Pesquisa de Património Imóvel

DETALHES

Edifício "Franjinhas"
Designação
DesignaçãoEdifício "Franjinhas"
Outras Designações / PesquisasEdifício "Franginhas" / Edifício na Rua Braancamp, n.º 9 / Edifício Franjinhas (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)
Categoria / Tipologia /
Tipologia
Categoria
Inventário Temático
Localização
Divisão AdministrativaLisboa/Lisboa/Santo António
Endereço / Local
RUA LOCAL ZIP REF
Rua BraamcampLisboa Número de Polícia: 9
LATITUDE LONGITUDE
38.722893-9.151187
DistritoLisboa
ConcelhoLisboa
FreguesiaSanto António
Proteção
Situação ActualClassificado
Categoria de ProtecçãoClassificado como MIP - Monumento de Interesse Público
CronologiaPortaria n.º 587/2011, DR, 2.ª série, n.º 118 , de 21-06-2011 (ver Portaria)
Despacho de homologação de 28-01-2008 da Ministra da Cultura
Parecer de 20-12-2006 do Conselho Consultivo do IPPAR a propor a classificação autónoma dos dois imóveis
Proposta de 28-08-2006 da DR de Lisboa para se retirar do conjunto a Fachada do Edifício na Rua Bramcamp
Despacho n.º 67/2004 - PRES., de 18-06-2004, do Presidente do IPPAR a determinar que se estude a eventual classificação do imóvel com carácter de urgência
Despacho de abertura de 26-06-1996 do Ministro da Cultura para a classificação conjunta do Edifício Castil, do Edifício Franjinhas e da Fachada do Imóvel sito na Rua Braamcamp, 26 a 40.
ZEP
Zona "non aedificandi"
CLASS_NAMEMonumento
Património Mundial
Património Mundial Designação
Cadastro
AFECTACAO9914630
Descrição Geral
Nota Histórico-ArtisticaImóvel
No início dos anos 70, do século XX, as conceções arquitetónicas em vigor norteavam-se fortemente por uma ideia de planeamento urbano, fruto não só de um crescimento económico e de turismo, como também de um aumento das necessidades habitacionais de uma periferia em crescimento, aglutinada em torno de Lisboa. Dentro do núcleo citadino lisboeta, numerosos edifícios de habitação, comércio e indústria refletem um "boom" de especulação urbana. Entra-se na era dos edifícios para o sector terciário, e é neste contexto que o atelier de Teotónio Pereira (1922-2016), e Nuno Portas (1934), com João Braula Reis (1927-1989), projeta e concretiza o Edifício "Franjinhas" com , entre 1969 e 1971. Possui um lado experimental resultante da exploração das capacidades expressivas do betão, já realizada pelo atelier na década anterior. O elemento mais marcante da linguagem arquitetónica eleita é, sem dúvida, o diálogo inovador entre a espacialidade interior e exterior (fortemente impressa nas franjas da fachada), que denota uma forte influência da arquitetura de Turim de finais dos anos 60.
É uma obra verdadeiramente inovadora a diversos níveis, seja na articulação em galeria de dois níveis desenquadrados com a rua, seja na relação cheio/vazio da fachada com as suas palas em betão. A comunicabilidade da rua no espaço construído realiza-se através do jogo de galerias e escadas aproveitando a situação do gaveto que é boleado na casca superior e roto nos primeiros três pisos destinados ao comércio. É na articulação entre o interior e o exterior que o "Franjinhas" revela as suas plenas ambições e qualidades.
Os dois primeiros pisos a nível da rua, destinam-se ao comércio, com lojas que se relacionam com a rua através de uma galeria e um snack-bar com mezanino que se abre para varandas corridas. O corpo do edifício, correspondente aos seis pisos acima do embasamento em galerias, é todo destinado a escritórios, e o coroamento destina-se a restauração e a administração.
História
Mandado construir por Nuno Franco de Oliveira Falcão, entre 1969 e 1971,foi projetado pelos arqts. Nuno Teotónio Pereira e João Braula Reis, tendo recebido o Prémio Valmor de 1971.
É uma obra insólita e simultaneamente polémica, pretexto de um diálogo crítico entre a classe dos arquitetos e de controvérsia na opinião pública da época, assumindo uma imagem inovadora no quadro dos correntes e anónimos edifícios de escritórios que transformaram Lisboa ao longo dos anos 60/70.
É provavelmente pela sua comunicabilidade que, popularmente com algum humor é designado por "Franjinhas" por comparação com a figura popular de uma série televisiva infantil protagonizada por um boneco animado representando um cão com pêlo franjado, chamado, precisamente de "Franjinhas".
Na mesma altura surge o vizinho Castil, do atelier Conceição Silva, compondo com o primeiro o conjunto dos mais bem conseguidos edifícios de que então vieram ocupar a área em torno do Marquês de Pombal. Em ambos se ensaiam novas relações entre a rua e os espaços comerciais dos primeiros pisos, conseguindo-se isto no "Franjinhas" através da criação de um segundo passeio, a vários níveis, que transporta a rua para o interior do edifício.
Paulo Martins/DGPC, 2018
Processo
Abrangido em ZEP ou ZPEdifício "Castil"
Outra Classificação
Nº de Imagens12
Nº de Bibliografias0

IMAGENS

Edifício "Franjinhas" - Fachada de gaveto

Edifício "Franjinhas" - Interior: escadas de acesso à galeria exterior

Edifício "Franjinhas" - Vista geral de sul (a partir da Rua Braamcamp)

Edifício "Franjinhas" - Pormenor da fachada (a partir da Rua Mouzinho da Silveira)

Edifício "Franjinhas" - Vista geral de poente

Edifício "Franjinhas" - Pormenor da fachada voltada à Rua Braamcamp

Edifício "Franjinhas" - Fachada voltada à Rua Braamcamp

Edifício "Franjinhas" - Pormenor da galeria exterior na zona de gaveto

Edifício "Franjinhas" - Pormenor da fachada na zona de gaveto

Edifício "Franjinhas" - Vista geral de sul

Edifício "Franjinhas" - Vista geral de poente

Edifício "Franjinhas" - Planta com a delimitação e parte da ZEP onde se integra

MAPA

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