Marcos da Barca de Odemira | |||||
Designação | |||||
Designação | Marcos da Barca de Odemira | ||||
Outras Designações / Pesquisas | Padrões da Barca de Passagem do Rio Mira / Cais das Barcas (Ver Ficha em www.monumentos.gov.pt) | ||||
Categoria / Tipologia | / | ||||
Tipologia | |||||
Categoria | |||||
Inventário Temático | |||||
Localização | |||||
Divisão Administrativa | Beja/Odemira/São Salvador e Santa Maria | ||||
Endereço / Local |
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Distrito | Beja | ||||
Concelho | Odemira | ||||
Freguesia | São Salvador e Santa Maria | ||||
Proteção | |||||
Situação Actual | Procedimento encerrado / arquivado - sem protecção legal | ||||
Categoria de Protecção | Não aplicável | ||||
Cronologia | Despacho de encerramento de 30-03-2006 | ||||
ZEP | |||||
Zona "non aedificandi" | |||||
CLASS_NAME | Monumento | ||||
Património Mundial | |||||
Património Mundial Designação | |||||
Cadastro | |||||
AFECTACAO | 12707538 | ||||
Descrição Geral | |||||
Nota Histórico-Artistica | Imóvel Localizados junto à ponte de aço da vila de Odemira construída em 1940, os Marcos da Barca foram implantados em ambas as margens do rio Mira (Este e Oeste) relacionando-se com a utilização de uma antiga embarcação que, nesse local, antes da existência da ponte, fazia o transporte de pessoas para a outra margem. Nestes marcos, bastante semelhantes a Alminhas (monumentos religiosos), ficavam presos os cabos que, amarrados à barca tornavam a passagem mais segura. Estes marcos ou padrões, foram construídos em alvenaria de pedra rebocada e caiada, possuindo uma planta retangular com cobertura em duas águas também de alvenaria. Nas frontarias dos dois marcos abrem-se arcos de volta perfeita onde se encontrava o ponto de fixação da roldana e do sarilho que depois prendia os cabos da barca. Observa-se, ainda, a existência de frontões triangulares com cruz no acrotério central e urnas nos acrotérios laterais. Todos estes elementos decorativos são elaborados em argamassa verificando-se que, atualmente, os alçados principais surgem pintados com uma faixa delimitadora de cor azul. Os alçados laterais, por sua vez, são cegos. O marco localizado a Oeste, que se encontra em posição de maior destaque e praticamente ao nível do rio tem, no tardoz, um arco de volta perfeita rematado por suave empena triangular. O marco que se implanta do lado Este, por sua vez, encontra-se adossado a um muro de sustentação em pedra possuindo, encastrada no frontão, uma placa de calcário branco contendo a seguinte inscrição a letras maiúsculas negras: HV PN HVA AV MA PELA ALMA DE / QVEM DEIXOV ESTA BARCA / MANDOU FAZER ESTE PADRA/O O DTOR JOAO DA ROCHA PINTO / PDOR DA COMARCA DA CIDADE / DE BEJA DE 1672/. Ou seja:Um Padre-nosso e uma Ave-maria pela alma de quem deixou esta barca. Mandou fazer este padrão o doutor João da Rocha Pinto provedor da comarca da cidade de Beja de 1672. História Estes marcos pertenciam à instituição da Albergaria da Barca, um legado pio ainda de influência medieval onde os instituidores exortavam os viajantes a proferirem orações pela sua alma em vez de, neste caso, pagarem o serviço de transporte. A informação mais antiga sobre a Barca de Odemira surge na Crónica de João Cascão que relata a viagem de D. Sebastião ao Alentejo e ao Algarve no ano de 1573, sendo que os marcos, nesta época, seriam apenas simples paus cravados no solo. O marco da margem direita, como referido anteriormente, possuiu uma inscrição do século XVII. No entanto, em finais do século XIX (1860), a Câmara adquiriu cantaria e ferro para a construção, ou reconstrução, do padrão do lado Oeste visto que o que ali existia, igualmente em alvenaria, tinha sido derrubado. É fácil calcular que a ocorrência de cheias e a própria força do rio danificassem, com frequência, estas pequenas construções, sobretudo a que se encontrava a cota mais baixa e mais isolada. Os Marcos da Barca são assim importantes testemunhos históricos e patrimoniais da vila de Odemira, revelando o indispensável papel que tiveram na vida das populações, desde pelo menos o século XVI, até ao finais do séc. XIX (1891), altura em que será inaugurada a primeira ponte junto à vila. Maria Ramalho/DGPC/2017, com o apoio de Ana Tendeiro, C. M. de Odemira. | ||||
Processo | |||||
Abrangido em ZEP ou ZP | |||||
Outra Classificação | |||||
Nº de Imagens | 3 | ||||
Nº de Bibliografias | 2 |
TITULO | AUTOR(ES) | TIPO | DATA | LOCAL | OBS. |
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Odemira Histórica - Estudos e Documentos, 2006. | QUARESMA, António Martins | Edição | Odemira | ||
A Barca de Odemira, 1993. | QUARESMA, António Martins | Edição | Odemira |
Marco da Barca de Odemira (Oeste). Luis Guerreiro, C. M. Odemira, 2013.
Marco da Barca de Odemira (Este). Luis Guerreiro, C. M. Odemira, 2008.
Marcos da Barca de Odemira - localização em vista aérea.