Complexo Arqueológico dos Perdigões | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Complexo Arqueológico dos Perdigões | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Complexo Arqueológico dos Perdigões / Cromeleque dos Perdigões (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Évora/Reguengos de Monsaraz/Reguengos de Monsaraz | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Évora | ||||||||||||
Concelho | Reguengos de Monsaraz | ||||||||||||
Freguesia | Reguengos de Monsaraz | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como MN - Monumento Nacional | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 183/2019, DR, 2.ª série, n.º 42, de 28-02-2019 (fixou as restrições) (ver Portaria) Decreto n.º 2/2019, DR, 1.ª série, n.º 19, de 28-01-2019 (classificou como SIN com a designação de MN) (ver Decreto) Classificação aprovada no Conselho de Ministros de 10-01-2019 Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 11-05-2018 da diretora-geral da DGPC Anúncio n.º 94/2017, DR, 2.ª série, n.º 122, de 27-06-2017 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 20-01-2017 da diretora-geral da DGPC Parecer de 13-12-2016 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a concordar com a classificação como SIN/MN e a propor a alteração das restrições a fixar Proposta de 16-11-2015 da DRC do Alentejo para a classificação como SIN / MN Em 7-08-2015 a DRC do Alentejo solicitou à CM de Reguengos de Monsaraz que emitisse parecer sobre a proposta a enviar à DGPC Anúncio n.º 84/2013, DR, 2.ª série, n.º 44, de 4-03-2013 (ver Anúncio) Despacho de abertura de 16-06-2011 do diretor do IGESPAR, I.P. Proposta de 26-05-2011 da DRC do Alentejo, mantendo a proposta anterior Devolvido à DRC do Alentejo em 12-05-2011 para analisar a possibilidade de integrar (ampliando) a classificação dos Seis Menires da Herdade dos Perdições Proposta de 15-04-2011 da DRC do Alentejo para a abertura de procedimento de classificação com a nova delimitação Em 16-10-2009 a ERA enviou informação actualizada sobre o sítio Em 23-01-2003 o IPPA concordou com a classificação como MN mas com a alteração da delimitação Despacho de abertura de 16-07-2002 do vice-presidente do IPPAR Informação favorável de 12-07-2002 da DR de Évora Proposta de 20-03-2002 da ERA para a abertura de procedimento de classificação | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 183/2019, DR, 2.ª série, n.º 42, de 28-02-2019 (com ASA) (ver Portaria) Relatório final do procedimento aprovado por despacho de 11-05-2018 da diretora-geral da DGPC Anúncio n.º 94/2017, DR, 2.ª série, n.º 122, de 27-06-2017 (ver Anúncio) Despacho de concordância de 20-01-2017 da diretora-geral da DGPC Parecer de 13-12-2016 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura a concordar com a delimitação e a propor a alteração das restrições a fixar Proposta de 16-11-2015 da DRC do Alentejo Em 7-08-2015 a DRC do Alentejo solicitou à CM de Reguengos de Monsaraz que emitisse parecer sobre a proposta a enviar à DGPC | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Sítio | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Sítio O sítio dos Perdigões localiza-se a cerca de 2 km a nordeste de Reguengos de Monsaraz, na extremidade oeste do vale da ribeira do Álamo, na vertente de uma elevação aberta sobre a planície megalítica de Reguengos, e tendo como horizonte visual a elevação de Monsaraz a nascente. Este sítio abrange uma área de cerca de 16 hectares, estando a maioria integrados na Herdade dos Perdigões. Este grande sítio arqueológico compreende um complexo sistema de fossos, áreas multifuncionais, incluindo habitacionais, uma necrópole com várias estruturas / espaços sepulcrais e um recinto megalítico (CNS 14573), situado a Este, na transição do anfiteatro natural para a planura do vale do Álamo. Os diversos trabalhos de prospeção geofísica e de escavações arqueológicas realizados permitiriam documentar um conjunto de estruturas escavadas no substrato geológico tipo fosso com plantas diversificadas (três sinuosas, sete lineares e uma paliçada), que delimitam áreas amplas, apresentando uma longa diacronia de construção, utilização e abandono. Para além deste amplo sistema de fossos, identificaram-se várias estruturas tipo silo / fossas, áreas residenciais, estruturas de combustão, vários monumentos funerários subterrâneos ou semi-subterrâneos, com câmara e corredor ortostático e múltiplas áreas com enterramentos humanos, bem como um amplo e diversificado conjunto de materiais arqueológicos (artefactos de pedra polida e lacada, artefactos em osso, recipientes cerâmicos, vestígios faunísticos), que permitem documentar a instalação de comunidades neste local ao longo de uma ampla diacronia, entre meados do 4º e durante o 3º milénio a.C. (3500 - 2000 a. C.). O sítio dos Perdigões corresponde a um destacado centro habitacional, social, cultural e simbólico do Alentejo Central, estruturando uma ampla rede de espaços habitacionais e funerários / rituais com diferentes dimensões e características. Os distintos elementos arquitetónicos e a presença de múltiplos materiais simbólicos e de prestígio, alguns dos quais com origens exógenas (artefactos em mármore e calcário, elementos de adorno elaborados em diferentes tipos de pedra verde, âmbar e ouro, sílex, marfim, algumas produções cerâmicas e elementos conquíferos estuarinos e marítimos, entre outros), evidencia uma crescente complexidade das comunidades locais dos Perdigões e a sua interação com diferentes territórios peninsulares, mediterrâneos e da Europa atlântica. História Este sítio é identificado, com a descoberta do cromeleque, na década de oitenta do século XX por Mário Varela Gomes, que realiza alguns trabalhos de escavação na área do povoado. No final da década de 90, devido aos efeitos negativos de intensos trabalhos agrícolas para a plantação de vinha, o sítio teve várias intervenções de salvaguarda arqueológica realizadas pela empresa Era-Arqueologia, que permitiram recolher uma grande quantidade de dados e confirmar o grande potencial arqueológico desta área. No despontar do século XXI, desenvolveu-se um amplo projeto de investigação centrado no sítio dos Perdigões e dinamizado por António Valera, com grande destaque no estudo da Pré-história recente do sul peninsular e com uma significativa projeção internacional. C. Costeira/DGPC/2019. | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 17 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 7 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Povoado Pré-Histórico dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz). Relatório Final dos Trabalhos de Salvamento Arqueológico | SILVA, Miguel Lago da | Edição | |||
Povoado pré-histórico dos Perdigões | SILVA, Miguel Lago da | Edição | |||
Os Perdigões neolíticos . Génese e desenvolvimento (de meados do 4º aos inícios do 3º milénio a. C.) | VALERA, António Carlos Neves de | Edição | 2018 | Lisboa | |
Povoado dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz): dados preliminares dos trabalhos arqueológicos realizados em 1997, 1:1, p. 45-152. | SILVA, Miguel Lago da | Edição | 1998 | Lisboa | |
Ídolos falange, cervídeos e equídeos.Dados e problemas a partir dos Perdigões. In Apontamentos de Arqueologia e Património. | VALERA, António Carlos Neves de | Edição | 2015 | Lisboa | |
TOMB 3 Perdigões Prehistoric enclosure (Reguengos de Monsaraz, Portugal): first anthropological results. In Apontamentos Arqueologia e História | SILVA, Ana Maria | Edição | 2013 | Lisboa | |
TOMB 3 Perdigões Prehistoric enclosure (Reguengos de Monsaraz, Portugal): first anthropological results. In Apontamentos Arqueologia e História | EVANGELISTA Lucy Shaw | Edição | 2013 | Lisboa | |
Povoado Pré-Histórico dos Perdigões (Reguengos de Monsaraz). Relatório Final dos Trabalhos de Salvamento Arqueológico | Obra |
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Planta com a delimitação e a proposta de ZEP (a ZEP só entra em vigor se a portaria for publicada no DR)
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Planta anexa ao decreto de classificação como SIN/MN, com a delimitação e a ZGP que esteve em vigor até ser fixada a ZEP
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Planta anexa à portaria de fixação das restrições do MN e de fixação da ZEP, com a delimitação, a ZEP e as ASA em vigor
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Menires
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Linhas de fosso
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Câmara funerária do sepulcro
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Sepulcro
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Planta com a delimitação e ZP em vigor
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Sepulcro 4. Estrutura de tipo tholos, com uma utilização de deposições secundárias da segunda metade do 3º milénio a.C. António Valera, 2018.
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Imagem aérea. IPPAR,1996.
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Sepulcro 1: Estrutura de tipo pseudo-tholos, com deposições secundárias (NMI = 103) datado da primeira metade do 3º milénio a.C. Miguel Lago, 2000.
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Infraestruturas negativas de arquitecturas em madeira: corredor de acesso a fossa com deposições de cremações humanas e parte de um círculo de duas valas paralelas e sequência interna de grandes postes, que pode configurar um timber circle precisamente no centro dos recintos. De cronologia calcolítica. António Valera, 2018.
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Sepulcro 2. Estrutura de tipo pseudo-tholos, com deposições secundárias, datadas da primeira metade e meados do 3º milénio a.C. António Valera, 2003.
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Secção no Fosso 7, de cronologia Calcolítica. Apresenta 3 metros de profundidade por 4 metros na boca, tendo perfil em V. António Valera, 2015.
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Magnetograma.Helmut Becker. 2010.
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Cabana 2, Sector Q (área central dos recintos). Estrutura calcolítica. Base em pedra e paredes elevadas em terra. António Valera, 2016.
Complexo Arqueológico dos Perdigões - Cabana 1, Sector Q (área central dos recintos). Estrutura semicircular calcolítica, com ampla abertura a Este, reproduzindo a visibilidade do anfiteatro natural onde se localizam os Perdigões. Junto estão várias fossas anteriores e posteriores. Foto António Valera, 2014.