Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Imóvel sito na Calçada de Sant' Ana, 208 a 216, tornejando para a Rua do Instituto Bacteriológico, 8
Designação
DesignaçãoImóvel sito na Calçada de Sant' Ana, 208 a 216, tornejando para a Rua do Instituto Bacteriológico, 8
Outras Designações / PesquisasPalacete na Calçada de Santana, n.º 214 / Palácio Sant Anna (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Arroios
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua do Instituto BacteriológicoLisboa Número de Polícia: 8
Calçada de Sant' AnaLisboa Número de Polícia: 208-216
LATITUDE LONGITUDE
38.718179-9.139048
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaArroios
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal
CronologiaEdital n.º 81/2016 de 17-06-2016 da CM de Lisboa, publicado no Boletim Municipal n.º 1166 de 23-06-2016
Deliberação de 8-06-2016 da CM de Lisboa a aprovar a classificação como MIM
Edital n.º 31/2015 de 15-07-2015 da CM de Lisboa, publicado no Boletim Municipal n.º 11118 de 23-07-2015
Despacho de 15-07-2015 da Vereadora dp Pelouro da Cultura da CM de Lisboa a determinar a abertura do procedimento de classificação como de IM
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
O palacete situa-se na denominada "Colina de Santana" correspondendo a um edifício de gaveto que remata a Calçada de Santana, durante anos a principal via de acesso a esta parcela da cidade. Possuiu duas fachadas muito idênticas viradas respetivamente para a Calçada de Santana, e para Rua do Instituto Bacteriológico, sendo a primeira, a principal, mais aparatosa. As traseiras, voltadas ao espaço vedado do Hospital de S. José, não apresentam qualquer tratamento arquitetónico digno de nota. Na extremidade sul o palacete adossa-se ao edifício contíguo que, juntamento com outros sensivelmente da mesma tipologia, segue o alinhamento da via.
O imóvel insere-se num espaço onde este tipo de construções apalaçadas é frequente, tendo sido sobretudo a partir dos séculos XVIII que se assiste a este movimento de nobilitação algo que veio reforçar a já grande qualidade paisagística e urbana do espaço. De facto, antes desse período a Colina de Santana era já um território privilegiado, tendo, desde muito cedo, sido ocupado por diversos edifícios religiosos, nomeadamente conventos e suas cercas, espaços que, após 1834, ano da extinção das Ordens, foram transformados em grandes unidades hospitalares, exceto o Hospital de S. José que, desde o grande terremoto de 1755, ocupará um antigo Colégio Jesuíta, paredes meias com este palácio.
Partindo de uma planta quadrangular o edifício, que se encontra em ótimo estado de conservação, distribui-se por dois pisos com mais um enterrado relativamente à cota da rua. Um pátio largo virado para as traseiras delimita a área nobre do palácio que perfaz uma construção em L.
Um dos elementos de maior destaque neste arquitetura com influência do barroco romano, são as janelas que, nas fachadas principais, ostentam um ritmo regular, sendo de sacada e com guardas em ferro forjado no piso nobre e, de peito e guilhotina, nos restantes pisos. Observa-se, igualmente, a marcação do eixo central das duas fachadas principais por portais com janelão superior, sendo a cantaria do portal virado à Calçada de Santana de recorte mais elaborado com a verga composta por elementos curvilíneos e rosetas, destacando assim aquela que é a entrada principal e onde, de cada lado, se abrem duas janelas com um gradeamento nitidamente mais antigo. Destaque, também, para os bonitos candeeiros em ferro forjado no típico modelo lisboeta muito em voga no século XIX que, neste caso, surgem encastrados nas fachadas, fazendo o enquadramento dos dois portais de entrada.
A entrada principal do palácio dá acesso a um amplo e elegante átrio que, por sua vez, se articula com a escadaria de ligação ao piso nobre onde, distribuídos pelos corredores se organizam os diversos e luminosos compartimentos. Em vários destes espaços subsiste uma decoração apurada ao estilo neoclássico ou rococó, sobressaindo os azulejos e as pinturas em estuque ou, ainda, os tetos em masseira pintados. Notável é ainda a manutenção das madeiras originais das molduras dos vãos interiores, nomeadamente portas, portadas e pavimentos.
Possui ainda este palácio uma singela capela com azulejos de padrão típicos do período pombalino.


História
Esta edificação, cujo o arquiteto é desconhecido, foi erguida logo após o grande sismo por iniciativa de um conhecido advogado da Corte, Tomé de Castro e Sequeira que, em 1757, tinha adquirido a propriedade na altura dividida em dois foros e onde se implantavam algumas edificações em mau estado de conservação (pardieiros), entretanto demolidas. O palácio ficou concluído em 1764 não sem antes ter sido vistoriado por Eugénio dos Santos de Carvalho, na altura arquiteto responsável pelas obras de recuperação de Lisboa.
Atualmente o edifício é utilizado para a realização de eventos possuindo, ainda, alguns espaços destinados a escritórios e realização de reuniões.

Maria Ramalho/DGPC/2020.
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPAqueduto das Águas Livres, seus aferentes e correlacionados (Concelhos de Lisboa, Amadora, Odivelas, Oeiras e Sintra)Campo dos Mártires da Pátria, também denominado «Campo Santana», incluindo as suas vizinhanças de interesse histórico, artístico ou pitoresco
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