Bairro Piscatório de Espinho | |||||||||||||
Designação | |||||||||||||
Designação | Bairro Piscatório de Espinho | ||||||||||||
Outras Designações / Pesquisas | Bairro de Casas para Pescadores de Espinho / Bairro Piscatório de Espinho (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||||||||||
Categoria / Tipologia | / | ||||||||||||
Tipologia | |||||||||||||
Categoria | |||||||||||||
Inventário Temático | |||||||||||||
Localização | |||||||||||||
Divisão Administrativa | Aveiro/Espinho/Silvalde | ||||||||||||
Endereço / Local |
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Distrito | Aveiro | ||||||||||||
Concelho | Espinho | ||||||||||||
Freguesia | Silvalde | ||||||||||||
Proteção | |||||||||||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||||||||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||||||||||
Cronologia | Despacho de encerramento de 27-12-2007 da Subdirectora do IGESPAR, I.P. Em vias de classificação, nos termos do Decreto-Lei n.º 173/2006, DR, I Série, n.º 16, de 24-08-2006 (ver Diploma) | ||||||||||||
ZEP | |||||||||||||
Zona "non aedificandi" | |||||||||||||
CLASS_NAME | Conjunto | ||||||||||||
Património Mundial | |||||||||||||
Património Mundial Designação | |||||||||||||
Cadastro | |||||||||||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||||||||||
Descrição Geral | |||||||||||||
Nota Histórico-Artistica | Até 1840, [Espinho] era apenas um aglomerado de palheiros habitados po pescadores (PROENÇA, R., 1983, p. 76). Não obstante, a extensão e qualidade das suas praias transformou rapidamente a localidade em pouco mais de meio século, num enquadramento histórico-social particularmente propício ao desenvolvimento de aglomerações ribeirinhas em resultado do aumento de quem nelas procurava uma cura para determinados problemas de saúde, assim como os banhos, então na moda. Além disso, "A praia é extensa e constituída por uma larga faixa de areia fina. A amplidão torna-a encantadora." (Ibidem).
Um crescimento ao qual não foi alheia a construção da linha de caminho de ferro do Norte, conduzindo à elevação de Espinho a sede concelhia, logo em 1890, numa evidência da relevância que vinha assumindo na região, apesar da gradual destruição da vila-praia a partir de 1855, ou seja, desde o início das obras do porto de Leixões, suscitando, ainda que indirectamente, a destruição de centenas de casas, a julgar pelos registos de 1912 (Ibidem). Ainda assim, "Ao sul da praia há um bairro moderno de pequenas casas de pescadores que substitui o antigo bairro tragado pelo mar." (Id., Idem, p. 77), erguidas por quem se dedicou a vida à pesca tradicional, constituída por cerco e arresto (nomeadamente com juntas de bois, quase num misto de trabalho rural e piscatório), para apanha, na sua maioria, da sardinha. Uma actividade assumida pelos denominados vareiros de Espinho, aqui instalados desde, pelo menos, a primeira metade do século XVIII, derivando a sua designação das 'varas' de superfície de areal concedidas a foreiros de Ovar para edificação das suas residências. Valorizava-se, deste modo, o 'Espinho do Mar', enquanto a aristocracia e a alta burguesia contribuíam para a formação do 'Espinho da Terra', numa separação social assaz evidente. No último quartel de oitocentos, descrevia da seguinte forma o bairro J. D. Ramalho Ortigão (1836-1915): "No velho bairro, as ruas estreitas e tortuosas, os antigos casebres esbeiçados que pendem em ruínas esfarpadas, as saliências das varandas de pau, empenadas e barrigudas, a fogueira de pinho que está dentro ardendo no lar, as crianças seminuas que saem à rua, as mantas ou as redes de pesca, penduradas das janelas ou estendidas a enxugar em duas varas, têm um cunho muito característico, de um pitoresco oriental." (Apud NUNES, F. O., 2003, p. 143-144). Na actualidade, o "Bairro Piscatório de Espinho", constituído por algumas dezenas de casas, situado na Marinha de Silvalde (marginal Sul de Espinho), em vias de reabilitação, encontra-se rodeado por uma nova área ajardinada, depois de ter sido dotado de um recinto polidesportivo. Apesar destes melhoramentos, o avanço do mar obrigará à evacuação populacional de Silvalde, até agora protegida das marés vivas ou temporais por uma muralha, cujo reforço não se tem revelado suficiente. [AMartins] | ||||||||||||
Processo | |||||||||||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||||||||||
Outra Classificação | |||||||||||||
Nº de Imagens | 0 | ||||||||||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Guia de Portugal, v.4, t. I : Entre Douro e Minho, Douro Litoral | PROENÇA, Raul | Edição | 1983 | Lisboa | |
"O trabalho faz-se espectáculo: a pesca, os banhos e as modalidades do olhar", Etnográfica | NUNES, Francisco Oneto | Edição | 2003 | vol. VII (1), p. 131-157 |