Casa e Quinta de Vilar D'Allen | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Casa e Quinta de Vilar D'Allen | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Casa e Quinta de Villar dAllen (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | Arquitectura Civil / Quinta | ||||||||||||
Tipologia | Quinta | ||||||||||||
Categoria | Arquitectura Civil | ||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Porto/Porto/Campanhã | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Porto | ||||||||||||
Concelho | Porto | ||||||||||||
Freguesia | Campanhã | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Classificado | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público | ||||||||||||
Cronologia | Portaria n.º 64/2010, DR, 2.ª série, n.º 12, de 19-01-2010 (ver Portaria) Despacho de homologação de 3-10-2005 da Ministra da Cultura Parecer de 7-06-2005 do Conselho Consultivo do IPPAR Despacho de abertura de 19-08-1996 do vice-presidente do IPPAR Proposta de 9-07-1996 da CM do Porto | ||||||||||||
ZEP | Portaria n.º 64/2010, DR, 2.ª série, n.º 12, de 19-01-2010 (sem restrições) (ver Portaria) Despacho de homologação de 3-10-2005 da Ministra da Cultura Parecer de 17-06-2005 do Conselho Consultivo do IPPAR Proposta de 3-08-2001 da DR do Porto | ||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 9914630 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | João Allen, ou mais precisamente Jonh Francis Allen, descendente de uma distinta família inglesa, viveu na cidade do Porto no decorrer da primeira metade do século XIX, mantendo estreitas ligações à produção e comércio de Vinho do Porto. Grande coleccionador e homem ligado às artes, João Allen era o proprietário do Museu Allen (cujo acervo foi depois integrado no Museu Municipal) na Rua da Restauração. As importantes acções na Guerra Peninsular, em que participou como voluntário, valeram-lhe a distinção de Cavaleiro da Ordem da Torre e Espada, concedida por D. João VI. Em 1839 começou a construir a Casa de Villar d'Allen, como residência de verão, e a respectiva quinta, que foi crescendo progressivamente através da aquisição do Monte da Fonte Pedrinha, e da Quinta da Arcaria à Santa Casa da Misericórdia do Porto nesse mesmo ano, da Quinta de Vila Verde em 1869, ou da Quinta da Vessada em 1873. No portão da quinta observa-se um pequeno brasão em ferro com a representação heráldica dos Allen, família que ainda hoje é sua proprietária. Assim, a Casa de Villar d'Allen, exemplo de arquitectura romântica e de certo pendor revivalista, resulta da recuperação e remodelação da casa da Quinta da Arcaria, à qual foram acrescentados dois corpos a Nascente e a Poente, soterrando a fábrica de curtumes anexa à fachada Norte, esta última rematada com dois torreões, com merlões e seteiras. De planta rectangular, que articula três pisos ao nível do alçado posterior e dois no principal, a casa apresenta um corpo envidraçado a sul que lhe acentua o carácter alongado. As platibandas recortadas que rematam as paredes, juntamente com os merlões e as seteiras, conferem unidade às linhas superiores da fachada. O alçado posterior abre-se para o jardim de formas geométricas, conservado da quinta anterior, e que apresenta buxos e alegretes em granito, com um lago redondo e repuxo, ao centro. A Norte, o aterro cria uma zona individualizada, cercada por um pequeno bosque, onde Alfredo Allen, filho de João Allen e Visconde de Villar d'Allen, introduziu na propriedade, e em Portugal, alguns exemplares de plantas e arbustos exóticos, entre os quais se destacam as famosas camélias de Villar d'Allen. Este tratamento paisagista tem vindo a ser considerado como um dos primeiros no nosso país que segue a tipologia dos jardins paisagistas e pituresques que procuram reproduzir a espontaneidade da natureza; sendo, muito possivelmente, inspirado nos livros trazidos de Londres e que ainda hoje integram o espólio da biblioteca de Villar d'Allen, entre os quais se destacam William Kent e Capability Brown. Nos jardins surgem, amiúde, pedras trabalhadas e falsas ruínas, entre as quais se destacam os fogaréus e os "cestos de fruta" atribuídos a Nicolau Nasoni e muito possivelmente provenientes do vizinho Palácio do Freixo, concebido por este arquitecto. No interior, destaque para os estuques da sala de estar principal (com representações de figuras históricas e mitológicas) e para a denominada "Sala das Estátuas", de planta rectangular com cantos arredondados em cujos nichos se expõem figuras em gesso representando as quatro estações do ano. Uma última referência para a interessante colecção de retratos da família Allen, que tem início em Geoges Allen (1698-1772) e termina em Alfredo Ayres de Gouveia Allen (1900-1975), sendo as mais antigas pinturas atribuídas a Mercier. Rosário Carvalho | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 6 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 1 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Inventário Artístico de Portugal: Cidade do Porto | QUARESMA, Maria Clementina de Carvalho | Edição | 1995 | Lisboa |
Casa e Quinta de Vilar D'Allen - Jardim: ponte
Casa e Quinta de Vilar D'Allen - Jardim: vista parcial da casa
Casa e Quinta de Vilar D'Allen - Jardim: fonte
Casa e Quinta de Vilar D'Allen - Jardim: tanque e fachada da casa
Casa e Quinta de Vilar D'Allen - Vista parcial
Casa e Quinta de Vilar D'Allen - Planta com a delimitação do conjunto e da ZEP em vigor