Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Povoação do Colmeal
Designação
DesignaçãoPovoação do Colmeal
Outras Designações / PesquisasPovoado do Colmeal / Ruínas da povoação do Colmeal (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / TipologiaArqueologia / Povoado Fortificado
TipologiaPovoado Fortificado
CategoriaArqueologia
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaGuarda/Figueira de Castelo Rodrigo/Colmeal e Vilar Torpim
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
- -Colmeal Número de Polícia:
LATITUDE LONGITUDE
DistritoGuarda
ConcelhoFigueira de Castelo Rodrigo
FreguesiaColmeal e Vilar Torpim
Proteção
Situação ActualEm Vias de Classificação
Categoria de ProtecçãoEm Vias de Classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal)
CronologiaDespacho de homologação de 25-10-1968 do Subsecretário de Estado da Administração Escolar
Parecer de 25-10-1968 da 4.ª Subsecção da 2.ª Secção da JNE a propor a classificação da povoação do Colmeal como VC
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEConjunto
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO12707538
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaConjunto
A Povoação do Colmeal implanta-se no sopé de uma encosta xistosa da Serra da Marofa, demarcada por um vale ligado à ribeira do Colmeal.
O povoado, formado sobretudo por habitações familiares, é marcado pela utilização de aparelho de xisto na estrutura do conjunto edificado. As habitações apresentam, na sua maioria, planta retangular dividida em dois andares, com o piso térreo ocupado pela chamada loja, destinada à cozinha e à guarda dos animais, através da qual se acede à área residencial situada no andar superior. A única exceção a esta orgânica é a designada Casa de Pedro Álvares Cabral, que exibe na fachada uma escadaria exterior, com mais de uma porta no piso térreo e janelas no primeiro andar, ainda que os vãos sejam formados apenas com lintéis retos sem moldura.
O conjunto habitacional é estruturado em quarteirões irregulares, interligados por caminhos térreos formados por afloramentos de xisto, que culminam na igreja erguida no topo da povoação. O traçado arquitetónico caracteriza-se, assim, por uma aparente ausência de hierarquização das vias.
História
A povoação do Colmeal foi doada por D. Fernando II de Leão aos freires da Ordem de S. Julião do Pereiro em finais do século XII. A doação integrou-se na política de reorganização e povoamento desta zona da Beira Alta à época da plena Reconquista, tendo sido então que surgiu, pela primeira vez, a designação de Colmeal, conferida pelos novos senhores. O couto seria transferido em 1297, tal como os restantes bens dos freires de São Julião do Pereiro, para a Ordem de Alcântara, vila da Extremadura para onde a sede foi deslocada e cujo topónimo acabaria por ser adotado como o seu nome oficial.
Apesar do progressivo abandono dos habitantes depois desta permutação, fundou-se na povoação uma igreja, dedicada a São Miguel Arcanjo, cuja primeira referência documental data de Quatrocentos. Nos finais do século XV residiu neste local o navegador Pedro Álvares Cabral, na casa que ostenta as armas dos Cabrais e que pertencia ao alcaide de Figueira de Castelo Rodrigo, seu avô.
Escassas décadas depois, no final do primeiro quartel de Quinhentos, a povoação do Colmeal integrava o termo de Pinhel e possuía apenas quinze moradores, o que é plenamente demonstrativo da decadência do local.
Em meados do século XVII o povoado sofreria duras perdas com as Guerras da Restauração, durante as quais ficou parcialmente destruída.
Apesar das dificuldades, inerentes ao seu isolamento, a aldeia manteve o núcleo habitacional ao longo das três centúrias seguintes até que, na segunda metade da década de 50 do século XX, a herdeira das terras onde se integra o Colmeal ter despejado os habitantes locais das suas habitações, provocando a desertificação da aldeia, que assim ficou votada ao abandono, numa situação que se manteve até ao ano de 2015.
Atualmente, a aldeia encontra-se parcialmente reconstruída, integrando três habitantes, e alberga um hotel rural.
Catarina Oliveira
DGPC, 2019
Processo
Abrangido em ZEP ou ZP
Outra Classificação
Nº de Imagens0
Nº de Bibliografias4

BIBLIOGRAFIA

TITULO AUTOR(ES) TIPO DATA LOCAL OBS.
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias...PINHO LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa deEdição1990Lisboa
Portugal antigo e moderno: diccionario geographico, estatistico, chorographico, heraldico, archeologico, historico, biographico e etymologico de todas as cidades, villas e freguezias de Portugal e de grande numero de aldeias...FERREIRA, Pedro AugustoEdição1990Lisboa
"Notas arqueológicas do concelho de Figueira de Castelo Rodrigo", Beira AltaBORGES, Júlio AntónioEdição2003Viseuvol. LXII, fasc. 1 e 2, pp. 239-268
Figueira de Castelo Rodrigo. Roteiro turístico do concelho, 2ªed.BORGES, Júlio AntónioEdição1997Figueira de Castelo Rodrigo
"O concelho de Figueira de Castelo Rodrigo - II", in Beira Alta, vol. LX, nº 3 e 4BORGES, Júlio AntónioEdição2000Viseu

IMAGENS

Palácio Nacional da Ajuda
1349-021 Lisboa
T.: +351 21 361 42 00
NIF 600 084 914
dgpc@dgpc.pt