Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Complexo Arqueológico dos Perdigões
Designação
DesignaçãoComplexo Arqueológico dos Perdigões
Outras Designações / PesquisasComplexo Arqueológico dos Perdigões / Cromeleque dos Perdigões (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaÉvora/Reguengos de Monsaraz/Reguengos de Monsaraz
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Herdade dos Perdigões, EN 255, Reguengos de Monsaraz-Alandroal- Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
38.440694-7.547808
DistritoÉvora
ConcelhoReguengos de Monsaraz
FreguesiaReguengos de Monsaraz
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MN - Monumento Nacional
CronologiaPortaria n.º 183/2019, DR, 2.ª série, n.º 42, de 28-02-2019 (fixou as restrições) (ver Portaria)
Decreto n.º 2/2019, DR, 1.ª série, n.º 19, de 28-01-2019 (classificou como SIN com a designação de MN) (ver Decreto)
Classificação aprovada no Conselho de Ministros de 10-01-2019
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 11-05-2018 da diretora-geral da DGPC
Anúncio n.º 94/2017, DR, 2.ª série, n.º 122, de 27-06-2017 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 20-01-2017 da diretora-geral da DGPC
Parecer de 13-12-2016 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a concordar com a classificação como SIN/MN e a propor a alteração das restrições a fixar
Proposta de 16-11-2015 da DRC do Alentejo para a classificação como SIN / MN
Em 7-08-2015 a DRC do Alentejo solicitou à CM de Reguengos de Monsaraz que emitisse parecer sobre a proposta a enviar à DGPC
Anúncio n.º 84/2013, DR, 2.ª série, n.º 44, de 4-03-2013 (ver Anúncio)
Despacho de abertura de 16-06-2011 do diretor do IGESPAR, I.P.
Proposta de 26-05-2011 da DRC do Alentejo, mantendo a proposta anterior
Devolvido à DRC do Alentejo em 12-05-2011 para analisar a possibilidade de integrar (ampliando) a classificação dos Seis Menires da Herdade dos Perdições
Proposta de 15-04-2011 da DRC do Alentejo para a abertura de procedimento de classificação com a nova delimitação
Em 16-10-2009 a ERA enviou informação actualizada sobre o sítio
Em 23-01-2003 o IPPA concordou com a classificação como MN mas com a alteração da delimitação
Despacho de abertura de 16-07-2002 do vice-presidente do IPPAR
Informação favorável de 12-07-2002 da DR de Évora
Proposta de 20-03-2002 da ERA para a abertura de procedimento de classificação
ZEPPortaria n.º 183/2019, DR, 2.ª série, n.º 42, de 28-02-2019 (com ASA) (ver Portaria)
Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 11-05-2018 da diretora-geral da DGPC
Anúncio n.º 94/2017, DR, 2.ª série, n.º 122, de 27-06-2017 (ver Anúncio)
Despacho de concordância de 20-01-2017 da diretora-geral da DGPC
Parecer de 13-12-2016 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a concordar com a delimitação e a propor a alteração das restrições a fixar
Proposta de 16-11-2015 da DRC do Alentejo
Em 7-08-2015 a DRC do Alentejo solicitou à CM de Reguengos de Monsaraz que emitisse parecer sobre a proposta a enviar à DGPC
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMESítio
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaSítio
O sítio dos Perdigões localiza-se a cerca de 2 km a nordeste de Reguengos de Monsaraz, na extremidade oeste do vale da ribeira do Álamo, na vertente de uma elevação aberta sobre a planície megalítica de Reguengos, e tendo como horizonte visual a elevação de Monsaraz a nascente. Este sítio abrange uma área de cerca de 16 hectares, estando a maioria integrados na Herdade dos Perdigões. Este grande sítio arqueológico compreende um complexo sistema de fossos, áreas multifuncionais, incluindo habitacionais, uma necrópole com várias estruturas / espaços sepulcrais e um recinto megalítico (CNS 14573), situado a Este, na transição do anfiteatro natural para a planura do vale do Álamo.
Os diversos trabalhos de prospeção geofísica e de escavações arqueológicas realizados permitiriam documentar um conjunto de estruturas escavadas no substrato geológico tipo fosso com plantas diversificadas (três sinuosas, sete lineares e uma paliçada), que delimitam áreas amplas, apresentando uma longa diacronia de construção, utilização e abandono.
Para além deste amplo sistema de fossos, identificaram-se várias estruturas tipo silo / fossas, áreas residenciais, estruturas de combustão, vários monumentos funerários subterrâneos ou semi-subterrâneos, com câmara e corredor ortostático e múltiplas áreas com enterramentos humanos, bem como um amplo e diversificado conjunto de materiais arqueológicos (artefactos de pedra polida e lacada, artefactos em osso, recipientes cerâmicos, vestígios faunísticos), que permitem documentar a instalação de comunidades neste local ao longo de uma ampla diacronia, entre meados do 4º e durante o 3º milénio a.C. (3500 - 2000 a. C.).
O sítio dos Perdigões corresponde a um destacado centro habitacional, social, cultural e simbólico do Alentejo Central, estruturando uma ampla rede de espaços habitacionais e funerários / rituais com diferentes dimensões e características. Os distintos elementos arquitetónicos e a presença de múltiplos materiais simbólicos e de prestígio, alguns dos quais com origens exógenas (artefactos em mármore e calcário, elementos de adorno elaborados em diferentes tipos de pedra verde, âmbar e ouro, sílex, marfim, algumas produções cerâmicas e elementos conquíferos estuarinos e marítimos, entre outros), evidencia uma crescente complexidade das comunidades locais dos Perdigões e a sua interação com diferentes territórios peninsulares, mediterrâneos e da Europa atlântica.

História
Este sítio é identificado, com a descoberta do cromeleque, na década de oitenta do século XX por Mário Varela Gomes, que realiza alguns trabalhos de escavação na área do povoado. No final da década de 90, devido aos efeitos negativos de intensos trabalhos agrícolas para a plantação de vinha, o sítio teve várias intervenções de salvaguarda arqueológica realizadas pela empresa Era-Arqueologia, que permitiram recolher uma grande quantidade de dados e confirmar o grande potencial arqueológico desta área. No despontar do século XXI, desenvolveu-se um amplo projeto de investigação centrado no sítio dos Perdigões e dinamizado por António Valera, com grande destaque no estudo da Pré-história recente do sul peninsular e com uma significativa projeção internacional.

C. Costeira/DGPC/2019.
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens17
Nº de Bibliografias7

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Povoado Pré-Histórico dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz). Relatório Final dos Trabalhos de Salvamento ArqueológicoSILVA, Miguel Lago daEdição
Povoado pré-histórico dos PerdigõesSILVA, Miguel Lago daEdição
Os Perdigões neolíticos . Génese e desenvolvimento (de meados do 4º aos inícios do 3º milénio a. C.)VALERA, António Carlos Neves deEdição2018Lisboa
Povoado dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz): dados preliminares dos trabalhos arqueológicos realizados em 1997, 1:1, p. 45-152.SILVA, Miguel Lago daEdição1998Lisboa
Ídolos falange, cervídeos e equídeos.Dados e problemas a partir dos Perdigões. In Apontamentos de Arqueologia e Património.VALERA, António Carlos Neves deEdição2015Lisboa
TOMB 3 Perdigões Prehistoric enclosure (Reguengos de Monsaraz, Portugal): first anthropological results. In Apontamentos Arqueologia e HistóriaSILVA, Ana MariaEdição2013Lisboa
TOMB 3 Perdigões Prehistoric enclosure (Reguengos de Monsaraz, Portugal): first anthropological results. In Apontamentos Arqueologia e HistóriaEVANGELISTA Lucy ShawEdição2013Lisboa
Povoado Pré-Histórico dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz). Relatório Final dos Trabalhos de Salvamento ArqueológicoObra

IMAGENS

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Planta com a delimitação e a proposta de ZEP (a ZEP só entra em vigor se a portaria for publicada no DR)

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Planta anexa ao decreto de classificação como SIN/MN, com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Planta anexa à portaria de fixação das restrições do MN e de fixação da ZEP, com a delimitação, a ZEP e as ASA em vigor

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Menires

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Linhas de fosso

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Câmara funerária do sepulcro

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Sepulcro

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Planta com a delimitação e ZP em vigor

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Sepulcro 4. Estrutura de tipo tholos, com uma utilização de deposições secundárias da segunda metade do 3º milénio a.C. António Valera, 2018.

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Imagem aérea. IPPAR,1996.

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Sepulcro 1: Estrutura de tipo pseudo-tholos, com deposições secundárias (NMI = 103) datado da primeira metade do 3º milénio a.C. Miguel Lago, 2000.

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Infraestruturas negativas de arquitecturas em madeira: corredor de acesso a fossa com deposições de cremações humanas e parte de um círculo de duas valas paralelas e sequência interna de grandes postes, que pode configurar um timber circle precisamente no centro dos recintos. De cronologia calcolítica. António Valera, 2018.

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Sepulcro 2. Estrutura de tipo pseudo-tholos, com deposições secundárias, datadas da primeira metade e meados do 3º milénio a.C. António Valera, 2003.

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Secção no Fosso 7, de cronologia Calcolítica. Apresenta 3 metros de profundidade por 4 metros na boca, tendo perfil em V. António Valera, 2015.

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Magnetograma.Helmut Becker. 2010.

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Cabana 2, Sector Q (área central dos recintos). Estrutura calcolítica. Base em pedra e paredes elevadas em terra. António Valera, 2016.

Complexo Arqueológico dos Perdigões - Cabana 1, Sector Q (área central dos recintos). Estrutura semicircular calcolítica, com ampla abertura a Este, reproduzindo a visibilidade do anfiteatro natural onde se localizam os Perdigões. Junto estão várias fossas anteriores e posteriores. Foto António Valera, 2014.

MAPA

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