de Oliver Cromwell, a Igreja Católica sofreu uma dura perseguição na Irlanda, que obrigou as Ordens a enviar padres e seminaristas para países católicos da Europa, incluindo Portugal. Os primeiros dominicanos a chegar instalaram-se em diversos locais de Lisboa, mas a chegada do P.e Daniel Dominic O'Daly, O.P., o "Frei Domingos do Rosário" dos cronistas nacionais, conhecido pela habilidade diplomática e pela grande influência na corte de D. João IV, conduziu em 1659 à construção de um colégio patrocinado por D. Luísa de Gusmão. Destruídos pelo Terramoto de 1755, o colégio e o templo anexo foram reconstruídos ao longo da segunda metade do século XVIII. As dependências do seminário e do convento foram vendidas pelos frades a partir de 1856, e hoje em dia apenas a igreja se conserva como testemunho deste passado. Sílvia Leite DGPC 2016 | ||||||||||||||||
Processo | |||||||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | Castelo de São Jorge e resto das cercas de Lisboa | ||||||||||||||||
Outra Classificação | Lisboa Pombalina | ||||||||||||||||
Nº de Imagens | 1 | ||||||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |
Igreja de Nossa Senhora do Rosário ou Igreja do Corpo Santo - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor