Edifício na Travessa de São Carlos, 3 a 7 | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Edifício na Travessa de São Carlos, 3 a 7 | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | |||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Porto/Porto/Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Porto | ||||||||||||
Concelho | Porto | ||||||||||||
Freguesia | Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal | ||||||||||||
Cronologia | Aviso n.º 14421/2014, DR, 2.ª série, n.º 249, de 26-12-2014 (ver Aviso) Despacho de 26-11-2014 do Vereador da Cultura da CM do Porto a determinar a classificação como MIM, face à integridade conceptual que a casa apresenta, considerada testemunho representativo da casa burguesa oitocentista Aviso n.º 423/2014, DR, 2.ª série, n.º 6, de 9-01-2014 (ver Aviso) Boletim Municipal n.º 4049 de 26-11-2013 Despacho n.º I/221650/13, de 19 de dezembro, do Vereador da Cultura da CM do Porto a determinar a abertura do procedimento de classificação para IM Envio de cópia do processo à CM do Porto em 5-08-2013 Despacho de arquivamento de 31-07-2013 da diretora-geral da DGPC Proposta de 22-07-2013 da DRC do Norte para o arquivamento do procedimento de âmbito nacional, e o envio de cópia do processo à CM do Porto para a ponderação da classificação como de IM Requerimento de classificação de 20-05-2013, da proprietária (para o imóvel com os números 7 e 9) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel Situado numa zona um pouco afastada do centro da cidade que se estende a sul, e numa área que segue a expansão urbanística motivada pelo rasgar das ruas do Almada e Cedofeita ainda no séc. XVIII, o edifício da Travessa de S. Carlos segue a tipologia dos imóveis que o ladeiam, ou seja, um conjunto de construções típicas do séc. XIX constituídas por lotes retangulares e profundos com logradouro nas traseiras que serviria de horta ou quintal. Pelo que se observa atualmente o piso térreo deste imóvel não parece ter integrado o habitual espaço de loja tão comum a este tipo de edifícios habitualmente classificados como "casa burguesa do Porto", tratando-se, neste caso específico, de uma moradia unifamiliar. Composto por três pisos, o imóvel apresenta ainda uma cobertura com águas furtadas. A frontaria é totalmente revestida a azulejos de relevo amarelos e brancos, produzidos na famosa "Fábrica de Cerâmica das Devesas" de Vila Nova de Gaia, estabelecimento fundado na segunda metade do séc. XIX, mas que, infelizmente, se encontra hoje totalmente arruinado. No r/c o vão da porta encontra-se associado a duas janelas de peito situadas do lado esquerdo. O primeiro piso inclui o mesmo tipo de janelas, neste caso três, que ocupam praticamente todo o espaço disponível da fachada, algo habitual neste modelo arquitetónico. Segue-se um segundo piso marcado por três janelas de sacada e uma varanda corrida com guarda em ferro forjado. O terceiro piso, por sua vez, apresenta um pequeno balcão gradeado associado a uma janela de sacada central, sendo esta ladeada por duas de peito. É ainda de destacar as caixilharias de guilhotina sendo as do primeiro piso, ou piso nobre, as mais elaboradas. É ao nível dos espaços interiores que este edifício apresenta um particular interesse em termos patrimoniais, ostentando um programa decorativo inédito que abrange vários elementos construtivos, adquirindo assim uma expressão de "obra de arte total". Dentro do conjunto é de salientar os tetos trabalhados em estuque ostentando motivos florais e figuras humanas, bem como a pintura mural que, em alguns casos, surge datada de 1892. Os motivos vão desde o simples marmoreado à representação de personagens em trajos tradicionais ou paisagens, ocupando as pinturas diferentes espaços em redor da escadaria, assim como algumas dependências da casa. Marcam presença também os vitrais coloridos não só na cobertura do vão de escada, como em algumas bandeiras de portas. As próprias portas e portadas surgem também decoradas com requintados trabalhos de marcenaria e pintura. De facto, uma das caraterísticas deste edifício é o cuidado conferido ao tratamento dos elementos em madeira, destacando-se, entre eles, a elegante escadaria ou os lambris aplicados nos salões. História O imóvel da Travessa de São Carlos foi adaptado a estabelecimento hoteleiro, verificando-se, no entanto, que apesar das alterações que foram introduzidas, a intervenção arquitetónica foi capaz de preservar não só a compartimentação interior, como o programa decorativo, respeitando inclusivamente os elementos em madeira dos vãos, algo tantas vezes desprezado em ações de reabilitação. Maria Ramalho/DGPC/2021. | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 0 |
Palacete Vilar de Allen
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4150-081 Porto, Portugal
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