PESQUISA GERAL

DETALHES

Caldas de Monchique (21 imóveis)

Designação

Caldas de Monchique (21 imóveis)

Outras Designações / Pesquisas

Villa Termal das Caldas de Monchique
Termas de Monchique / Termas da Caldas de Monchique (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt)

Categoria / Tipologia

Tipologia

Categoria

Inventário Temático

Localização

Divisão Administrativa

Faro/Monchique/Monchique

Endereço / Local

RUA	LOCAL	ZIP	REF
- -	Monchique		Número de Polícia:

LATITUDE	LONGITUDE

Distrito

Faro

Concelho

Monchique

Freguesia

Monchique

Proteção

Situação Actual

Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal

Categoria de Protecção

Não aplicável

Cronologia

Em 19-12-2017 foi dado conhecimento do despacho à requerente
Despacho de 24-11-2017 da diretora-geral da DGPC a indeferir liminarmente o pedido de abertura de procedimento de classificação de âmbito nacional
Proposta de 30-05-2017 da DRC do Algarve para indeferimento liminar do pedido, com a consequente extinção do procedimento, por o requerimento inicial não se encontrar devidamente instruído
Requerimento de classificação de 12-05-2017 de particular

ZEP

Zona "non aedificandi"

CLASS_NAME

Conjunto

Património Mundial

Património Mundial Designação

Cadastro

AFECTACAO

9914630

Descrição Geral

Nota Histórico-Artistica

Conjunto
Situada em plena serra, a Sul da vila de Monchique, a estância termal das Caldas de Monchique integra um conjunto urbanístico e paisagístico que, apesar das alterações sofridas, continua a manter o "espírito do lugar" e a atmosfera do seu período áureo - finais do século XIX.
Encaixado no vale e orientado segundo os eixos viários, este núcleo termal apresenta, ainda hoje, um notável conjunto de edifícios enquadrados por um extenso parque e importantes sistemas hidráulicos ligados quer às funções terapêuticas, como ao sistema de abastecimento e rega.
Os imóveis objeto do requerimento de classificação são: 1. Capela de Santa Teresa e S. João de Deus concebida nos anos 40 do século XX por Rebelo d'Andrade como uma obra de arte total em que ao tratamento sóbrio e discreto do exterior corresponde uma decoração de grande impacto visual no interior (talha dourada, azulejos e vitrais); 2. Casino onde a traça neoárabe se manteve sem alterações significativas; 3. Hospital Termal (atual Hotel Termal); 4. Hospedaria Internacional (antigo Hotel Guerreiro); 5. antiga oficina de engarrafamento; 6. atual fábrica de engarrafamento de águas; 7. Pensão Encarnação (atual Hotel D. Carlos); 8. Hotel Central; 9. Palacete; 10. Palacinho (antiga estação de Telégrafo); 11. Hospedaria Velha (atual Estalagem de D. Lourenço); 12. Hospedaria Nova (atuais Apartamentos D. Francisco); 13. Casa dos Bicos; 14. Chalet das Caldas (antigo ChaletMascarenhas Gregório); 15. ChaletRouge (atual Albergaria do Lajeado); 16. Chalet dos Cantinhos ou Chalet das Riscas; 17. antigo balneário; 18. Buvette; 19. Casarão Cinzento; 20.ChaletTrindade; 21. habitações térreas geminadas com vãos em arco de ogiva.

História
O aproveitamento das propriedades mineromedicinais das águas do vale de Monchique datam do período romano no entanto, só em finais do século XV é que surgem as primeiras notícias escritas sobre as "Caldas do Algarve" associadas ao rei D. João II que aí teria permanecido.
É de finais do século XVII a primeira descrição detalhada das instalações, sendo referido um corredor e duas casas para banhos, uma delas com três compartimentos (banhos, aposentos e sala de refeições) e outra destinada só aos banhos.
No século XVIII, com o apoio da Diocese do Algarve, inicia-se a reconversão de algumas estruturas em Hospital de apoio às populações desfavorecidas e a construção de uma capela. Em 1835, o Hospital transita da alçada religiosa para a laica, considerando a nova tutela que era urgente implementar um plano onde os espaços de tratamento fossem completados com equipamentos de lazer e de embelezamento exterior, verificando-se depois que as zonas destinadas aos mais pobres foram, aos poucos, remetidas para áreas mais afastadas.
Em 1882, com a nomeação de um novo diretor, João Bentes Castel-Branco médico e filósofo algarvio, assiste-se a um incremento de projetos enquadrados por um programa da autoria de Nicola Bigaglia, arquiteto veneziano. Mais tarde este impulso dará origem também ao surgimento de diversos chalets familiares e vários estabelecimentos comerciais. Já durante o período do Estado Novo será implementado um novo programa de beneficiações com a construção de uma nova capela (arquiteto Rebelo de Andrade) seguindo-se, em finais dos anos 50, um projeto para a criação de um novo Hospital Termal (arquitecto Formosinho Sanchez) só concluído em 1966.
Dois anos decorridos da Revolução de Abril foi criada a ENATUR que, a partir de 1977, ficará responsável pelo conjunto termal. Nessa sequência, em 1980 a Direcção-Geral do Turismo aprova um importante programa de reformulação do conjunto (arquiteto Carlos Manuel Ramos), algo que nunca será concretizado, passando depois, já nos finais dos anos 90, a gestão dos equipamentos para a Fundação Oriente que irá implementar um programa de reabilitação de infraestruturas e respetiva envolvente.

Maria Ramalho/DGPC/2018.

Processo

Estrada Nacional 266; a 5 Km de Monchique. De Lisboa (270 Km): A2 Algarve / Portimão saída Portimão / Monchique e N266 até Caldas de Monchique - Heliporto de Monchique 6 Km - Aeroporto Internacional de Faro a 80 Km - Caminho de Ferro na Estação de Portimão (Linha do Algarve) - Transfer do Aeroporto de Faro; Heliporto ou Estação de Portimão

Abrangido em ZEP ou ZP

Outra Classificação

Nº de Imagens

Nº de Bibliografias

TITULO	AUTOR(ES)	TIPO	DATA	LOCAL
As Caldas de Monchique	BARROS, A. J. M.	Edição		Faro
Memórias das Caldas de Monchique	CARVALHO, Augusto da Silva	Edição
Vestígios dos Romanos nas Caldas de Monchique	FORMOSINHO, J.	Edição	1948	Lisboa
Esboço Histórico das Águas Minerais de Portugal	ACCIAIUOLI, Luís de Meneses	Edição	1940	Lisboa
Águas de Portugal. História e Bibliografia	ACCIAIUOLI, Luís de Meneses	Edição	1944	Lisboa
Realizações e Utopias: O Património Arquitectónico e Artístico das Caldas de Monchique na Cenografia da Paisagem Termal.	Ana Maria Lourenço Pinto	Edição	2015	Lisboa

Pesquisa de Património Imóvel

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