Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Monóptero de São Gonçalo
Designação
DesignaçãoMonóptero de São Gonçalo
Outras Designações / PesquisasMonóptero de São Gonçalo (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Religiosa / Monóptero
TipologiaMonóptero
CategoriaArquitectura Religiosa
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaBragança/Mogadouro/Penas Roias
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Quinta Nova Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
41.365982-6.652506
DistritoBragança
ConcelhoMogadouro
FreguesiaPenas Roias
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 647/2012, DR, de 2.ª série, n.º 212, de 2-11-2012 (ver Portaria)
Anúncio n.º 5711/2012, DR, 2.ª série, n.º 53, de 14-03-2012 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 5-12-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Nova proposta de 18-04-2011 da DRC do Norte para a classificação como MIP
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Proposta de 29-06-2001 da DR do Porto para a classificação como IIP
Despacho de abertura de 31-08-1993 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de abertura de 26-08-1993 da DR do Porto
Proposta de classificação de 21-06-1993, de particular
ZEPPortaria n.º 647/2012, DR, de 2.ª série, n.º 212, de 2-11-2012 (sem restrições) (ver Portaria)
Anúncio n.º 5711/2012, DR, 2.ª série, n.º 53, de 14-03-2012 (ver Anúncio)
Parecer favorável de 5-12-2011 da SPAA do Conselho Nacional de Cultura
Proposta de 18-04-2011 da DRC do Norte
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaNo local onde hoje se ergue o Monóptero de São Gonçalo existiu, outrora, uma ermida com a mesma invocação. Fundada cerca de 1571, na Quinta Nova, propriedade dos Távoras, este templo encontrava-se já bastante arruinado em 1720. Na realidade, a descrição que o padre Agostinho Dias da Silva fez da ermida revela-nos que, nessa data, apenas subsistia a capela-mor, transformada em espaço para recolha de gado. Todavia, o referido padre informa-nos que, nesse mesmo local, havia sido erguida, a expensas da população, uma outra construção para albergar a imagem de São Gonçalo, em alabastro. Ou seja, esta nova arquitectura corresponde ao monóptero que hoje conhecemos, e cuja edificação deverá situar-se, sensivelmente, nesta época.
Nesta medida, o monóptero assinalava um lugar santo, tal como a "cruz assinalava as cabeceiras das igrejas paroquiais abandonadas" (RODRIGUES, 2001, p. 413). Todavia, a sua configuração parece encerrar um significado bem mais complexo, que o recente estudo de Luís Alexandre Rodrigues procurou esclarecer.
Assim, a planta circular, as colunas com fustes pseudo-salomónicos, os capitéis jónicos e a balaustrada que se lhe sobrepõe, convergem para a materialização de uma arquitectura híbrida, mas fortemente actualizada em relação à linguagem barroca de origem italiana, com citações clássicas, (utilizada em Santa Engrácia ou na igreja do Loreto, em Lisboa) (RODRIGUES, 2001, p. 413).
Por outro lado, a configuração do monóptero não deixa de recordar o templo de Jerusalém, facto que pode ser associado à Ordem de Cristo, que tanta influência teve nesta região. De facto, na época posterior ao Concílio de Trento, a questão do Templo de Salomão como ideia de perfeição, foi retomada, a diversos níveis. Reflexo desta situação é a importância conferida à planta circular, que teve um impacto decisivo na preferência pela composição centralizada dos sacrários, num período em que o sacramento da Eucaristia e a devoção ao Santíssimo conheceu um impulso fortíssimo. Paralelamente, e na península Ibérica, as obras dos jesuítas Jerónimo do Prado e João Baptista Villalpando e, posteriormente, de Caramuel de Lebkowitz, retomaram a ideia de reconstrução do templo de Salomão e a representação do novo Santo Sepulcro, ou Templum Domini. (RODRIGUES, 2001, pp. 418-420).
Se, até agora, não foi ainda possível estabelecer uma linha de continuidade entre estas questões e o monóptero de São Gonçalo, parece-nos que a sua edificação não se deverá afastar deste quadro de leituras iconográficas, pois só assim seria possível justificar e compreender a sua arquitectura, quase única no país e bastante estranha a esta região.
Rosário Carvalho
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens7
Nº de Bibliografias2

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Documentos varios para a Historia Ecclesiastica do Bispado de MirandaMATTOS, Jozé Botelho deEdição1896
"O monóptero de S. Gonçalo: uma proposta de leitura", Actas do II Congresso Internacional do Barroco, Porto, Departamento de Ciências e Técnicas do Património, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, pp. 411-421.RODRIGUES, Luís AlexandreEdição2001Porto

IMAGENS

Monóptero de São Gonçalo - Planta com a localização e a ZEP em vigor

Monóptero de São Gonçalo - Vista geral

Monóptero de São Gonçalo - Embasamento das colunas e degraus

Monóptero de São Gonçalo - Vista geral

Monóptero de São Gonçalo - Cobertura

Monóptero de São Gonçalo - Vista geral

Monóptero de São Gonçalo - Vista geral

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