Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Cemitério dos Prazeres
Designação
DesignaçãoCemitério dos Prazeres
Outras Designações / PesquisasCemitério dos Prazeres (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Campo de Ourique
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Praceta São João BoscoLisboa Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.713866-9.170316
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaCampo de Ourique
Proteção
Situação ActualEm Vias de Classificação
Categoria de ProtecçãoEm Vias de Classificação (com Despacho de Abertura)
CronologiaEm 28-04-2017 foi solicitado parecer à CM de Lisboa
Despacho de concordância de 19-04-2014 da diretora-geral da DGPC
Proposta de 23-12-2016 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC para a classificação como CIP
Anúncio n.º 12/2016, DR, 2.ª série, n.º 12, de 19-01-2016 (ver Anúncio)
Despacho de 10-12-2015 do diretor-geral da DGPC a determinar a abertura do procedimento de classificação
Proposta de abertura de 25-11-2015 do Departamento dos Bens Culturais da DGPC
Proposta de abertura de 24-06-2005 da DR de Lisboa
Requerimento de classificação de 23-09-2003 de particular
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO181501
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
O Cemitério dos Prazeres está implantado no topo da encosta nascente do Vale de Alcântara, em Lisboa. O recinto, que ocupa hoje cerca de 12 hectares de terreno, desenvolve-se em leque a partir do núcleo inicial, uma área murada correspondente ao canto nordeste do atual recinto, ampliada até meados do século XX em duas fases sucessivas. Configura hoje um espaço regular e simétrico, com um eixo central que parte da entrada monumental traçada por Domingos Parente da Silva, dando acesso à praça central e à capela. É constituído quase exclusivamente por jazigos particulares, distribuídos por uma mancha verde que inclui a mais extensa e antiga concentração de ciprestes da Península Ibérica, contribuindo para a conservação do contexto romântico de filiação francesa que presidiu à delineação do cemitério oitocentista. A sua inspiração nos modelos franceses, e particularmente no cemitério parisiense do Père-Lachaise, ressalta também da proporção do uso da escultura funerária, da qual reúne os mais significativos núcleos da segunda metade do século XIX e primeiras décadas do século XX, e do grande impacto arquitetónico dos jazigos-capela, de traça neogótica ou emulando um templo clássico. O expoente máximo desta tendência é o jazigo da família do Duque de Palmela (1849), o maior mausoléu privado da Europa, revelador também da influência dos ideais maçónicos, outra linha de força da simbólica funerária dos Prazeres, última morada de eleição da burguesia do século XIX. Naturalmente, com as composições mais eruditas coexistem soluções estilisticamente híbridas e originalidades pitorescas, bem como formas não-habitacionais (pedestal, coluna, pilastra, obelisco, pirâmide, urna ou cruz).
Alguns jazigos destacam-se pela monumentalidade, como os do Conde de Burnay (Ernesto Korrodi), de António Augusto Carvalho Monteiro (Luigi Manini) ou da família Valle Flor (José Christiano da Costa), entre outros. No campo da arquitetura também aqui projetaram jazigos nomes como os de Adães Bermudes, Chambers Ramos, Domingos Parente, Keil do Amaral, Giuseppe Cinatti, Cottinelli Telmo, Luís Cristino da Silva, Nicola Bigaglia, Pardal Monteiro ou Raul Lino.
São igualmente muitos os exemplares escultóricos dignos de realce, incluindo obras dos irmãos Teixeira Lopes, Francisco dos Santos, João Fonseca, Simões de Almeida (tio), Simões de Almeida (sobrinho), Costa Mota (sobrinho), Vítor Bastos, Leopoldo de Almeida, Anjos Teixeira ou João Cutileiro. Mas as construções funerárias dos Prazeres são ainda um mostruário da sociedade, da cultura, das mentalidades, do urbanismo e da heráldica portuguesa em variadas épocas, constituindo verdadeiros arquivos ao ar livre.
História
Os primeiros enterramentos conhecidos no local datarão pelo menos de 1590, quando os terrenos, junto a uma ermida de remota fundação dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres, serviram de cemitério aquando de uma epidemia de peste. Nas mesmas terras se construiu em 1833 um cemitério provisório, destinado a enterrar os mortos da epidemia de cólera que então assolou o país. O cemitério foi considerado público e permanente em 1834, sendo ainda servido pela antiga ermida, que apenas seria substituída pela atual na década de 1860, e constitui hoje o maior e mais importante cemitério romântico do país, e um dos mais relevantes a nível mundial, quer no que respeita ao valor patrimonial dos monumentos funerários, quer no que toca à dimensão histórica e social das personagens sepultadas, que inclui uma larga lista de políticos, intelectuais, artistas e figuras destacadas na sociedade até aos nossos dias.
Na Capela dos Prazeres, onde se localiza a primeira sala de autópsias fora do Instituto de Medicina Legal, está instalado, desde 2001, o Núcleo Museológico, único do género no país, conservando um espólio composto por antigos livros de registos dos cemitérios e interessantes peças de época provenientes de jazigos abandonados.
Sílvia Leite
DGPC
2015
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens48
Nº de Bibliografias0

IMAGENS

Cemitério dos Prazeres - Planta com a delimitação e a ZGP em vigor

Cemitério dos Prazeres

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