Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Ponte D. Zameiro e Azenhas
Designação
DesignaçãoPonte D. Zameiro e Azenhas
Outras Designações / PesquisasPonte dAve / Ponte D. Zameiro (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArquitectura Civil / Ponte
TipologiaPonte
CategoriaArquitectura Civil
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaPorto/Vila do Conde/Macieira da Maia
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Vilarinho Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoPorto
ConcelhoVila do Conde
FreguesiaMacieira da Maia
Proteção
Situação ActualProcedimento caducado - sem protecção legal
Categoria de ProtecçãoNão aplicável
Cronologia(Ver ficha do Complexo Molinológico de Ponte d'Ave)
Procedimento caducado nos termos do artigo 78.º do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, N.º 206 de 23-10-2009 (ver Diploma) , alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251, de 28-12-2012 (ver Diploma)
Procedimento prorrogado até 31-12-2012 pelo Decreto-Lei n.º 115/2011, DR, 1.ª série, n.º 232, de 5-12-2011 (ver Diploma)
Declaração de rectificação n.º 1884/2011, DR, 2.ª série, n.º 234, de 7-12-2011 (rectificou a data e o autor do despacho de abertura e publicou nova planta, pois a anterior dizia respeito à proposta de ZEP e não à ZP em vigor) (ver Declaração)
Anúncio n.º 16894/2011, DR, 2.ª série, n.º 220, de 16-11-2011 (ver Anúncio)
Procedimento prorrogado pelo Despacho n.º 19338/2010, DR, 2.ª série, n.º 252, de 30-12-2010 (ver Despacho)
Despacho de abertura de 13-11-1996 do vice-presidente do IPPAR
Proposta de 12-11-1996 da DR do Porto para a abertura da instrução do processo de classificação
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaA ponte de D. Zameiro é uma das várias estruturas de passagem que existiram sobre o rio Ave ao longo da História. A sua origem deve buscar-se à época romana, apesar de a configuração actual não possuir qualquer indício de uma cronologia tão recuada. Nessa altura, a ponte era parte integrante da Via Veteris (designada, na Idade Média, por Karraria Antiqua), uma estrada que, partindo do Porto, ligava à Maia e a Rates, passando o rio Ave na ponte de D. Zameiro e o rio Este na ponte dos Arcos.
A ponte que actualmente existe é o produto de uma (re)construção da época medieval, com grande probabilidade executada no século XII, uma vez que o testamento de D. Fernando Martins, de 1185, já a refere, e outras indicações da primeira metade do século XIII confirmam a sua existência.
É uma estrutura de apreciáveis dimensões mas heterogénea, composta por oito arcos de volta perfeita, assimétricos entre si, existindo alguns de vão mais amplo, cujo ponto de maior elevação é imediatamente abaixo do tabuleiro, e outros de menores dimensões, sobressaindo a sua abertura pouco acima do leito do rio. Entre eles, existem talhamares a montante, de perfil triangular, e talhantes a jusante, de secção quadrangular, elementos que desviam o curso das águas e reforçam os pontos de apoio da ponte. O aparelho é regular e revelador de uma relativa qualidade construtiva, dispondo-se em fiadas horizontais, ainda que os silhares apresentem grandes diferenças entre si. As aduelas dos arcos, pelo contrário, são bastante homogéneas, de desenho fino e comprido, sendo mais um elemento que comprova a qualidade da obra medieval.
O tabuleiro é ligeiramente rampante, mas dominado pela horizontalidade, facto que pode ter explicação na sua ascendência romana, que tão claramente se afasta dos típicos duplos cavaletes das pontes medievais. É protegido por guardas em cantaria, de silhares mais regulares que os do enchimento, tendo o pavimento original sido substituído aquando do recente restauro.
Apesar das obras de consolidação e de desobstrução de arvoredo efectuadas na década de 90 do século XX, em 2001 deu-se a derrocada de um dos arcos, o que obrigou a uma intervenção mais profunda. Os trabalhos então executados foram praticamente integrais, reforçando-se todas as juntas do aparelho com cimento, aplicando-se uma manta de asfalto sobre o pavimento e reconstruindo-se a parte do arco em falta. Em Outubro de 2003, findo o restauro, foi possível verificar a radicalidade da intervenção, que "mascarou" o monumento com uma capa de modernidade.
Ao longo dos tempos, esta secção do rio Ave foi densamente ocupada e explorada pelas populações, instalando-se, nas suas margens, diversos equipamentos, de que são exemplo um açude, duas azenhas e um moinho. Estes imóveis, cuja laboração aproveitava a existência da ponte para permitir a passagem de pessoas e de bens, são de construção popular e utilitária (por isso, mais vulneráveis à erosão do tempo), mas a sua conservação impõe-se como testemunho de um outro tempo, em que o rio foi fonte de rendimento e de sobrevivência, de atracção e de fixação das populações que humanizaram esta paisagem.
PAF
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias3

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
O Minho PittorescoVIEIRA, José AugustoEdição1887Lisboa
Vila do Conde e o seu Alfoz - Origens e MonumentosFERREIRA, AugustoEdição1923Porto
Vila do CondeNEVES, Joaquim PachecoEdição1991Vila do Conde

IMAGENS

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